Análise Good Job!

A Nintendo surpreendeu tudo e todos quando, no decorrer da semana passada, se lembrou de transmitir aquilo a que chamaram de Nintendo Direct Mini. A verdade é que de mini teve pouco, foi meia hora inteiramente dedicada a títulos que estão para chegar, ou que já chegaram, à sua Nintendo Switch. Dizemos que já chegaram, pois para além da Nintendo Direct surpresa os jogadores tiveram ainda a sorte de ver alguns dos jogos apresentados a ficarem disponíveis logo de seguida. Foi o caso de Good Job!. 

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Good Job!, que chegou em exclusivo às consolas da família Switch, é da responsabilidade do estúdio Holandês Paladin Studios que, embora tenha alguns jogos na loja Steam, é responsável, na sua maioria por jogos mobile. Como carta de apresentação nesta sua entrada no mundo das consolas apresenta um título ideal para aquelas tardes a dois em à consola. Good Job! pode ser jogado sozinho, mas, como quase tudo na vida, é melhor quando jogado a dois. A pergunta que se impõe é simples, será que o novo exclusivo Nintendo Switch tem o que é preciso para combater com os gigantes do couch co-op, como é o caso de Overcooked?

Em Good Job! o objetivo é simples, subir na empresa do pai. Somos adultos e acabamos de ser contratados para a empresa comandada pelo nosso próprio pai, como é que podemos mostrar que não estamos lá simplesmente porque somos filhos do patrão? Fazendo um bom trabalho, sendo promovido e subindo na empresa, de andar em andar até chegar ao topo.

Mas cuidado, tenham algo em atenção, podemos acabar por ser promovidos e continuar a subir no elevador, mas não o vamos conseguir fazer sem deixar um rasto de destruição. Agora, a quantidade de destruição depende de cada um de nós e das escolhas que fazemos.

De andar em andar

Em Good Job! conseguimos interagir com tudo, ou quase tudo, aquilo que temos na área de jogo, de um vaso com uma planta ao garrafão com água… podemos mexer em tudo, podemos partir tudo. Ao pegar no jogo depressa percebemos que vamos começar por baixo, literalmente… na receção. Mas não se preocupem porque a partir daí é só a subir, de andar em andar, de promoção em promoção. Cada andar apresenta-se como um novo nível, com mecânicas e objetos diferentes que podemos usar para ultrapassar os mais diferentes obstáculos que nos são colocados pelos pedidos de ajuda dos nossos colegas de trabalho.

Se o primeiro andar, com os suas diferentes salas (subníveis dentro de cada nível), parece fácil e as tarefas que nos são propostas se adequam com facilidade ao nosso posto de novato a verdade é que à medida que vamos sendo promovidos e subindo até ao topo as tarefas também se complicam, fazendo com que o tal rasto de destruição tenha tendência, tal como nós, a subir.

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Começamos por ter que levar colegas para uma sala de reunião ou reparar a rede wi-fi da empresa (é só ligar a ficha, não se assustem), tarefas fáceis que, caso tenham cuidado, permitem chegar ao fim sem gastar muito dinheiro em reparações. Sim porque se partem alguém vai ter que reparar, e isso custa dinheiro. Mas, como referido, com o passar do tempo as coisas começam a complicar, principalmente quando nos pedem para pegar em empilhadores ou guindastes para fazer determinadas tarefas, tarefas essas que, por muito simples que possam parecer, acabam por deixar um rasto de sinais de dollar por onde quer que passemos.

Temos que ser honestos, até agora, consideramos ser virtualmente impossível passar um nível sem partir alguma coisa. Digamos que a nossa personagem não é o trabalhador com melhor equilíbrio naquela empresa, tropeça muito em coisas sem valor, como por exemplo aquele portátil ou aquela caixa cheia de algo valioso (sim, causamos cerca de $2000 em danos porque deixamos cair uma caixa).

Estão sempre de olho em nós

É impossível escapar. Cada tropeção, cada janela partida, cada parede deitada a abaixo por uma impressora que ganhou asas vai somar ao valor de danos daquele nível e arruinar a nossa avaliação no fim de cada nível. Não é que o objetivo seja chegar a empregado do mês, mas sabe sempre bem ter uma avaliação positiva, certo?

Existem três fatores distintos para a nossa avaliação: Tempo que gastamos a completar a tarefa, valor dos danos causados e número de objetos partidos. Cada uma destes fatores vai ser avaliado, e em todos eles menos é mais, ou seja, quanto menos tempo, menos valor de danos e menos número de objetos partidos melhor nota vamos ter.

Durante a avaliação a Good Job! conseguimos perceber que o fator mais importante para a nota aparenta ser o tempo em que completamos a ação, ou seja, completar a ação num minuto e ter danos no valor de 10 mil dólares é, provavelmente, melhor que não partir um único copo, mas demorar 10 minutos a regar as plantas. Vejam os exemplos que nos levaram a chegar a esta conclusão:

Tempo –  A       Danos – C      Objetos partidos – C               Nota Final – A

Tempo –  C        Danos – A    Objetos partidos – B                Nota Final – B

Depois disto já sabem, um pouco de destruição nunca fez mal a ninguém… principalmente se a empresa for do pai. Façam o que tiverem que fazer, partam tudo à vossa volta, mas acabem a tarefa com rapidez. Tempo é dinheiro, embora o trailer de apresentação do jogo mostre o oposto.

Sozinhos ou acompanhados

Good Job! pode ser jogado apenas por um jogador, ou caso se sintam com vontade de partilhar, pode ser jogado a dois. Aconselhamos que deixem de ser invejosos e passem o segundo Joy-Con a quem está ao vosso lado, vai facilitar, e muito, a vossa vida como novo funcionário.

As tarefas mais simples podem ser feitas, com alguma facilidade, apenas por um jogador. Mas, quando as tarefas começam a complicar e envolvem, por exemplo, subir empilhadores para o andar superior do armazém com ajuda de um elevador industrial é sempre bom ter um segundo jogador, nem que seja para carregar no botão e chamar o elevador para evitar que tenhamos que sair do empilhador. No geral, ter dois jogadores ajuda a que o, tão falado, rasto de destruição fique maior, mas também a ajuda (e muito) a que as tarefas sejam realizadas de forma muito mais rápida. E isto, no fim, vai ajudar a que passem cada um dos níveis com melhores notas.

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Acreditamos que Good Job! foi pensado para ser jogado a dois, ou pelo menos assim o aparenta ser já que quando temos alguém para passar o segundo  Joy-Con o título da Paladin Studios se torna dos jogos mais divertidos que podemos ter na consola. É impossível fazer uma única tarefa sem soltar uma gargalhada.

Considerações Finais

Grande parte do nosso Good Job! foi passado a dois pelo que, caso possam, aconselhamos a que façam o mesmo. A interação com o segundo jogador e a comunicação que existe para tentar passar o nível sem estragos maiores, transforma o completar de cada uma das tarefas numa verdadeira sit-com onde o mais difícil será mesmo parar de rir enquanto tentamos controlar o empregado e a sua forma de andar meio tosca.

Um pequeno aparte – Se sempre quiseram ir trabalhar com um chapéu cor de rosa ou com umas asas, este jogo é ideal para vocês.

Para além de um ótimo couch co-op, capaz de competir com os gigantes, Good Job! é uma lufada de ar fresco necessária para uma altura em que passamos mais tempo em casa do que fora dela. Caso tenham acesso a uma Nintendo Switch recomendamos fortemente que instalem este titulo acabado de chegar à Nintendo eShop, e mais… recomendamos que troquem a sessão de cinema deste serão por uma sessão de jogo na consola. Não se vão arrepender, pelo contrário. Vai ser difícil querer desligar a consola.

N.R.: A análise a Good Job! foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia digital do jogo, gentilmente cedida pela Nintendo Portugal.

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Goob Job!... Nintendo
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A divsersão não acaba
Mesmo chegando ao topo podem repetir níveis para melhorar a nota
Mecanicas ideais para um couch co-op
Horas e horas a rir
Pode ser complicado fazer algumas das tarefas quando jogamos sozinhos
4.5
André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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