Remothered: Broken Porcelain(3)

Análise Remothered: Broken Porcelain

Remothered viu o seu primeiro jogo da série ser lançado em 2018 e Broken Porcelain segue os eventos do primeiro continuando a ser um jogo de suspense e thriller psicológico. A Storming Games põe-nos no papel de Jennifer dentro de um hotel em que nada é o que parece ser e, para piorar a situação, a história faz-nos pular entre várias realidades deixando-nos pensar o que é real ou não.

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Para sermos honestos, o facto de o título querer fazer tudo isto na primeira hora de jogo enquanto personagens aparecem e desaparecem não ajuda em nada, mesmo que pareça que estão a tentar criar novas “dimensões”. Não existe um assunto claro, foco e falha um pouco no contexto quando parece que as falas das personagens estão fora de ordem e sentimos que Remothered: Broken Porcelain não é claro no que nos quer transmitir. Falha muito na estrutura da narrativa e nessa comunicação com o jogador.

Ambiente de cortar à faca

Aparte das animações dos personagens, Remothered: Broken Porcelain até tem pormenores bastante bons na construção do ambiente da mansão onde passamos a maior parte do jogo e faz com o esse mundo seja um pouco mais credível e vivo. As animações como falámos não são boas e as expressões faciais quase não existem. Já os movimentos dos modelos não são fluidos, aparentam ser quase estáticos. Encarnar Jennifer é desafiante devido a isto mesmo, parece que não controlamos a personagem. Nas cinemáticas, simplesmente nada parece natural como devia. E é pena porque a história que quer contar, podia ter tudo contra nas mecânicas, mas ao menos fazia-nos passar o suspense intrínseco no ambiente.

Som e atmosfera

O som em Remothered: Broken Porcelain é algo estranho. Parece que foi pensado com alguma originalidade o que geralmente nos videojogos é algo de bom. Por exemplo, o menu inicial tem um tema com alguém a assobiar, mas, em simultâneo, não é um tema que traga nada assustador ou aquele arrepio constrangedor que nos faz ter receio que clicar no botão e iniciar o jogo. Dentro do jogo, existe outro tema em que se ouve uma mulher a lamentar-se. Mas é um loop tão curto que o tema fica rapidamente chato de ouvir em vez de criar uma atmosfera sinistra. Há algo em Remothered que se sente a vontade de fazer bem, mas por algum motivo e em toda a linha, há sempre aquele sentimento de que podiam fazer melhor… bem melhor.

Jogabilidade e mecânicas datadas

Remothered: Broken Porcelain é, como o seu predecessor, um survival horror, pelo menos tenta-se imiscuir nesse género. A mecânica do jogo é simplesmente apanhar objetos. Podemos atirá-los ao inimigo, montar armadilhas ou defenderemo-nos em vez de sermos apunhalados até à morte. O pior é que não podemos fazer nada com estas “vantagens”. Por vezes estes encontros são como puzzles porque temos de adivinhar o que fazer ou como usar um certo item e outras vezes apenas significa correr pelo cenário esperando que estejamos a fazer tudo bem. Não tem muita lógica.

A primeira luta do jogo apresenta-nos logo pela negativa aos controlos e animação dos personagens e voltamos a pensar nos primeiros jogos de Resident Evil onde Jill e Chris eram verdadeiros tanques e difíceis de controlar principalmente em situações de aperto. Mas isto era nos anos 90, e atualmente para existirem jogos com este tipo de controlos têm de ser mais intuitivos na sua prestação.

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Se estamos a segurar uma faca em combate simplesmente não podemos atacar o nosso inimigo, andarmos furtivamente após montar uma armadilha não serve rigorosamente de nada e esta combinação de fatores faz com quem seja muito difícil desfrutar do jogo. Por vezes temos de passar situações sem ser ouvidos, mas também estas secções parecem ter problemas e bugs. É frustrante quando temos um ambiente bem desenhado para um videojogo, mas não nos permite jogar da maneira que esperamos jogá-lo.

Considerações finais

Remothered: Broken Porcelain tem bons gráficos e ambiente, aos quais se juntam bons apontamentos na sua história se bem que em muito lhe falta algum foco. A jogabilidade e as suas mecânicas são demasiado fracas para nos manter agarrados ao resto.

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O melhor que temos a fazer é ir tentando passar para a próxima parte da narrativa já que tudo o resto é bastante confuso para conseguimos aproveitar.

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+ Arte gráfica competente

– Jogabilidade obtusa e irritante

– Mecânicas datadas e frustrantes

– História tem alguns momentos, mas sem grande foco

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N.R.: A análise a Remothered: Broken Porcelain foi realizada numa Xbox One com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela Dead Good Media