Análise Gears 5

Nasceu em 2006 para a recém-nascida XBOX 360, desenvolvido pela Epic Games (agora conhecida pela sua Epic Store e pelo seu todo-poderoso Fortnite) e publicado pela Microsoft Studios chegava assim até nós o primeiro dos Gears of War.

Em 2014, oito anos após o seu chegar às consolas, e já com Gears of War 2, 3 e Judgment lancados, a franquia vê a Microsoft comprar os direitos do franchise à Epic Games e entregar o desenvolvimento de uma versão remastered do primeiro Gears aos estudios The Coalition. Esse remastered chegou, na pele de Gears of War: Ultimate Edition, e ainda trouxe conteúdo que até a data era exclusivo da versão PC do original da Epic Store.

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Estamos em 2019  e a Microsoft, através do Xbox Game Studios, acabou de lançar Gears of War 5 para as consolas da família Xbox e computadores Windows PC. O jogo permite ainda crossplay entre as duas plataformas.

Previously on Gears

Os acontecimentos de Gears 5 passam-se após o final de Gears 4, mas não se preocupem se a vossa memória já não é o que era, ou se simplesmente são tantos os jogos que não se lembram a 100% aquilo que foi Gears 4. Para isto tem duas soluções:

1 – Voltar a jogar Gears 4, até está disponível no serviço Xbox Game Pass

2 – Ver o vídeo com cerca de 4 minutos que no início deste Gears 5 mostra o que é que se passou em Gears 4

Agora que já decidiram o que fazer vou continuar com a análise, antes de começar a historia que nos leva para o campo de batalha em Gears 5 temos um treino com duração de 10 minutos (caso não se sintam inclinados a repetir nenhuma das secções do mesmo) onde podemos aprender os comandos básicos de Gears 5 para que possamos começar a jogar completamente preparados para o que nos espera.

*Está na hora de almoço, volto já* (inside joke, peguem em Gears 5 para perceber)

Depois de almoço esta na hora de continuar a missão, e em Gears 5 a primeira missão, quase com um prólogo para o que ai vem, passa por viajar para as ruínas de Azura para lançar um antigo prototipo de satélite e assim conseguir restaurar uma rede que poderá vir a ser usada contra a Swarm. É neste primeiro confronto com a Swarm que vamos focar a nossa análise, não queremos estragar um único minuto das cerca de 12 horas que vão ter de narrativa.

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Detalhes impressionantes, mesmo às escuras.

Estamos nas ruínas de Azura, descemos de um helicóptero, em rappel, para uma clareira no meio das montanhas onde podemos apreciar, na pele de JD, o detalhe das fantásticas paisagens criadas pela The Coalition para este Gears 5.

Ainda na clareira, antes de entrar na ruína, reparei que o jogo está bastante limitado e que certas zonas embora bem visíveis não são exploráveis, existindo mesmo uma espécie de muro invisível. Este caso não é preocupante, mas existem casos em zonas altas (não excessivamente) que poderíamos saltar para nos proteger de fogo inimigo que não nos permitem fazê-lo (o tal muro está lá), temos que ir à volta e levar uns tiros pelo caminho… tirando este pequeno pormenor, poderei dizer que toda a física do jogo está muito bem trabalhada.

Mas vamos voltar atrás, entramos nas ruínas e como era de esperar encontramos um local escuro onde a cada passo que damos temos medo de encontrar um inimigo pertencente à Swarm. Os detalhes do jogo são fantásticos, mesmo às escuras, em alguns locais das ruínas que estamos a explorar a única luz disponível é a que vem do pequeno robot que segue o nosso pelotão e que nos ajuda em tarefas como abrir portas, passar por locais mais apertados para desbloquear a passagem ou mesmo imobilizar inimigos para que os possamos aniquilar.

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É a partir do momento em que exploramos um pouco das ruínas, na nossa busca pelo satélite que temos que lançar, que o jogo começa a ficar divertido. Os inimigos (mesmo em modo normal) são bastantes e conseguem dificultar-nos a vida. Por falar em inimigos…

Inteligência Artificial bem desenvolvida

Se logo a partir dos primeiros treinos aprendemos que ao ficar caído temos que pedir ajuda a um dos outros elementos do pelotão antes de acabar a pequena barra de “energia” que nos mantém agarrados à vida é com os primeiros inimigos que aprendemos que a IA produzida pela equipa da The Coalition para este Gears 5 é desenvolvida ao ponto de fazer com que os inimigos façam o mesmo, ou seja, não é por deixarmos um inimigo cravado de balas nas pernas que este fica logo por ali… Na verdade, vai de rastos até um local onde se pode proteger e espera por assistência dos outros elementos da Swarm.

Mas não é só isto, os inimigos quando em batalha, trocam de posições para melhor flanquear o nosso pelotão e acabam por se organizar dependendo do nosso posicionamento no campo de batalha. Durante todo o meu progresso no jogo tive momentos em que me agachava atrás de uma proteção e ficava lá mais do que o recomendado… Bem, nessas alturas tinha, quase sempre, um inimigo a aparecer-me pelas costas para me lembrar que estava em guerra e não num campo de férias, encostado a um muro a ouvir rádio.

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Depois de passar por muitos inimigos, e alguns bem grandes, lá chegamos ao silo e conseguimos acabar a missão (por volta desta altura um bug fez com que todos os inimigos e qualquer indicativo de missão desaparecesse… Tive que voltar para o último checkpoint perdendo assim cerca de 20 minutos de jogo, mas depois disto a experiência do modo história foi bastante positiva), voltando assim a New Ephyra onde descobrimos que Baird ainda não conseguiu localizar os outros satélites e onde recebemos um novo robot que nos vai ajudar daqui para a frente… o JACK.

JACK

Já vos falei de um robot que vos ajuda, JACK é um upgrade a esse mesmo robot. JACK para além de ser um companheiro bem-disposto e que acaba por dar outra profundidade à narrativa de Gears 5 é também peça chave para melhor explorar o mundo do novo título da The Coalition. É que daqui para a frente vão conseguir encontrar componentes espalhados pelo mundo de Gears 5 para melhorar o vosso companheiro.

Estes upgrades são muito importantes, pois permitem melhorar a vossa experiência de jogo, enfrentar inimigos de uma melhor forma e estarem mais protegidos quando quem vos aparece pela frente é um pouco… maior que vocês.

Estes são alguns dos upgrades que podem fazer ao, sempre bem-disposto, JACK:

Flash – Como o nome indica aqui JACK vai fazer com que os inimigos fiquem atordoados e temporariamente cegos para que assim possamos atacar sem qualquer problema. Aqui podem fazer promoção desde carregamento rápido a algo chamado “Flash Freeze” que faz com que o inimigo fique atordoado por mais tempo.

Shock Trap – É basicamente uma armadilha elétrica, colocada no chão, que vão abrandar os inimigos quando estes passam por cima dela. Os upgrades vão desde a possibilidade de colocar uma segunda armadilha até à possibilidade de enviar pequenos bots que vão dar choques  aos inimigos.

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Pulse – Por fim vou-vos falar da skill que mais gostei, e também a primeira que aprendem. Pulse é a habilidade que faz com que JACK consiga fazer um scan dos inimigos e do ambiente à sua volta. Isto serve para que possam ver onde estão os inimigos, mas também para vos ajudar caso precisem de ter uma melhor ideia do mapa à vossa volta e assim saber para onde devem ir.

Importa ainda referir que JD não é a única personagem jogável. Assim que chegarem ao segundo capítulo da saga vão perceber qual a segunda personagem com quem vão poder jogar. Nas primeiras horas de Gears 5 vao ainda ter algumas paisagens mais frias, quando lá estiverem, e para perceberam no nível de detalhe do jogo, disparem contra o chão num dos lagos gelados e continuem a olhar durante os segundos para o buraco causado pelas balas…

Outros modos de jogo

Versus – Aqui, quando a jogar em Ranked, podes encontrar modos como Team Deathmatch, King of the Hill (apanhar objetivos), Escalation (o mesmo que o anterior, mas começamos sem armas, tendo que as procurar) e ainda o modo Guardian onde o objetivo é finalizar o líder da equipa contraria.
Escape – Este modo é completamente novo e é do mais frenético que possam imaginar. Trata-se de um modo cooperativo onde o jogador, mais dois amigos acordam no meio de uma Hive e terão que lutar para sair… vivos.
Horde – Este modo não é novo, caso sejam jogadores de Gears sabem do que se trata. O jogador mais 4 amigos vão ter que lutar contra waves de inimigos, a cada 10 waves há um boss e ganha quem conseguir aniquilar 50 waves. Em Gears 5 as classes importam ainda mais que no passado (leia-se Gears 4) dado que agora, para além de não existirem snipers, só os engenheiros e as classes ofensivas é que podem construir barreiras entre cada uma das waves.
Map Builder – Aqui, tal como o nome indica, o jogador terá acesso a uma ferramenta 2D onde pode construir os seus próprios mapas para modos como o modo Escape.

Considerações finais

Gears 5 para além de estar disponível no Xbox Game Pass está também disponível para Windows PC onde podem comprar o jogo ou simplesmente descarregar o mesmo, caso sejam subscritores do serviço Xbox Game Pass Ultimate. 

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Para quem nos lê e subscreve o serviço Xbox Game Pass Ultimate fique a saber que o jogo suporta cross play entre plataformas (Xbox e Windows PC) o que faz com que possam continuar a vossa aventura em qualquer um dos dispositivos que possuem. Para além disso, podem ainda jogar online com os vossos amigos que jogam em PC, mesmo que prefiram jogar na vossa Xbox.

Gears 5 é a prova que a The Coalition sabe o que está a fazer com a série, notando-se que existe uma evolução no título que transforma a nova entrada num must-play. 

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O título já se encontra disponível, por isso quando estiverem a jogar em PC deem uso à vossa Windows Game Bar (Windows Key + G) e mostrem-nos os vossos melhores screenshots das aventuras que vão tendo online.

N.R.: A análise a Gears 5 foi realizada através do acesso ao serviço Xbox Game Pass Ultimate, gentilmente disponibilizado pela Xbox Portugal.

Gears 5 - Um must-buy
Detalhes impressionantes, mesmo em áreas com pouca luz
Historia que nos faz querer saber mais
Modo online adiciona horas sem fim de conteúdo depois de acabarmos a campanha
Pequenos bugs que podem acabar por estragar a experiência
Os muros invisíveis que referimos podem ser incomodativos
4.3
André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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