EA SPORTS PGA TOUR – Análise

Nunca joguei golfe na vida, mas sempre gostei da ideia. No entanto, a quantidade de treino que é provavelmente necessária para fazer uma figura decente sempre me deixou de pé atrás… e agora sei que ainda bem. Mas já lá vamos. A EA Sports lançou aquele que é o seu take no golfe, quase 8 anos depois da última experiência. EA SPORTS PGA TOUR foi lançado no dia 7 de abril para PlayStation 5, Xbox Series X | S e PC.

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EA SPORTS PGA TOUR quer simular golfe sem nos fazer andar pelo campo. Com qualidade gráfica digna da nova geração e desenvolvido por uma equipa com provas dadas no mundo do desporto, será que o consegue fazer ou que o faz em condições?

Par a Par

Com menus com um aspeto clássico, o design de EA SPORTS PGA TOUR assenta que nem uma luva num desporto que se vê muitas vezes como um hobby para as elites. Começam o jogo a criar o vosso jogador, as opções são imensas e os detalhes de cada um dos modelos está no ponto, principalmente tendo em conta que se trata de um título desportivo, um género que nem sempre dá muita atenção a este tipo de detalhes.

Depois de criado o nosso jogador é altura de saltar para os modos de jogo. Aqui encontramos o normal Quick Play, o modo carreira, um modo competitivo (online), desafios, o modo social que nos permite jogar de forma menos competitiva contra outros jogadores, torneios (online) e ainda a possibilidade de jogar, online, contra amigos. Os modos de jogo são diversos, capazes de agradar a todos os tipos de jogadores e também fáceis de perceber… um excelente trabalho por parte da EA.

Para além dos modos de jogo temos ainda uma loja onde podemos comprar (com créditos ganhos no jogo, ou uma espécie de pontos à lá FIFA) items cosméticos: roupa, tacos, calçado, sacos, capas paras os tacos… de tudo um pouco. Mas a verdade é que a loja passa bem despercebida e nunca, durante o meu tempo de jogo até ao momento, senti necessidade de lá ir.

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Maior parte do tempo que passei em EA SPORTS PGA TOUR foi no modo carreira, aquela sensação de começar nas ligas e ter que trabalhar para chegar ao topo, ao Masters é fenomenal e fez-me vibrar a cada tacada bem data, ou reclamar comigo mesmo sempre que falhava algo por falta de habilidade, ou simples distração. Fez-me vibrar como nunca o tinha feito com este desporto.

Sempre que reclamada comigo mesmo, principalmente quando percebia que falhava uma tacada por estar distraído, percebia que o jogo penalizava, e muito bem, cada uma destas distrações. O controlo do taco é feito através do analógico esquerdo e qualquer desvio, seja na trajetória inicial, ou na aproximação à bola, fazem com que o swing não seja perfeito e a trajetória da bola siga o mesmo caminho. Um bocado menos de sensibilidade seria agradável, embora possamos mudar alguns dos settings do jogo para o tornar mais acessível.

Física de luxo

A física da bola está perto da perfeição. A forma como batemos na bola, a qualidade do swing, o taco que usamos (claro), o vento, o tipo de relva ou até uma árvore que a meio da tacada se lembra de se mexer para o meio do fairway. Tudo coisas que podem afetar a forma como a bola se comporta (principalmente árvore). Tudo coisas que se não forem bem feitas ou bem analisadas podem mudar aquele que era um Par fácil, ou até um Birdie, para um terrível Bogey. Mas a verdade, e não me canso de escrever isto, é que nunca fiquei chateado com o jogo, foi sempre comigo… fui sempre eu que fiz alguma coisa mal porque a bola neste EA SPORTS PGA TOUR responde ao mais pequeno dos inputs.

Embora não seja um jogo fácil, não é injusto e a aprendizagem pode ser bastante acessível caso tenhamos atenção total em cada um dos tutoriais e claro, passemos algum tempo a treinar… ninguém nasce ensinado.

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A afirmação que se segue pode ser culpa de ainda estar naquele período de lua de mel, mas acho que nunca tinha jogado um jogo de golfe que fosse tão preciso quanto é este PGA TOUR.

Os comentários não são muito variados, mas são certeiros e a entoação dada e o local onde são colocados fazem com que a imersão deste EA SPORTS PGA TOUR sobe um degrau. Também o som, tanto do que está à nossa volta como do público, consegue ser interessante, mas a melhor parte é o nível de detalhe dado a pequenos pormenores: o som de uma bola a bater em ramos de árvore é diferente do som de uma bola a passar por algumas folhas de árvore. Algo que no fim do dia não faz um jogo de golfe ser bom ou mau, mas que acabou por trazer um sorriso à cara sempre que me apercebi de um destes pequenos pormenores.

Considerações Finais

A EA SPORTS regressou em grande forma ao mundo do golfe com este EA SPORTS PGA TOUR. Um jogo bem polido onde os detalhes são tudo e com um física, tanto da tacada como da bola, muito bem trabalhada. No fim do dia, este PGA TOUR não é só para quem gosta de jogar golfe, mas também para quem gosta de ver ou para quem quer aprender mais sobre o desporto.

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Se estiverem na dúvida entre este PGA Tour ou a aposta da 2K recomendo que, caso procurem um simulador mais puro, escolham o jogo agora lançado pela EA.


+ Modos de jogo diversos, capazes de agradar a todos os tipos de jogador
+ Física muito bem trabalhada
+ Desafiante, mas sempre justo na hora de nos mandar para o bunker

– Por vezes podia ter um pouco mais de sensibilidade
André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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