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Análise GRID

Para mim, foi mais uma semana de velocidade, desta vez prego a fundo ao volante dos muitos carros representados em Grid. O mais recente título de corridas da Codemasters é, na verdade, uma continuação da série TOCA. A  série começou em 1997 e em 2008 mudou de nome para Race Driver – Grid. Os jogos que a Codemasters trouxe até esta série sempre foram um sucesso, desde títulos mais ligados ao mundo arcade como outros mais próximos da simulação, mas será que este Grid cumpre as expectativas?

Desde que o jogo foi apresentado e o primeiro trailer foi revelado que fiquei muito expectante e cheio de vontade de experimentar o jogo que, na altura, parecia vir munido de um grafismo de topo e uma grande variedade de carros e pistas.

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Antes de continuar análise a Grid importa referir que o novo título da Codemasters é um misto de arcade com simulador. Não sendo um simulador puro como outros títulos da Codemasters, como são exemplo F1 2019 e o Dirt Rally 2.0, tem aspetos que podiam ser melhorados, ao mesmo tempo que ganha em segmentos que os simuladores não prestam tanta atenção, como a variedade de carros. Em Grid podemos estar a correr com um Mini e passar para um clássico dos touring cars antes de ter nas mãos o Renault R26 com que Fernando Alsonso foi campeão do mundo de Formula 1.

Grid começa com um vídeo de apresentação, dou por mim numa corrida em Xangai e do nada dou por mim a conduzir nessa corrida… e logo ao volante de um Corvette C7.R. Daqui passei para uma corrida NASCAR e tomo controlo do carro depois de um aparatoso acidente. Por fim, sou transportado para uma corrida de Touring, com chuva intensa, aqui peguei no carro depois de um acidente… Três experiencias diferentes, com carros e estilos de condução distintos, é assim que começa Grid.

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Modo carreira simples

O menu do jogo apresenta-se de forma simples, existem dois modos de jogo – Modo Carreira e Online.

Modo Carreira – Infelizmente não é muito extenso, nem tão pouco inovador. Temos 6 categorias para escolher – Touring, Stock, GTS, Tuner, Fernando Alonso Challenge e Invitacional – sendo que cada uma delas dão-nos 14 provas, com exceção da última que se apresenta com 27 provas.

Em cada uma das categorias referidas anteriormente temos subcategorias:

Touring – TC2, Super Tourers e TC1 Specials. Nestas subcategorias temos carros como o pequeno, mas poderoso, Golf GTi em TC2 ou um BMW M1 Turbo em TC1 Specials.

Stocks – Esta categoria foca-se nas competições motorizadas que acontecem, principalmente, nos Estados-Unidos. Vão encontrar os típicos Muscle Cars na subcategoria Muscle, onde poderão conduzir desde Camaro a Mustang. Para além desta subcategoria temos ainda a Oval Stocks (NASCAR) e a Pro Trucks (Truck Series – Divisão abaixo da NASCAR), nestas duas categorias de pista apenas vão conseguir encontrar um carro para cada uma delas. Provavelmente Grid não apresenta equipas oficiais da NASCAR, pois esse privilégio ficou para NASCAR – Heat 4

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GTS – Arrisco a dizer que esta categoria tem os carros que todos gostaríamos de conduzir. No Grupo 2 temos carros como o Ford Mustang GT4 ou o Porsche 911 GT4, mas quando passamos para o Grupo 1 encontramos máquinas como Ferrari 488 GTE, ou mesmo o tal Corvette C7.R que encontramos logo ao início.

Dentro do GTS temos ainda os Sports Prototype onde vão encontrar carros como o Acura DPi ou o Cadillac DPi-V.R.

Tunner – Tal como o nome indica temos carros com algumas características modificadas, aqui encontramos as categorias Modified, Super Modified Time Attack. Nesta categoria podemos escolher carros como o Mitsubishi Lancer EVO VI, Audi R8 ou mesmo um Honda CRX

Invitational – Nesta categoria terão a oportunidade de conduzir carros clássicos de diferentes categorias. As hipóteses são muitas e vão desde o Mini ao Alfa Romeu 155 Touring Car, passando pelo Ford Sierra RS500 ou mesmo o Ferrari 330 P4. Temos também a possibilidade de correr com o Renault R26 com o qual Fernando Alonso se tornou campeão do mundo de F1.

Também Fernando Alonso tem uma categoria própria dentro do modo carreira de Grid, nela vão correr em 14 provas diferentes sendo que a última das provas é disputada contra Fernando Alonso.

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O bom

No total temos 13 pistas para usufruir de todos os carros disponíveis em Grid, parece pouco não é? Não se preocupem porque o jogo oferece mais de 80 configurações diferentes para que aquela sensação de repetição de pista para pista não aconteça. Existem pistas de circuito tradicionais como Silverstone ou Indianapolis ou pistas citadinas como Barcelona, San Francisco ou mesmo Havana.

Para deixar os carros e as pistas de lado e dar-vos uma ideia do que é Grid posso dizer que e um jogo para alguém que jogue principalmente sozinho (sem split-screen). Apresenta-se com grande diversidade de corridas e carros bem como muita diversão já que os outros carros que encontramos nas pistas não tem medo de contacto.

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A condução é típica de um jogo Arcade, bastante divertido de conduzir, principalmente nas pistas citadinas dado que passamos encostados aos muros a alta velocidade e claro o público está sempre presente misturando-se com as fantásticas paisagens que Grid oferece.

Voltando aos carros, estes sofrem dados mecânicos, mas são os danos estéticos que mais os afetam. Se por acaso tivermos o azar de dar um toque num muro ou mesmo noutro carro é caso para ficar logo com o carro danificado, saltando mesmo peças caso o toque seja mais forte. Durante a corrida ganhamos ainda pontos de experiência ao fazer drift ou mesmo ao estar próximo do carro da frente… bem ao estilo Arcade.

Modo on-line

Mais uma vez um modo que poderia ter sido mais trabalhado. Aqui apenas temos a hipótese de escolher entre uma sala já criada ou criamos a nossa própria sala para jogarmos com os nossos amigos, ou mesmo com pilotos desconhecidos que decidam entrar na sala que acabamos de criar.

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Infelizmente é só isto que esta disponível, a Codemasters podia ter feito alguma competição on-line ou um segmento onde fossem lançados desafios diários, ou semanais de forma a manter o interesse no jogo e dar-lhe um pouco mais de competitividade para além dos momentos em pista.

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O menos bom

Como tenho vindo a referir, Grid é um título mais ligado ao mundo do Arcade, mas não é por isto que o grafismo do jogo deve ser descuidado. Os efeitos sonoros não são os melhores e o grafismo dos menus são demasiado simples.  Voltando ao modo carreira que apesar de ter muitas categorias, acaba por ter poucas provas o que provavelmente poderá fazer com que o interesse do jogo venha a acabar mais cedo do que aquilo que a Codemasters pretendia.

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Por fim há que referir o modo free-play, aqui como o nome indica podemos escolher qualquer um dos carros, ou pistas, e dar umas voltas… O problema é que mais uma vez o modo foi pouco trabalhado e nem a altura do dia ou condições climatéricas podemos escolher.

Considerações finais

Grid tem coisas boas, tem coisas menos boas e tem coisas que podiam ser bem melhores. Num todo fiquei um pouco desiludido… talvez por estar à espera de mais dado que as expectativas eram altas.

O conteúdo presente nos modos de jogo – carreira e online – não é suficiente para nos prender a Grid durante muito tempo, o que é uma pena, pois o título da Codemasters é bastante divertido e emocionante, tendo (quase) tudo o que é prender ao volante de um dos muitos carros existentes.

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Grid já se encontra disponível para Xbox One, PlayStation 4 e Windows PC. Tem lançamento anunciado também para Google Stadia aquando do lançamento do serviço no mês de novembro.

N.R.: A análise a Grid foi realizada numa PlayStation 4 com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela EcoPlay.

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GRID - Muitos carros mas pouco cuidado
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Diversidade nos carros disponíveis
Pistas citadinas bem divertidas
Dano estético no carro torna as coisas mais divertidas
Pouca aposta no modo online
Modo carreira demasiado simples
Pouco cuidado com os gráficos e sons
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