The Last of us Parte II Remastered – Mais uma vez rendido ao jogo

Quando joguei The Last of Us Parte II pela primeira vez a minha experiencia foi completamente diferente daquela que tive com o primeiro jogo, que me custou a arrancar e a de facto gostar de o jogar. Com a segunda parte, a construção da narrativa, as melhorias de gameplay e a forma como todo o jogo funcionam fizeram com que fosse amor à primeira vista. Agora, com a chegada de The Last of Us Parte II Remastered eis que tive a oportunidade de voltar a visitar a história que me fez comprar uma edição de colecionador já depois de ter acabado o jogo, e, tal como seria de esperar, estou mais uma vez rendido a esta segunda parte da história da Naughty Dog.

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As emoções não foram as mesmas, porque ainda tinha fresco na memória cada um dos passos que somos levados a dar, mas reparei em coisas que nunca tinha reparado da primeira vez e, no fim do dia, acabei por aproveitar o jogo muito mais agora que o fiz de forma mais relaxada e estando mais preparado para a montanha russa de emoções que somos levados a experiências durante TLOU II.

A versão remastered de The Last of Us Parte II traz novos modos, alterações ao modo de fotografia e até novas formas de explorar a história. É nisto que este texto se vai focar, o que é que há de novo e se vale a pena fazer o update. Caso queiram ler a análise a The Last of Us Parte II podem fazé-lo aqui.

O primeiro dos modos que me impressionou é provavelmente aquele que vai despertar menos atenção a todos os jogadores, até porque não despertou a minha no lançamento original do jogo. Nos extras do jogo existe um modo onde é possível desbloquear os modelos usados no jogo para que os consigamos ver com todo o seu detalhe. Estes modelos são desbloqueados com pontos adquiridos ao explorar o jogo e completar pequenas missões ou passar partes da história. O que mais me impressionou não foi o facto deste modo existir, até porque não é algo novo na franquia, mas sim o detalhe dos modelos ali apresentados.

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Não é precisa muita exploração para terem pontos suficientes para desbloquear pelo menos um modelo. Comecei pelo de Ellie, a segurar o seu arco, e digo-vos: é impressionante. Desde o movimento do cabelo, à textura dos tecidos na roupa ou até mesmo da pele, mas onde fiquei mesmo de boca aberta foi na tatuagem. É possível perceber onde está a cicatriz, por baixo da tatuagem, mas mais que isso é possível perceber as diferentes texturas da pele na zona da tatuagem e até algum relevo em algumas zonas da tattoo. Fantástico.

Mesmo que não percam muito tempo neste modo, aconselho-vos a que experimentem pelo menos a exploração de um dos modelos.


Pedaços de jogo nunca antes jogados

No modo Lost Levels terão a oportunidade de pegar em pequenas fatias do jogo que nunca chegaram ao produto final, pequenos segmentos que poderão fazer com que olhem para história que se lembram (porque sim, caso seja a vossa primeira vez a jogar TLOU II, acabem a história antes de pegar neste extra da versão remastered) de outra forma ou que simplesmente fiquem a perceber um pouco mais das personagens ou das zonas que podem explorar durante a história principal.

Acima de tudo, o que este modo vos dá, é uma oportunidade fantástica de mergulhar na mente dos criadores de um dos melhores jogos que chegaram ao mercado na passada geração de consolas, perceber o processo criativo e as razões que levam certas partes do jogo a ser como são ou até mesmo, como é o caso destes níveis, a nunca chegarem ao resultado final ou, quando chegam, o façam de uma forma completamente diferente.

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Durante a exploração de cada uma destes níveis vão encontrar pequenos prompts que vos levam a ouvir uma pequena explicação sobre o que estão a ver e sobre o processo de pensamento para a construção de cada um dos níveis. É uma oportunidade única, porque mais que ouvir a explicação que pode ser dada em qualquer podcast, ouvem essa explicação enquanto estão a explorar um pedaço de uma build, ainda em alpha, que provavelmente estava também a ser testada pela equipa enquanto estavam a ter os pensamentos que agora partilham.

A única coisa que não me deixou feliz foi o facto de, especialmente num deste níveis, não conseguir repetir as ações que nos são dadas a experimentar mais que uma vez. Percebo que não seja essa a intenção, não é algo para ficar a jogar e jogar, é algo para ver, perceber e aproveitar daquela vez… mas mesmo assim.

Espero que mais estúdios sigam este exemplo e comecem a dar aos seus fãs um pequeno olhar para o outro lado da cortina, para o lado onde todo o processo criativo acontece, e que o façam desta forma interativa. Digo-vos, para quem já jogou TLOU II, os 10 euros da atualização já valem a pena só por causa deste modo… mesmo ignorando todas as outras novidades.

Os outros modos

The Last of Us Parte II Remastered dá-vos ainda a oportunidade de explorar alguma da concept art do jogo, algo que já existia anteriormente, mas que me tinha passado despercebido, de ver um pedaço do que é o desenvolvimento do jogo ou ainda a possibilidade de jogar o modo história com comentários sobre o que estão a jogar.

Têm ainda possibilidade de fazer musica dentro do jogo, num modo bastante detalhado e onde tenho a certeza que vamos começar a ver muitos criadores de conteúdo a explorar para fazer as suas próprias músicas, tanta é a liberdade que este pedaço do jogo nos dá. Podem ainda desbloquear filtros para alterar a aparência do jogo, skins para as vossas personagens, mods para alterar o gameplay de TLOU II ou até mesmo uma opção para gravar os vossos melhores tempos em speedrun, seja no todo ou em segmentos (Ellie e Abby).

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Mas claro, para além disto tudo chega ainda o modo No Return. Um modo ao bom estilo roguelike onde vão ter batalhas aleatórias com os diferente inimigos que estão habituados de TLOU. Não sendo o meu modo favorito, já que prefiro voltar a visitar a história sempre que me apetecer jogar, consigo perceber o quão divertido é a possibilidade aqui criada para manter os jogadores durante mais tempo de comando na mão, principalmente pela possibilidade dada de escolher várias personagens, com características diferentes que, de certa forma, conseguem em muito influenciar o estilo de experiência que vamos ter.


Considerações finais

Deixei para este segmento um pedaço de texto sobre a experiência de jogo neste The Last of Us Parte II Remastered. O passar da história fez-se muito bem mais uma vez, com as animações a parecerem mais fluidas de quando jogado na PS4 Pro e com os momentos de batalhas mais “violentas”, com mais conteúdo no monitor, a correrem sem quaisquer problemas de drops visíveis.

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Mais do que os melhoramentos técnicos do jogo esta atualização vale a pena para qualquer jogador:

  • Se já jogaram terão, em The Last of Us Parte II Remastered, acesso a mais e melhor conteúdo. Novos modos de jogo e novas formas de jogar o jogo que conhecemos. Tudo isto por 10 euros, um preço mais que justo para o que oferece esta remasterização.
  • Se ainda não jogaram, nem tem uma cópia do jogo, esta será a melhor forma de jogar The Last of Us Parte II. Simples. Isto pelo preço “normal” de €49.99.

No fim do dia, mesmo sem dar nota porque essa já está dada, é fácil de recomendar esta atualização ao jogo da Naughty Dog. Faz tudo o que prometeu fazer, a um preço justo, e continua a ser um jogo maravilhoso.

André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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