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Análise Falcon Age

Falcon Age é um daqueles jogos que realmente queríamos adorar. Um indie em que temos um falcão que nos ajuda a derrotar robôs? O que não há para gostar, não é?

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É centrado na arte da falcoaria e somos levados para um mundo imaginário que de início tem muito de atrativo, mas ao longo do tempo vamos chegando à conclusão que não consegue cumprir o objetivo a que se propõe: levar-nos daqui, do nosso mundo, para uma aventura surreal.

Ara e o falcão

Somos Ara, uma prisioneira num campo de trabalhos forçados liderados pela The Outer Ring, uma organização interplanetária que tem como hábito explorar os recursos dos planetas e escravizar a sua população para retirar esses mesmos recursos em seu proveito. Da nossa cela, acompanhamos a vida de uma família de falcões até que um dia vê a progenitora ser morta por um robô que ameaçava o seu ninho. Aí, ela cuida da cria até ficar boa de saúde e começa uma relação de confiança em que ajuda Ara a escapar da prisão em que está confinada. Ao conseguir escapar, Ara reúne-se com a sua tia e começa a sua aventura como uma rebelde lutadora pela liberdade.

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No fundo, Falcon Age é uma aventura sobre uma jovem que tenta libertar o seu mundo das garras de uma corporação sem escrúpulos. Ara faz o trabalho pesado com a ajuda de um bastão que também é um chicote um pouco multiusos e o nosso falcão tem um papel de suporte com alguma relevância já que pode largar granadas, apanhar objetos fora do nosso alcance, atacar e distrair robôs bem como revelar os seus pontos fracos. Enviar o falcão nestas tarefas é tão fácil como simplesmente apontar a trajetória que queremos que ele faça. Pode por vezes parecer ser fácil, mas a inteligência artificial pode ser um problema na parte em que o animal pode sentir dificuldade em atingir o seu alvo principalmente em áreas mais densas. Começa a acontecer mais depois de enfrentarmos um dos maiores robôs do arsenal que está à disposição dos nossos invasores e em que a única maneira de o atacar é lançar o nosso falcão para o distrair antes que ele atire com a sua arma principal.

Nesta altura, achamos difícil demais usar esta técnica, e depois disto, sentimos os combates muito mais frustrantes que divertidos. O nosso companheiro voador pode receber dano dos inimigos já que eles podem atacar de várias formas, ao disparar dardos envenenados e enquanto não os desativarmos, ou lhes largarmos uma granada em cima, rapidamente o nosso falcão pode ressentir-se dos ferimentos. Começa a voar lentamente para a nossa mão e não fica melhor enquanto não lhe arrancamos os dardos ou lhe dermos algo para comer, mantimentos esses que ao reunir ingredientes podemos conjugá-los em receitas especiais que lhe darão ainda mais vida. É uma parceria entre os dois que nem sempre resulta como queremos, já que as mecânicas seguem o mesmo caminho… nem sempre resultam como queremos.

Aventura ou tarefa árdua?

Falcon Age é facilmente terminado em poucas horas e poderia ser ainda mais rápido a ser completado se não fosse pelas frequentes e quase sempre desnecessárias viagens para trás e para a frente no mapa entre missões. Entre os nossos objetivos principais existem poucos personagens que possamos interagir e essas missões secundárias que advêm dessas interações não resultam em nada palpável para a nossa progressão e apenas nos frustram mais quando nos parece que tudo poderia correr mais fluido na narrativa já que não existe opção de fast travel e acreditem que este jogo precisava.

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Esta ausência revela a falta de imaginação no mundo que habitamos já que andamos muito sem realmente ver nada que o preencha. Ao menos poderiam incluir algumas peças de áudio que poderiam talvez deferir a nossa atenção para esse texto em vez dos longos passeios que estamos destinados a dar.

Nem tudo “corre” bem…

Quando dizemos isto é porque não corre bem. Um jogo simples, com um mundo tão vazio, que nem assim é capaz de correr na Switch sem quebras de frames ou problemas em texturas. Problemas esses em que as texturas são fracas e mesmo assim aparecem de repente à nossa frente, o seu carregamento muitas das vezes distrai-nos do percurso a fazer. O seu estilo gráfico é a escolha acertada para a hibrida da Nintendo, mas mal executado na questão do desempenho. A componente sonora também não surpreende em nada e não traz nada de novo no género.

Considerações finais

Falcon Age é o resultado de um bom conceito, mas que simplesmente não o conseguiram fazer resultar. A Outerloop Games tenta construir algo aqui, uma aventura com um companheiro que podemos contar para tudo e mais alguma coisa e sentimos que poderia ser muito melhor do que é.

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O nosso falcão é de longe a melhor parte com as suas animações e a multitude de personalização que lhe podemos aplicar, mas sendo só esse aspeto a melhor parte, é curto para o que pretendemos de dois personagens tão fortes. A vontade de jogar que temos de início de progredir, rapidamente se desvanece na falta de interesse que vamos tendo pela luta de Ara pelo seu planeta.

Clica na imagem para mais informação sobre as nossas classificações

+ O nosso falcão e o que podemos contar com ele

+ Existe um modo que podemos evitar o combate entediante

– Depois de um início promissor, encontramos um mundo vazio

– Limitado em ambientes, atividades e muitos mais aspetos

– Falhas técnicas

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N.R.: A análise a Falcon Age foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Popagenda.