Lumote: The Mastermote Chronicles – Análise

Existem muitos jogos de puzzle e plataformas no mercado, mas houve algo em Lumote: The Mastermote Chronicles que me chamou a atenção. Nem estou a falar da arte vibrante que apresenta, mas que sem dúvida deixa marca, mas tem algo de único. E para quem gosta deste tipo de jogos, que fazem algo criativamente diferente, é certamente um título a considerar.

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O jogo é muito simples, somos Lumote, uma bolha adorável, parecemos um pedaço de gelatina, que tenta fazer o seu caminho pelas Great Depths, um mundo subterrâneo gigantesco. Todo o jogo é-nos apresentado por um fio de níveis interligados, que leva Lumote a entrar cada vez mais nas suas profundezas, e tentar salvar outros Motes e habitantes deste mundo da influência de Mastermote que corrompeu as Great Depths.

Este conceito parece épico na sua escala, mas não existe muito mais no jogo que esta ideia aparentemente rudimentar, apenas a apresentação do mundo em nosso redor é épica. Não há história que acompanhe a nossa aventura, e parece que o jogo nos entrega a tarefa de perceber o que está a acontecer, não há cinemáticas ou diálogos. O tom do jogo é pautado pelo seu design e apresentação muito especial, mas não interfere em nada na narrativa. As únicas personagens reais são Lumote e Mastermote, mas nenhum tem uma personalidade ou arco de progressão de personagem.

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Aqui, a nossa única motivação é controlar o nosso adorável personagem e progredir nos mapas, tudo à conta de puzzles.

Simples, mas eficaz

O conceito é simples e a jogabilidade também e isso não é necessariamente uma coisa má. Lumote: The Mastermote Chronicles introduz todas as suas mecânicas se jogabilidade muito cedo e nunca se desvia das mesmas. Funciona, mas também não faz o jogo evoluir mais à frente. Ao controlar Lumote é apenas, andar, saltar e salto duplo e possuir outros motes que serve de resolução de puzzles.

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A mecânica de possessão funciona de várias maneiras. Lumote pode possuir outros motes e controlá-los, movendo-os para áreas específicas. Podemos manipular flores que podem abrir novos caminhos, servir de plataformas e servir de elevador, alcançando outras áreas que normalmente não iríamos lá chegar. Em cada nível temos de mudar a energia de vermelho para azul e ao acontecer, uma anémona gigante abre-se e permite a passagem para a área seguinte. Em termos de jogabilidade não há muito mais a apontar, mas tenho de dar crédito à equipa por arranjarem muitas maneiras criativas de implementar essas mecânicas em muitos géneros de puzzles.

Lumote: The Mastermote Chronicles consiste em seis torres e um total de cinquenta puzzles para resolver. Muitas das soluções são relativamente fáceis, mas mais lá para o fim, dei conta de ficar a olhar para o ecrã a tentar resolver o puzzle na minha cabeça antes de pôr a resolução em prática. Mesmo que as mecânicas-chave sejam um pouco básicas, a jogabilidade é bastante boa e o controlo da câmera (que é crítica neste tipo de jogo), é exemplar. O movimento em Lumote: The Mastermote Chronicles é a 360 graus e estamos sempre a ver qual o melhor ângulo para avaliar o puzzle em mãos e os segredos espalhados pelo mapa. Encontrar estes segredos adiciona mais uma camada de interesse ao jogo.

Cenários vibrantes e coloridos

A arte gráfica em Lumote: The Mastermote Chronicles é muito atraente e chamativa. O ambiente, colorido e vibrante, está sempre em movimento e as cores vermelhas, azuis, verdes e lilás tipo néon enchem o olho. Na versão analisada, a Nintendo Switch, a única falha que posso apontar é a menor resolução dos gráficos, já que o cenário é tão bonito de se ver, que gostaria de ver na melhor resolução possível.

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A música é apelativa, mas nada de estonteante e cumpre os requisitos neste contexto de jogo. Não precisa de contar uma história, apenas não tem de cansar o jogador, que está concentrado no puzzle em questão.

Considerações finais

Lumote: The Mastermote Chronicles é um bom jogo para quem gosta de jogos de plataformas e puzzles. Simples, boa jogabilidade e visuais de encher o olho. Mas será suficiente para a gradar a todos? Certamente não, mas cada jogador tem várias maneiras de ser entretido e Lumote pode agradar a todos. Ótimo jogo para se jogar no conforto do sofá, mas ainda melhor em modo portátil. Cada área de puzzle é relativamente curta e podemos jogar por curtos períodos de tempo como um jogo casual se tratasse.

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Num género que conta com muitos jogos no mercado, Lumote: The Mastermote Chronicles certamente que se destaca.


+ Arte muito apelativa
+ Jogabilidade simples, mas eficaz
+ Excelente para sessões de jogo curtas

– Pode ser simples demais para alguns jogadores
– Não tem história nem narrativa
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