Ys IX: Monstrum Nox – Análise (PC)

Quem já experimentou Ys, certamente saberá que se trata de uma saga especial; e Ys IX: Monstrum Nox não é a exceção à regra. Após o seu lançamento para a PlayStation 4 em fevereiro, passado cerca de um ano desde a sua aparição no mercado japonês (e considerando alguns aspectos técnicos que levaram alguns fãs a torcer o nariz), a Nihon Falcom volta a trazer a nova entrada na história de Adol Christin, desta vez com duas novas ports: PC e Nintendo Switch.

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Apesar de visualmente ser, marcadamente, um jogo feito para a geração anterior, Ys IX: Monstrum Nox não perde nenhum do seu brilho face ao seu tão aclamado irmão mais velho, Ys VIII: Lacrimosa of Dana, conseguindo entregar uma forte componente narrativa, a par de um sistema de combate delicioso.

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Começamos a história em Balduq, onde o nosso protagonista se vê encarcerado, após ser culpabilizado pelo desaparecimento de uma frota militar, pertencente ao Romun Empire. Esta estadia na prisão de Balduq, porém, prova ser de curta duração: Adol consegue libertar-se da sua clausura e, apesar de todo o alvoroço causado pelos guardas, começa a sua corrida para, bem, uma escapatória. É aqui que se cruza com uma misteriosa mulher, de nome Aprilis, com a qual não tem tempo de trocar meia dúzia de palavras antes de ser alvejado e transformado, como consequência, num Monstrum. Adol — The Crimson King, para os amigos — é agora  portador de uma maldição que, por sinal, o permite fazer coisas muito engraçadas (como, por exemplo, teletransportar-se para locais específicos).

MOSTRUM UNITE!

Após o seu micro Prison Break, Adol reencontra o seu velho companheiro (que muitos irão reconhecer), Dogi, bem como outros Mostrums, formando uma espécie de equipa de super-heróis afligidos por uma maldição semelhante a esteróides sobrenaturais. Agora, está nas suas mãos descobrir os mistérios que a cidade de Balduq esconde, na qual todos se encontram presos por uma espécie de redoma mágica.

Apesar de ter uma estrutura muito semelhante ao seu antecessor, que primava pela sua extensão, Ys IX tem Balduq como palco central de toda a narrativa e, surpreendentemente, em modo open world, na sua grande parte. Side quests e coleccionáveis não faltam, e, cada vez que um Monstrum se junta ao grupo, Adol também recebe uma nova habilidade como recompensa. Quando derem conta, o protagonista, para além de teletransporte, é capaz de adquirir capacidades como visão especial ou até caminhar paredes acima (Monstrum parkour!). Estas pequenas adições à nossa party servem não só para engrossar o plot da história a decorrer (bem como alguns piscares de olho a entradas anteriores da saga), como também nos proporcionam habilidades especiais para podermos explorar alguns locais que, de outra forma, não teríamos acesso.

Hackar e chorar por mais

A frenética banda sonora acompanha, de forma irrepreensível, o sistema de combate: Adol é o mestre do hack and slash, mas, dependendo dos bosses, a mudança dos restantes membros que nos acompanham em batalha pode ser benéfica, com recurso a outras técnicas, sendo que só podem estar três em batalha. Esta possibilidade também encoraja o jogador a dar uso a todas as personagens e os seus atributos pessoais, bem como ao sequenciamento de ataques e bloqueios, aumentando, de forma exponencial, a intensidade dos combates.

Naturalmente, a nível gráfico, não falamos de um trabalho altamente meticuloso e realista; particularmente, quando somos deparados com áreas feitas com extremo detalhe, para, dois segundos depois, sermos confrontados com algo muito pobre a nível visual. Porém, comparativamente à versão lançada para a PlayStation, é possível sentir, de forma palpável, uma maior fluidez no movimento, principalmente em combate.

Considerações Finais

Ys IX: Monstrum Nox balanceia-se no limbo entre um jogo open world e uma gameplay linear,  nunca se afastando muito da sua essência característica, que tanto nos direciona por sequências fechadas e corredores apertados para darmos de caras com um boss, como nos presenteia com uma batalha espontânea (através dos portais que nos surgem) a durante mera exploração da cidade. Ao nível de perfomance, dependendo da port que utilizarem, é possível que consigam ver melhorias consideráveis a nível de desempenho nas novas ports, face à anterior. 

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Independentemente dos soluços técnicos e aspecto mais datado do jogo, sem dúvida é uma excelente entrada na lendária série japonesa, e, até mesmo, uma óptima porta de entrada para um jogador que está a conhecer Adol pela primeira vez.


+ Narrativa cativante
+ Sistema de combate fantástico
+ Banda sonora fenomenal


– Falta de fluidez gráfica no jogo pode tornar-se incomodativa
– Diferenças gráficas contrastantes ao longo do jogo

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N.R.: A análise a Ys IX: Monstrum Nox foi realizada com acesso a uma cópia digital do jogo, para Windows PC, gentilmente disponibilizada pela PlayNxt

Ana Costa: Designer armada em redatora de videojogos, viciada em café e JRPGs. Destruiu o site uma vez.
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