Battletoads

Análise Battletoads

Battletoads foi anunciado como exclusivo Microsoft em 2018 para a Xbox One, e algum tempo passou até que lhe puséssemos a vista em cima. Lançado em 1991, o original saiu para várias plataformas incluindo a Game Gear e Amiga causando um misto de emoções entre os jogadores porque era extremamente difícil, mas na altura, muitos jogos eram assim, um verdadeiro desafio.

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Misturando alguns géneros, o original tinha algumas provas de fogo e o novo não é exceção. Também é uma mistura de géneros como o de ’91, mas tem opções de acessibilidade para que todos o possam ter uma chance de o jogar e tirar partido de uma reinvenção de uma pérola na história dos videojogos. A Rare, produtora original do jogo, supervisionou a Dlala Studios na construção da mais recente versão.

Eu vi um sapo

Não vimos um sapo, mas três, Rash, Zitz e Pimple são as três estrelas desta versão da Xbox One e temos de destacar toda a personalidade destes três estarolas, porque sim, é um jogo carregado de humor e de situações embaraçosas, funcionando muitíssimo esse mesmo registo. Obviamente que é um título que não exige muito do nosso pensamento para entender a história, mas a sua apresentação está muito bem feita.

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A personalidade dos protagonistas juntamente com todo o rol de personagens que completam a trama, parece tirado de um episódio de desenhos animados de um sábado de manhã, a animação das cinemáticas parece tirado do Cartoon Network de tão bem feito que estão. É definitivamente um dos pontos altos de Battletoads, a sua personalidade e humor. De salientar os personagens Uto e Pia, que foram dos melhores personagens que encontrámos há muito tempo num jogo pela comédia pegada que transmitem.

Variedade de géneros

Não podemos dizer que Battletoads é este ou aquele género de jogo porque mistura muitos géneros. Temos níveis de beat ‘em up em perspetiva 2D, a maioria do jogo é assim, temos níveis que estamos montados numa mota que flutua (como o famigerado nível do original, mas em vez de a vista ser lateral é por detrás da personagem), de tiros com uma nave tipo Galaga, de plataformas em 2D em que temos de resolver puzzles ambientais. Temos também pequenas sequências que estão ligadas às cinemáticas em que são pequenos quick time events, os quais são hilariantes e fazem com que acabemos a questionar o que é que se passou na cabeça dos produtores.

Dentro de todos estes géneros, a sua jogabilidade não desilude, mas também não se faz nada de novo. Dentro do género beat ‘em up, existe realmente um cuidado em ter vários movimentos, combinações e golpes especiais que resultam muito bem. Aliado a isto, podemos alternar a nosso belo prazer entre os três sapos, que têm animações e estilos diferentes de uns para os outros, é só encontrar o que melhor se enquadra connosco. Os outros géneros de níveis que vamos encontrando controlam-se se maneira quase intuitiva, já que são semelhantes a outros do mesmo estilo.

Reboot mas não tanto

Este jogo goza com ele próprio e com as suas origens, falando da sua idade e relembrando situações do original. E gozando também com a Microsoft neste registo de brincadeira com alguns easter eggs. Tem tudo para ser e é um reboot de sucesso, mas deixa para trás algumas características de Battletoads de ’91, também porque a indústria mudou e muito.

O original tinha níveis completamente diabólicos em termos de dificuldade e aqui isso foi atenuado em forma de acessibilidade. O jogo ainda pode ser difícil se o quisermos que seja, mas já não tem secções que são inerentemente desafiantes e que nos obriga a ser perfecionistas ao segundo. Como fãs dessa era mais retro, não podemos de deixar de lamentar esse facto.

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A longevidade do jogo também é de lamentar. Se em certos níveis sentimos que se arrastam por demasiado tempo, a longevidade total de Battletoads é extremamente curta. Bastou-nos apenas três horas e meia para passar todos os atos e sentimos que podia ser esticado em algumas partes, ou pelos menos fazer algo de diferente, já que algumas cinemáticas ainda são longas.

Considerações finais

Precisávamos de um título como Battletoads. A nostalgia é imensa como devem imaginar e gostaríamos apenas que fosse um pouco mais difícil em algumas partes e que outras não se arrastassem tanto. Começa devagar, mas depois, toda a sua personalidade vem ao de cima, revisitando e relembrando personagens e piadas referentes ao original. Arte e animação muito bem produzida e hilariante no seu argumento que é totalmente absurdo.

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Pode não ser para todas as pessoas, mas tem cooperativo para três pessoas e um preço reduzido… estará também no Xbox Game Pass desde o lançamento, Battletoads é um título que é difícil não recomendar.

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+ Personalidade dos personagens

+ Arte e animação

+ Argumento hilariante

– Longevidade

– Algumas secções arrastam-se

– Música não surpreende em nada.

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N.R.: A análise a Battletoads foi realizada numa Xbox One S com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Xbox Portugal