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Análise Post Void

Quando pensamos em shooters na primeira pessoa [FPS] que oferecem uma jogabilidade unicamente single player pensamos automaticamente em jogos com fortes vertentes visuais e uma história capaz de agarrar qualquer jogador. Certo? Este não é o caso do último jogo dos criadores de Sea Salt, a Y/CJ/Y Games que nos traz agora Post Void.  

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Post Void é um FPS rápido e cheio de ação, mas embora fiquemos a conhecer a sua breve história para logo no início esta acaba por ser quase irrelevante para a ação do jogo. Um FPS com características roguelike onde temos uma única missão… matar o que mexe.

Atenção: O trailer que se segue contem flashes e é altamente psicadélico. 

São 11 níveis, mas não fiquem surpreendidos se durante as primeiras horas só conseguirem ver dois ou três. Em Post Void controlamos uma personagem  que tem como única missão chegar ao fim do nível e entra no vazio [void] para então chegar ao próximo nível. Claro que para passar de nível vamos ter, também, que matar os inimigos que nos vão aparecendo pela frente. Aniquilamos inimigos com a única arma que temos na mão e com uma coisa em atenção – O tempo está a esgotar.

Alucinante

Ao entrar no jogo somos levamos automaticamente um tutorial onde vamos aprendendo a curta história de Post Void e ainda os controlos que teremos que usar durante o decorrer do jogo. As mecânicas do título são simples de compreender, correr (aqui não se anda) deslizar para movimentos mais rápidos, saltar e atacar (disparar, na maior parte dos casos).

Como referimos anteriormente o grande objetivo de Post Void é matar inimigos, isto para além de passar os 11 níveis presentes no título. A única forma de matar inimigos é ir passando os níveis, que depois de passados pela primeira vez até se tornam simples (não em demasia) de ultrapassar, e a única forma de passar níveis é matar inimigos. A personagem que controlamos tem, na sua mão esquerda, um recipiente com um líquido que rapidamente se vai esgotando à medida que o tempo passa ou que somos atingidos por golpes inimigos. A única forma de repor este líquido, que, na verdade, é o tempo que temos para viver, é matar inimigos para assim quase que receber a força vital dos mesmos.

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Ao ultrapassar um nível é-nos dado a escolher uma de três perks para o próximo nível. Estes perks aparecem de forma aleatória e podem ser desde a redução das balas dos adversários ou, até mesmo, a possibilidade de ver o frasco que contém a nossa vida a esvaziar-se mais lentamente. Parece pouco, mas, na verdade, todas as pequenas coisas ajudam a ultrapassar cada uma dos mapas.

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Os níveis encontram-se bem desenhados, e é notório o aumento de dificuldade quando passamos de um mapa para o seguinte, o único ponto menos bom é mesmo a facilidade com que acabamos por passar os níveis caso tenhamos que voltar atrás, embora os inimigos sejam cruéis no que toca a atacar, a verdade é que a IA não é muito desenvolvida e ao começar, vezes sem conta, o primeiro nível acaba por ser fácil de perceber que a colocação dos oponentes sofre muito poucas variações.

Devem estar a perguntar porque é que tivemos que passar o primeiro nível vezes sem conta já que devíamos ser “pros” a jogar pois até escrevemos sobre videojogos, certo? Vamos dar um exemplo, Post Void conta com 11 níveis e à medida que vão passando cada um deles, vão ganhando perks que ajudam a passar o próximo, mas caso se encontrem no nível 11 e morram, sabem o que é que acontece? De volta ao menu de pontuação e toca a fazer “restart” para começar de novo. Isto acontece porque, para além da vertente roguelike do jogo, Post Void apresenta-se como uma verdadeira máquina de arcade onde metemos moedinha e damos uns tiros… no fim temos direito a tabela classificativa onde são apresentados os melhores resultados a nível global. Esta tabela acaba por fazer com que o nosso espírito competitivo nos leve a repetir a ação de carregar no “restart” vezes sem conta para tentar, ao fim do dia, subir uns lugares na classificação.

Considerações Finais a 60fps

Os developers descrevem o jogo na sua página steam como algo “hipnótico” que se apresenta como um FPS que valoriza a velocidade acima de tudo. Pegando nessa descrição podemos assumir que o desempenho do jogo é importante se queremos ter uma experiência de qualidade. E a verdade é que a Y/CJ/Y Games conseguiu apresentar um trabalho surpreendente, as quebras de frame rate são inexistentes e a precisão da mira é incrível, sendo talvez, neste campo específico, um dos melhores FPS que jogamos nos últimos tempos.

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Um ótimo FPS, com uma mecânica que nos leva a querer repetir vezes e vezes até conseguir subir na tabela classificativa, ideal para sessões de jogo onde apenas queremos testar os nossos reflexos de forma alucinante, mas divertida. Tudo este pacote chega à Steam por um valor de €2,50, é de aproveitar.

Clica na imagem para mais informação sobre as nossas classificações

+ Desempenho surpreendente 

+ Um dos FPS mais divertidos que jogamos nos últimos tempos

+ Vertente competitiva dá repetibilidade ao jogo

– Localização dos inimigos acaba por ser quase sempre a mesma

– Repetibilidade constante pode afastar alguns jogadores

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N.R.: A análise a Post Void foi realizada em Windows PC com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada antes do seu lançamento pela Plan of Attack