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Análise Ego Protocol: Remastered

Há sempre aquela altura em que estamos em casa sem nada para fazer, ou estamos num dos muitos transportes públicos que podemos / temos que usar para chegar ao nosso trabalho. Existem também aquelas pessoas que antes de adormecer gostam de ler um pouco, ou mesmo de pegar na Nintendo Switch e jogar um daqueles jogos cheios de puzzles que acabam por nos deixar cansados e mesmo prontos para dormir. Temos uma sugestão, chama-se Ego Protocol: Remastered.

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Com desenvolvimento da Static Dreams e da No Gravity Games S.A. Ego Protocol: Remastered chegou aos computadores Windows e macOS em 2016 e apresentou-se como um jogo de plataformas, com muitos desafios de lógica pelo caminho onde o principal objetivo era levar o nosso robot humanoide até ao fim do percurso onde chegaríamos a uma área segura. Quatro anos depois chega à Nintendo Switch onde num port que apresenta as mesmas mecânicas e o mesmo objetivo, será que Ego Protocol: Remastered é um jogo para nos manter entretidos ou não passa de algo para queimar aqueles 20 minutos de espera no consultório do dentista?

Durante os 60 níveis que Ego Protocol: Remastered nos apresenta o objetivo é sempre o mesmo, como referido anteriormente, temos que levar o nosso robot até ao fim do mapa para que o mesmo seja teletransportado para uma zona segura. Durante o percurso vamos encontrar diversos inimigos e algumas armadilhas que prometem dificultar-nos a vida, alguns mais que outros. No entanto, estes obstáculos não são a única coisa que nos pode vir a dificultar a vida.

É preciso pensar, repetir, repetir e pensar novamente

Ego Protocol: Remastered é isso mesmo, um jogo que nos obriga a pensar, a perceber a lógica por detrás de cada nível e a preparar bem a estratégia antes de avançar, sim porque, para além de termos obstáculos para passar, temos um determinado tempo (difere de nível para nível) para conseguir levar o nosso pequeno humanoide até ao seu destino.

As mecânicas são simples, mover blocos para conseguir avançar no mapa ao mesmo tempo que continuamos protegidos dos inimigos. Certos blocos terão que ser movidos antes de estarmos cara a cara com alguns dos perigos que nos esperam. Isto acontece porque existe uma espécie de loot espalhado por cada mapa que será muito importante, ou melhor, imprescindível, para nos ajudar a ultrapassar cada um dos 60 níveis. Algo que também temos que ter em atenção é a forma como movemos os blocos, caso a fase de planeamento não seja levada de forma mais séria, podemos dar por nós presos entre duas paredes, sem forma de ir a lado nenhum… depois disto a única solução é começar o nível de novo. Isto aconteceu-nos algumas vezes e só deixou de acontecer quando percebemos que era importante ter calma antes de avançar para cada um dos desafios.

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Nem todos os níveis são iguais, sendo que alguns requerem que tenhamos mais atenção na fase do planeamento, mas outros apresentam-se com puzzles menos envoltos em lógica e bem mais simples de ultrapassar. É provável que este seja o único segmento do jogo que não está baseado em repetição, tirando isto todos os níveis acabam por ser mesmo isto, começar, passar os inimigos e acabar. Mexer blocos e passar o nível, não existe qualquer tipo de narrativa ou de desafio que nos queira fazer ter sessões de jogo muito superiores a 20 minutos.

A arte, desenhada à mão, e a forma como o jogo se adapta ao ecrã tátil da Nintendo Switch são, talvez, os únicos pontos que nos dão vontade de voltar a ligar a consola e selecionar Ego Protocol: Remastered para mais uma sessão de jogo. Até a banda-sonora pode acabar por se tornar um pouco irritante.

Considerações Finais 

Acabar a análise com a resposta à pergunta que fizemos logo ao início. Sem problemas de mecânica e com boa resposta tanto a usar os comandos tradicionais como o ecrã o que faz com que os puzzles de Ego Protocol: Remastered não sejam a melhora aposta para sessões de jogo longas é mesmo a repetitividade presente em cada um dos níveis e a falta de algo, como uma boa narrativa, que nos faça querer continuar.

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Por isso Ego Protocol: Remastered fica marcado como sendo aquele jogo de plataformas com muitos puzzles, mas que apenas serve para passar aqueles 20 minutos de espera. Acabar dois ou três níveis e desligar a sessão de jogo, até que uns dias mais tarde possa apetecer lá voltar novamente. Ego Protocol: Remastered está presente na Nintendo eShop pelo valor de €4.99 pelo que poderá ser uma boa adição à biblioteca para aquelas alturas mais mortas do dia.

N.R.: A análise a Ego Protocol: Remastered foi realizada numa Nintndo Switch com acesso a uma cópia digital do jogo, gentilmente cedida pela No Gravity Games.

 

Ego Protocol: Remastered - Repetir, repetir e repetir
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Arte feita à mao
Muitos níveis
Responde bem ao ecrã da Nintendo Switch
Repetitivo
Jogo que rapidamente se torna aborrecido
Sem nada que nos faça querer continuar a jogar depois de uma curta sessão
2.5