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Análise AGON AG353UCG

Foi em fevereiro deste ano que a AOC apresentou um dos gigantes dentro da gama de monitores para gaming. Gigante, pelo menos pelo tamanho, pois apresenta uma tela de 35 polegadas (sim, são quase 90 centímetros) com o formato 21:9, ideal para o consumo multimédia e de videojogos de forma imersiva desde que os mesmos apresentem suporte para este formato ultra-amplo. Para além disto o AGON AG353UCG, tendo um grande espaço de tela acaba por ser bastante interessante para o aumento de produtividade já que conseguimos ter várias janelas abertas e todas com um tamanho generoso.

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Mas será que este AGON AG353UCG consegue ser gigante não só no tamanho? Afinal de contas tem que apresentar características bem fortes para justificar o investimento num monitor onde a etiqueta do preço apresenta valores a rondar os 2000 euros.

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Principais características

AOC - AGON

AGON AG353UCG


Tela: Curva de 35 polegadas (88,9 cm) - UltraWide

Proporção: 21:9

Brilho: 1000 cd/m²

Contraste: 2500:1 / 80M:1 (Dinâmico)

Resolução: 3440 x 1440 píxeis (Wide Quad HD) 

Tipo de painel: LED VA (Alinhamento Vertical)

Tempo de resposta: 2 ms

Taxa de atualização: 200 Hz  (DisplayPort) / 100Hz (HDMI)

Cores suportadas: 1.07 Biliões


HDR - Certificado Vesa para DisplayHDR 1000

Tipo de ligações: 

-  HDMI 2.0 x 1 

- DisplayPort 1.4 x 2 

- USB 3.1 x 4

- Colunas integradas 5W x 2

- Saida de audio 3.5mm

Um monitor criado a pensar nos computadores

Com maior parte do conteúdo consumido em consola a ser pensado para um consumo feito em monitores tradicionais ou mesmo em televisores a verdade é que o formato ultra amplo deste AGON AG353UCG acaba por fazer com que o mesmo não seja o ideal para os jogadores que jogam maioritariamente em consola, mesmo que por vezes passem para o PC. Dizemos isto porque ao jogar em consola acabam por não usufruir do monitor a 100% já que a imagem é apresentada com duas barras pretas nas laterais para simular um formato mais estandardizado.

Claro que mesmo assim continuamos a conseguir utilizar o monitor para jogar a 60 fps numa Xbox One X ou numa PlayStation 4 Pro, precisamos apenas que o jogo esteja otimizado para tal, e conseguimos usufruir do melhor que ambas as consolas têm para oferecer. Para além disto, não existe qualquer indicação nos menus do monitor para esticar a imagem do mesmo e assim conseguir, embora com alguma distorção, jogar simuladores como F1 2020 com todo o monitor ocupado na sua totalidade pelo cockpit do monologar.

Quando passamos a utilizar o monitor no dispositivo para o qual foi pensado – o computador – a história já é outra. Com a ligação DisplayPort e com um computador capaz de rodar jogos a 120 fps em FHD já conseguimos perceber alguma diferença quando comparado com a utilização em consola.

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Continuando a falar do universo dos videojogos, um dos títulos que foi lançado durante a nossa análise ao AGON AG353UCG foi Death Stranding para PC, o qual tivemos oportunidade de experimentar e comparar com a nossa experiência na PS4 Pro quando o jogo foi inicialmente lançado. E sem nos alargarmos muito, porque estamos aqui para falar de um monitor, se o mundo criado por Hideo Kojima já era absolutamente divinal na PS4 Pro, ter a oportunidade de viajar com Sam num monitor como o AGON AG353UCG onde podemos aproveitar toda a tela sem moldura (Bezel-less) para assim conseguir o verdadeiro sentido da palavra “imersão” enquanto jogamos.

Continuando no PC, mas agora ao nível de produtividade, neste momento estamos a escrever a análise e a utilizar o AGON AG353UCG enquanto o fazemos. Para além do back office do WordPress, temos ainda uma janela com as redes sociais do FUTURE BEHIND, o Slack, Discord e Outlook abertos. Tudo isto com um tamanho generoso, o que nos permite trabalhar em várias frentes sem ter que minimizar janelas ou até mesmo ter um efeito quase de cascata em que ao fim de algum tempo já não conseguimos perceber o que é que é o quê…

Importa referir que para além do grande espaço na tela, existe ainda software disponibilizado pela AOC para que possamos utilizar o monitor dividido em vários sectores, ajudando ainda mais numa altura em que muitos de nós estamos a trabalhar de casa e onde a produtividade é dos fatores mais importantes na altura de adquirir um monitor.

O AGON AG353UCG vem ainda equipado com um dial que nos permite controlar o menu OSD do monitor e ainda mudar de entrada DP ou HDMI de forma bastante rápida, o que acaba por ajudar, principalmente quando estes controlos estão na parte de baixo do monitor.

Carregar, gravar e consumir

O AGON AG353UCG pode ser visto com um verdadeiro centro de produtividade. Ao estar ligado ao computador através de um cabo USB B 3.0, permite-nos durante a gravação de podcasts, ou mesmo durante lives em plataformas de stream, ligar o headset wireless ou até mesmo o microfone USB que temos em uso diretamente ao monitor sem nos preocuparmos em chegar à parte traseira do desktop para assim conseguir ligar mais dispositivos USB. Com as 4 entradas USB que apresenta, o AGON AG353UCG acaba por ser bastante útil para os utilizadores que utilizam muitos periféricos e que, ao mesmo tempo, querem carregar o telemóvel ou mesmo o tal headset já referido.

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Falamos em consumir porque um dos pontos fracos deste monitor está mesmo no consumo multimédia. Sabemos à partida que não estamos a adquirir um monitor 4K, mas sim uma tela com resolução de 3440 x 1440. Isto não é incomodativo já que a qualidade da tela faz com que o consumo multimédia continua a ser agradável principalmente devido ao aspeto ultra amplo deste AGON AG353UCG. Ao nível de imagem, as sessões de Netflix na secretária passam a ser surpreendentes com um grau de imersão acima da média, é verdade quando se diz que depois de experimentar um monitor curvo não se vai querer voltar para a normalidade…

O ponto fraco do AGON AG353UCG acaba por ser a qualidade do som. O volume está bem ajustado, mas a verdade é que a qualidade dos agudos acaba por ser um pouco incomodativa sendo demasiado estridentes e os graves nem sempre são os melhores. Isto faz com que a qualidade de som que o monitor apresenta acabe por fazer com que o tal nível de imersão, que até aqui era ótimo, seja um pouco penalizado já que os sons não parecem ser naturais. Isto poderia ser resolvido com o ajusto dos graves e agudos no ecrã, mas as definições de som deste AGON apenas permitem ligar ou desligar o som DTS [Digital Theater Systems], nada mais.

Considerações Finais

O AGON AG353UCG é um monitor surpreendente, mas não é um monitor para todas as bolsas, com um preço a rondar os 2000 euros só mesmo os gamers mais “hardcore” é que poderão ver interesse num monitor com uma taxa de atualização de 200 Mhz. Se este é o vosso caso e de facto têm interesse em fazer um upgrade ao vosso setup com este monitor ultra amplo de 35 polegadas, fiquem a saber que não se vão arrepender. A qualidade do som pode não ser perfeita e a ventoinha existente na parte traseira para arrefecimento do monitor pode ser incomodativa se a tarefa realizada não envolver som, mas a verdade é que a tela curva e a qualidade de imagem do AGON AG353UCG fazem com que este monitor seja uma boa escolha.

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Vamos esperar pelas consolas de próxima geração e pelo desenvolvimento de jogos que possam vir a suportar formatos com o 21:9 deste monitor para que assim possamos, verdadeiramente, aproveitar a beleza do AGON AG353UCG, tanto no PC como nas consolas.

+ Facilidade de mudança entre entradas (DP e HDMI)

+ Formato 21:9 é ideal para o consumo de multimédia

+ Monitor ideal para quem tem um Gaming PC de topo

+ Taxa de atualização 200 Mhz 

+ Tempo de resposta GTG 2ms 

– Qualidade geral do som

– Poucas opções de configuração sonora

– Impossibilidade de esticar a imagem para uso em consola

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N.R.: A análise AGON AG353UCG foi realizada com acesso ao produto, gentilmente disponibilizado pela AOC Portugal