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Análise Star Wars: Squadrons

Qualquer pessoa que seja fã de Star Wars, tenha começado essa jornada em criança, adolescência ou até em adulto, já fantasiou de certeza fazer, pelo menos, duas das coisas que aparecem no grande ecrã: lutas de sabres de luz e/ou combater no espaço usando as naves características da saga. Se em 2019  tivemos Star Wars Jedi: Fallen Order agora, nem de propósito, temos Star Wars: Squadrons da Motive, ou seja, tudo o que sonhámos.

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Será este titulo tão bom a recriar um dos nossos universos preferidos como o jogo da Respawn fez o ano passado? Liguem os hiperpropulsores, vamos descobrir.

Pew Pew Pew

Depois de um jogo de aventura, e jogos maioritariamente multijogador (Star Wars Battlefront I e II) chega-nos um jogo de batalhas espaciais simplesmente épico. Star Wars: Squadrons põe-nos literalmente no banco do piloto. Estes confrontos são um dos componentes centrais da franquia no grande ecrã e aqui a magia não se perdeu, estejam descansados porque consegue ter um balanço entre o arcade e simulador levando assim a ação até qualquer jogador. Mas calma, porque se não estivermos habituados aos simuladores de voo ou combate espacial, o jogo pode ser extremamente difícil, ou pelo menos ter uma curva de aprendizagem bastante elevada.

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No entanto, Star Wars: Squadrons tem imensas opções de acessibilidade como um simulador de condução e vem equipado com um conjunto de sistemas que automatizam algumas tarefas mais complicadas. Isto ajuda para que de início, até aprendermos, nos consigamos sentir à vontade com tudo o que podemos fazer no cockpit da nossa nave. Algo que também agradou foi a forma de fazer chegar o tutorial até aos jogadores, a informação que geralmente é debita no início da jornada, foi aqui repartida por vários momentos para que consigamos assimilar tudo, ao nosso ritmo.

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Caos espacial

Acima de tudo, Star Wars: Squadrons é uma fiel recriação do caos das batalhas espaciais que estamos habituados a ver na franquia, e sermos nós no banco do piloto é a melhor parte. Escolher um alvo, inciar a perseguição sem qualquer tipo de piedade, entrar numa dogfight e agrupar o nosso esquadrão para arrasar com um crusier. Tudo isto enquanto estamos sentados dentro do cockpit, capazes de sentir instantaneamente dentro de um dos filmes da saga… sensação essa que acaba elevada devido à qualidade gráfica que o jogo apresentada, sendo que o nível de imersão é alto… do início ao fim.

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A nível sonoro, é só fecharmos os olhos e pensamos que estamos mesmo no cinema, a música épica, as vozes dos colegas e dos generais, e o som dos nossos canhões e mísseis estão na onda do que queremos no universo sonoro desta licença. Na jogabilidade, como referido anteriormente, pode ser um início complicado de controlar, mas é muito interessante ver que não chega apenas controlarmos o flight stick… estamos lá como verdadeiros pilotos e temos que ter em mente o facto de termos que alocar energia para os escudos, armas e motores. Isto, claro,  sem deixar de pilotar a nave e enfrentar inimigos. Todas estas tarefas dão-nos a perfeita noção que estamos num jogo com um grande necessidade de estratégia, onde temos que controlar tudo o que se passa ao nosso lado… Star Wars: Squadrons não é apenas um jogo de combate espacial.

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Nova República Vs Império

Star Wars: Squadrons apresenta-se com uma campanha muito bem escrita e com o tipo de diálogos que esperamos… momentos como quando os nossos colegas de esquadrão nos falam ao ouvido e ouvimos a estratégia a seguir, fazem-nos viajar para um dos filmes do universo Star Wars. Existem cinemáticas que nos dão contexto, mas a maioria da narrativa acontece durante as missões e dentro da nave, durante o conflito.

O modo campanha tem uma duração adequada para a história que nos traz. Vagueamos pelos dois lados, Nova República e Império… ou melhor, o esquadrão Vanguard e o esquadrão Titan. É neste antagonismo que se baseia toda a campanha, um pouco como toda a franquia. O que liga tudo isto é mesmo a atenção ao detalhe das vozes dadas às personagens e a envolvência perfeita da série. Um trabalho brilhante que nos envolve do início ao fim durante as dez horas que demorámos a terminar o modo de um jogador.

Multijogador frenético

É verdade que a campanha é sempre um dos pontos mais fortes de cada título, mas em Star Wars: Squadrons o multijogador é a alma do jogo depois de terminarem a parte da narrativa. Perseguir uma nave controlada por um jogador de carne e osso é totalmente diferente de ir atrás de um bot. Temos alguns modos disponíveis, embora sejam escassos quando o que temos para comparar é aquilo que a EA geralmente mostra nos seus jogos multijogador.

Um modo de equipa 5vs5, um modo 1vs1 bastante bom que é o modo Dogfight e um modo muito maior que se chama Fleet Battle. Aqui somos levamos parar o meio da ação e é onde aplicamos tudo o que aprendemos, em termos de combate, durante as 10 horas de campanha.

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Por vezes sentimo-nos bem pequeninos ao ver algumas manobras que alguns jogadores já são capazes de fazer, mas que nos fazem querer voltar imediatamente para ver se conseguimos melhorar. Morremos muito sim, mas com vontade de ser melhor piloto. Mais uma vez, o controlo total de alternar a energia entre os escudos, motores e armas irá dar-nos a vantagem se continuarmos a treinar exaustivamente. Assim, talvez seja possível entrar no clube dos pilotos mais experientes.

Cada classe de nave tem as suas vantagens e desvantagens como é habitual, mas podemos personaliozar algumas dessas vantagens bem como escolher entre bastantes armas para as equiparmos. Estas vantagens que podemos ter com a personalização de cada uma das naves é bastante importante, essencial até, já que com tudo o que temos para fazer no meio de um tiroteio temos de ter tentáculos para conseguir carregar em todos os botões dentro do cockpit.

Altos e baixos

Star Wars: Squadrons é tudo o que os fãs querem num shooter espacial, mas tem coisas muito boas e coisas que nem sempre correm bem. Nos pontos positivos, destaque para o facto de não existirem microtransações neste jogo… e vindo da EA quer dizer muita coisa. Mas o facto de estarmos a destacar tal situação como um ponto positivo quer dizer também, por si só, muita coisa… algo que fica para outro episódio.

Não ter preço AAA é outra, tem preço reduzido e tudo o que são desbloqueáveis no jogo estão presentes no pacote inicial. A nível técnico é extremamente competente, mas algumas texturas por vezes não parecem tão boas como outras, mas é realmente algo raro. Mas, ao não ter um mapa de atualizações pré-definido, os jogadores mais dedicados poderão perder o interesse no jogo por não haver mais mapas e recompensas por essa dedicação. Só o tempo o dirá o que é que vai sair daqui…

Considerações finais

A Motive conseguiu por a alma de Star Wars neste jogo, acabando por o transformar numa fantasia para quem sempre quis pilotar um Tie Fighter ou um X-Wing. Ao tomarem a decisão de colocar apenas a visão dentro do cockpit pode ser difícil de lidar (gostamos de ter escolha em ver a nave ou não), mas acreditamos que pelo trabalho que aqui foi feito, foi tudo pensado na imersão do jogador.

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Star Wars: Squadrons apresenta-se também com o esforço de ser mais que um jogo arcade, ter sido pensado na estratégia de combate, ofensiva e defensivamente. Aliado a uma campanha competente e um multijogador bastante bem conseguido (mesmo que com poucos modos), temos aqui um grande shooter feito por fãs para os fãs.

Clica na imagem para mais informação sobre as nossas classificações

+ Boa jogabilidade e estratégia de combate

+ Personalização do multijogador

+ Excelente uso da licença Star Wars

– Poucos modos multijogador

– As secções no hangar são estáticas e sem grande ação

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N.R.: A análise a Star Wars: Squadrons foi realizada num Lenovo Legion Y520 com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela EA Portugal.