Suki Beats é o projeto que vos dá musica para passarem nas vossas streams

Com o número de jogadores a crescer naturalmente cresce também o número de pessoas que querem transmitir as suas sessões de gameplay para plataformas como a Twitch ou o Youtube. Acontece que é cada vez mais comum estes utilizadores serem avisados, ou até banidos, pelas plataformas devido a estarem a quebrar copyrights ao transmitirem, por exemplo, musicas com direitos de autor associados… imaginem só que em 2021 o músico Snoop Dog foi “muted” pela Twitch por estar a ouvir música durante as suas sessões de stream.

Por exemplo, diz a Forbes que nos primeiros dois meses de 2021 a Twitch baniu, de forma definitiva e temporária, mais de 300 pessoas. Claro que os motivos foram diversos, mas para terem uma noção basta acederem à plataforma “StreamerBans” e perceber que nos últimos 30 dias foram banidas mais de 100 pessoas. O Twitch explica, através do seu blog, que “uma notificação de “DMCA takedown” pode afetar a habilidade para fazer stream caso o façam múltiplas vezes.

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A plataforma explica ainda que representantes de produtoras de topo enviam milhares destas notificações por semana para streamers em todo o mundo, todas elas relacionadas com músicas que foram passadas em stream ou que estão disponíveis em conteúdo VOD.

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Então como é que conseguimos evitar ser banidos de plataformas como a Twitch e o Youtube e continuar a passar música no conteúdo que criamos?

Na verdade, a resposta é simples, existem muitos serviços que oferecem música sem direitos de autor para que possam transmitir sem ter o problema dos “copyright strikes“. No entanto, estas plataformas ou apresentam músicas que por vezes são em tudo idênticas fazendo com que a oferta seja limitada, ou então acabam por ser plataformas que oferecem este tipo de música em troco de uma subscrição.

A pensar nisto, e ao querer criar um novo projeto, um YouTuber português decidiu criar o “Suki Beats” como forma de entregar a todos os criadores de conteúdo música que possam usar sem terem que se preocupar com possíveis strikes devido a problemas de direitos de autor. Para melhor perceber-mos como funciona o Suki Beats falamos com o criador do projeto, Miguel Pinto Ferreira.

FB – Já existem serviços que oferecem o mesmo produto. Com isto em mente o que é que te levou a criar o Suki Beats?

MPF – Como youtuber e streamer, preciso constantemente de música para os meus vídeos e para tocar no background nas streams. Antes pagava serviços como o Epidemic Sound, mas após reparar que já reconhecia as músicas oferecidas, muito por culpa de aparecerem em todos os vídeos que existem no Youtube (porque é o serviço mais popular), percebi que não valia a pena. Ainda experimentei o Artlist e até é fixe, mas é demasiado caro para a quantidade de músicas que oferecem. Não me parece que vá voltar a pagar.

Depois comecei a experimentar serviços novos que existem por aí: serviços gratuitos como o Streambeats, ou qualquer um dos que se encontra no YouTube quando procuramos por “no copyright music”. Quanto ao Streambeats, é muito bom e grátis, mas rapidamente começo a ficar farto de ouvir as mesmas músicas. Sobre as pesquisas no YouTube? Não recomendo, porque após apanhar vários “claims” mesmo sendo teoricamente “no copyright“, fartei-me.

A falta de diversidade e problemas com copyright levou-me a criar o Suki Beats. Não estou a fazer nada de super inovador, tal como alguém que abre um restaurante também vai servir comida, mas diferente. É bom saber que vivemos numa cidade com vários restaurantes bons à escolha certo? Pronto, a mesma coisa com música. Ter vários serviços de música para poder escolher e variar é óptimo.

FB – Qual é que é a grande diferença entre o Suki Beats e o restantes serviços, pagos ou não?

MPF – A grande diferença é que o Suki Beats será dos poucos serviços 100% gratuitos que mantém uma monitorização constante do estado de copyright de cada música. Embora não consiga garantir que nunca ninguém vá ter nenhum “claim” ou “mute” (porque há pessoas que agem em má-fé), vou estar sempre em cima do assunto – qualquer música que dê problemas a mim ou a qualquer outro, vai ser removida e substituída por uma nova. Não estou a inventar a roda, nem tenciono. Quero apenas oferecer um bom serviço de música.

FB – Antes de publicares as músicas no Spotify usas nas tuas streams?

MPF – Antes de publicar qualquer música, faço upload para o Youtube e testo em streams num canal secreto. A ideia disto não é “ser o primeiro a usar as músicas”, mas sim testar se dão problemas de copyright com o algoritmo automático de content ID. Só começo a usa-las no meu conteúdo quando já estão disponíveis para toda a gente. Às vezes também gosto de mostrar músicas que ainda não saíram durante as lives para pedir feedback à minha audiência…

Tens apostado muito em sons Lo-Fi, tens planos para adicionar mais tipos de música? Se sim, quais?

MPF – A vantagem do Lo-Fi é que é simples, agradável e estranhamente relaxante. É um tipo de música muito procurado para background em livestreams porque nunca se sobrepõe ao streamer. Não queremos que a música seja tão incrível que queremos ouvir a música em vez do streamer a falar.

Para além de Lo-Fi de vários estilos diferentes, nos próximos dias vou lançar algo menos comum: músicas “creepy” para criadores de conteúdo que fazem estilo “horror”, ou “true crime”. Músicas que não só fazem de background perfeito para algo desse género, mas que também permitem fazer loops infinitos, algo bastante útil para ter uma música que “nunca acaba”.

A seguir a esse álbum, sai um “lo-fi asiático”. A seguir a esse, um álbum synthwave e após esse, um álbum retro-synthwave. Mais à frente teremos música eletrónica (EDM), dubstep entre outros estilos que não vou revelar por enquanto.

FB – Quais são os planos para o futuro? Há planos para monetizar o projeto? Se sim como?

MPF – A monetização virá diretamente das pessoas tocarem as músicas pelo Spotify, essencialmente é por aí que pretendo monetizar o projeto. No futuro, ganhando popularidade, pretendo aproveitar a plataforma e a audiência para colaborar com outros artistas, também como ajudar a lançar novos talentos musicais.

FB – Por fim, falas em colaborar com outros artistas. Existem intenções de lançar um serviço premium? Com músicas exclusivas, por exemplo?

MPF – A ideia é o Suki Beats ser grátis para sempre.

Onde é que podemos encontrar o projeto?

O Suki Beats está presente no Spotify para que possam transmitir música durante todas as vossas streams sem grande esforço, mas caso queiram utilizar as músicas diretamente nos vossos conteúdos VOD também o podem fazer através do site oficial do projeto.

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