Super Meat Boy Forever

Análise Super Meat Boy Forever

Há nomes de jogos que se repetem tantas vezes que por vezes dão a sensação de já nos acompanharem durante várias décadas e de já constituírem um lugar robusto no seio da indústria dos videojogos. Super Meat Boy é indiscutivelmente um desses nomes, existindo como não só um dos jogos mais populares a quanto o seu lançamento, como também na forma como foi sendo distribuído em tudo o que era máquina de entretenimento durante os anos seguintes.

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Há uma década que o nome de Super Meat Boy circula entre nós, mas o seu nome é tão forte para quem foi acompanhando os lançamentos de novos jogos no mercado que não será por acaso que se pense que se trate essencialmente de uma série vigorosa, que se estendeu e se tornou praticamente anual. A verdade, é que a continuação do primeiro título lançado há dez anos, só chegou agora e denomina-se de Super Meat Boy Forever.

A grande popularidade que Super Meat Boy conquistou durante este tempo todo fez com que assim que o seu sucessor fosse anunciado ficasse automaticamente com uma enorme responsabilidade em corresponder com parte do que foi o sucesso da Team Meat com o seu primeiro jogo. A jogabilidade aprumada, a dificuldade severa e justa, os visuais simples, mas divertidos, foram alguns dos principais pontos que ficaram na memória da crítica ao primeiro título, e que se destacaram, mas repetir a dose seria um aspeto a considerar? Talvez fosse, mas o resultado final de Super Meat Boy Forever é um misto de sensações.

Uma narrativa simples com muito sentido de humor

Super Meat Boy Forever apresenta-se com uma história, onde o casal Meat: Meat Boy e Bandage Girl, viveram durante tempos em harmonia com a sua filha Nugget, até que um dia, o Dr Fetus resolveu intervir e dar por terminado a paz da família. Dr Fetus, o vilão da trama rapta a catraia do casal e estes decidem partir em busca de vingança. Apesar a história simples apresentada logo no início do jogo, todas as animações são de grande qualidade e com um tom humorístico que rapidamente salta à vista, mas sem ter um grande plano nem se sobrepor ao propósito central de ser simples.

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Com níveis de plataformas geradas aleatoriamente, Super Meat Boy Forever traz mais do que foi presenciado no seu antecessor, contudo com uma ligeira diferença na jogabilidade, que, na verdade, altera em muito aquilo que foi a experiência sentida anteriormente, sendo que agora a personagem corre mecanicamente e o jogador terá de manobrar a personagem conforme certos obstáculos, ou saltando entre paredes alterando o sentido das manobras. Escusado será dizer que o jogador terá condenado a morrer vezes sem conta, por melhor que seja, e por mais estudado que tenha cada nível, pois cada estrutura de plataforma nunca será igual.

Uma mudança arriscada, mas necessária?

A escolha da jogabilidade de Super Meat Boy Forever é corajosa, porém nem sempre se traduz numa agradável experiência. Os níveis ao serem gerados automaticamente nem sempre combinam com primor com as mecânicas automáticas introduzidas nesta nova experiência, sentindo-se várias vezes uma autêntica desconexão com o que está a ser apresentado, sendo por vezes engraçado, desafiador, mas também muitas vezes frustrante.

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A jogabilidade apesar de algumas imperfeições é bem idealizada, onde os jogadores terão de utilizar ação, pensar em como ultrapassar obstáculos, ter ritmo, e raciocinar rapidamente. Visualmente está dentro daquilo que seria de esperar para um título indie, e o enquadramento do que está a ser proposto não se destoa. O ambiente sonoro também é ativo, frenético, com vida e melodioso. Para quem está a assistir terá certamente imenso para apreciar, já quem está com o comando na mão, pode tanto estar a adorar a forma como tudo naquele momento está a bater certo, como de repente pode partir para a frustração irritando-se com a falta de ligação. A aleatoriedade tanto pode dar para o bem como para o mal.

Super Meat Boy Forever não é um jogo longo, podendo ser concluído em menos de meia-dúzia de horas, contudo há muito por desbloquear e que irá agradar quem gosta de concluir a 100 por cento.

Considerações Finais

Super Meat Boy Forever não cumpre com a expectativa gerada ao longo destes anos todos em redor do seu antecessor, sendo um dos grandes lançamentos da última década, contudo, não deixa de ser um título que irá divertir quem gosta de ser desafiado. Pode não ser um jogo perfeito, que não é, mas tem ideias boas, e utiliza uma ideia base com provas dadas no passado.

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A mecânica automática de corrida tirou parte do que foi Super Meat Boy, mas o sentido de humor, as plataformas ainda que geradas automaticamente e nem sempre bem construídas, constituem uma boa longevidade e uma nova oportunidade a cada ronda.

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+ Ação em plataformas nunca iguais

+ Orientação humorística

+ Dificuldade alternativa e desafiante

– Aleatoriedade dos níveis nem sempre consistente

– Evolução da dificuldade mal ajustada

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N.R.: A análise a Super Meat Boy Forever foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Plan of attack!