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Análise Sparklite

Sparklite é um rogue like game da indie Red Blue Games sem a maçada do... Interessado? Continua a ler. A heroína Ada encontra-se perdida na estranha terra de Geodia, depois de a sua nave ter caído após uma tempestade, perdendo o seu robô de estimação, rapidamente percebendo que a sua missão é a de explorar este estranho mundo em mudança constante. O interesse continua. Isto fica ainda melhor.

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Todo o fulgor energético da ilha de Geodia é alimentada por Sparklite, cristais de poder energético inesgotável, que atraem o interesse de Baron, bad guy que pretende fazer desta terra, outrora local de paz entre pessoas, fauna e flora, a sua mina pessoal.

Todos aqueles que conseguiram escapar à violência dos seus habitantes encontram-se agora no The Refuge, que serve de base para descanso, evolução e investigação de novos itens que nos ajudarão a derrotar os bosses de cada uma das cinco áreas em que Geodia está dividida, no meio das nuvens do sempre incerto desconhecimento geográfico.

As cinco grandes zonas em que o mundo que nos é apresentado em Sparklite encontram-se sempre nas mesmas áreas, mas divergem na sua constituição, dando-lhes um lado random que refrescam cada exploração das mesmas. Apesar de sabermos que vamos cair da nossa base em Vinelands, somos sempre confrontados com um grind agradável, num espaço de certa forma diferente. Explicação mais à frente!

Pisca(Zel)da de olho

A temática visual toca no steampunk tão em voga nos dias que correm, com os gadgets diversificados que nos levam a explorar uma e outra vez a mesma área, em busca de mais um cristal precioso. Um arco, balões de ar quente e outras inventivas criações conseguidas através da obtenção de desenhos esquemáticos… Onde é que isto já foi visto? As referências ao estilo de jogo de Zelda são evidentes, mas isso só torna esta homenagem a esta série um gozo de jogo, quando se podia tornar claramente uma cópia limitada de algo que já foi endeusado por nós humanos.

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É aqui que Sparklite realmente brilha: jogamos um Zelda pós apocalíptico, sabemos que o estamos a fazer, e ainda assim adoramos. Para um Nintendo fanboy como eu, é o maior elogio que se pode fazer a este indie cheio de coisas que já foram vistas, mas que não deixam de surpreender.

town beats2

Começar de novo

A cada desmaio causado pelos corações de vida que esvaziaram, somos puxados por uma corrente até à base, vendo cair todos os itens adquiridos até à altura, excetuando os cristais.

Há quem goste e odeie. Há quem retire conhecimento da perda de itens que tanto custaram a reunir para depois começar do zero. Cada aventura em Sparklite é um recomeço de vida, uma tábua rasa que só não nos leva aquilo que aprendemos na anterior incursão, porque de resto, leva-nos mesmo tudo!

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Sparklite consegue sempre surpreender, apesar da sua estrutura enganadoramente linear. O desafio passa por explorar cada uma das áreas, encontrar desafios, inimigos com padrões de ataque definidos que é preciso estudar, colecionar cristais, deslindar um ou outro puzzle, entrar em shrines que nos dão planos para novos gadgets, enfrentar o boss da zona e avançar para a próxima. Verdadeiramente fácil, não? Errado. De forma brilhante, a Red Blue Games transforma um título que podia tornar-se numa experiência bastante repetitiva em algo novo cada vez que descemos em Geodia.

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A beleza do pixel

Quando nos cansarmos de ser aniquilados por abelhas mecanizadas irritantes ou por monstros de gelo que nos congelam para depois nos atacarem implacavelmente, podemos sempre apreciar a beleza do mundo em que combatemos. É verdadeiramente impressionante o quão deslumbrante a arte pixelizada pode ser, em que a geometria e a riqueza da paleta de cores de cada zona por explorar varia e as torna verdadeiramente experiências diferentes. Pântanos, gelo, molduras outonais, a variedade é enorme e a simplicidade agrada aos olhos de quem se aventura uma e outra vez, admirando o que foi conseguido por uma animação que nada deve a outros AAA games do género, apesar do ocasional soluçar do framerate e dos bugs que aparecem por vezes nalgumas das cavernas, que nos obrigam a reiniciar o jogo, fazendo com que percamos os tão preciosos cristais Sparklite. Nada que prejudique a experiência, mas alguém menos paciente pode sentir a frustração pelos dedos abaixo…

mountains golem

Considerações finais

Sparklite não tem pretensões em revolucionar o mundo dos videojogos, nem de se colar às semelhanças evidentes ao fenómeno Zelda. É apenas um jogo divertido, com imenso conteúdo, que obriga a reflexos rápidos, empenho e acima de tudo a alguma paciência… quem quiser tudo de imediato sem ter que passar por todo, pode voltar a jogar nos seus telemóveis.

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Sparklite é um indie muito bem conseguido e que vai entreter os fãs deste género de jogo durante bastante tempo.

Agora vou voltar a Geodia. Até qualquer ano!

Sparklite já se encontra disponível para Xbox One, PlayStation 4, Nintendo Switch, Windows PC e macOS.

N.R.: A análise a Sparklite foi realizada em Windows PC com acesso a uma cópia digital do jogo, gentilmente disponibilizada pela Evolve PR.

Sparklite - Action RPG que não inova, mas que diverte como poucos
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Arte pixelizada
Combate intenso e divertido
Recompensa quem insiste
Grinding pode desmotivar
Framerate e bugs ocasionais
4.5