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Análise The Endless Mission

Não são muitos os jogos que nos permitem criar outros jogos. Por isso, a E-Line Media chegou-se à frente nesse assunto ao desenvolver, The Endless Mission, um sandbox massivo, com várias ferramentas à disponibilidade de todos os jogadores, de modo a porem em prática o seu modo “game developer” e partilhá-lo com a comunidade.

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Em The Endless Mission, controlamos um avatar que reage ao aparecimento de um terminal, terminal esse que será onde todos os outros jogadores se reunirão para conviverem e falarem sobre tudo que acontece naquele mundo. Entretanto, ocorre o aparecimento de uma inteligência artificial, chamada ADA, dentro do terminal que servirá como um guia para o jogador, dando algumas missões e explicando as diversas possibilidades dentro daquele local.

Liberta o teu lado dev

Dentro do terminal existem 2 áreas: o Hall of Genres, onde se encontram, os exemplos de jogos que podemos criar como, por exemplo: plataforma, corrida, estratégia, entre outos. A segunda área é o Hall of Celebration, aqui, os jogos criados pelos utilizadores, mais votados, ficam expostos e prontos para serem facilmente acessíveis.

Em termos de assets, ou seja, modelos 3D, sprites, efeitos de som e scripts de código, tem-se acesso a todos dos exemplos encontrados no Hall of Genres, podendo, por exemplo, misturar vários tipos de assets de um jogo de corrida com um de plataforma e customizá-lo à nossa maneira, deixando-o único. Não só se pode usar os assets fornecidos pelo jogo, como utilizar aqueles criados pelos usuários deste The Endless Mission , uma vez que é possível criar assets próprios dentro do menu Editor.

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Existem duas formas de criar um projeto neste sandbox, sendo que a maneira mais fácil é selecionar um dos exemplos fornecidos pelo jogo, uma personagem, um estilo e um mapa, e vai assim gerar automaticamente um nível e, a partir daí, é possível escolher o que acontece com cada asset através do Modding. A outra forma, é uma maneira mais crua de um game engine a sério, o Editor, onde é o jogador que tem que tratar de tudo em termos de assets. Podendo parecer um pouco assustador, The Endless Mission mostra que não o é, explicando de forma intuitiva cada procedimento a ser tomado tendo também no seu website algumas dicas, do mais básico ao mais avançado, em como usar o Editor.

Papel ativo a ser tomado

Estando dentro de qualquer tipo de jogo, seja dos exemplos ou da comunidade, tem-se acesso às Lens, também conhecido como Hacking Mode, tendo elas vários efeitos, dependendo daquilo que se quer fazer. No decorrer de um dos tutoriais, ADA afirma que calculou mal o tamanho dos pilares para qual o personagem deve saltar, e pede para que o modo Lens seja ativado. Uma vez ativado, pode-se então selecionar o asset que se pretende modificar, neste caso o pilar, e reduzir a sua altura para que o salto seja possível. Neste caso foram usadas as Spatial Lens, usadas para alterar a posição, rotação e escala de um objeto, existe também as Physics Lens usadas para alterar as propriedades de um objeto e as Global Lens que possui todas as propriedades das Lens anteriores, assim como todas as outras propriedades, que não pertencem às outras duas Lens.

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Com este tutorial, subentende-se que ao jogar os jogos dos outros utilizadores, pretende-se que haja uma maneira de entreajuda entre a comunidade, para que qualquer tipo de erros que forem encontrados nos jogos, sejam corrigidos de imediato por outras pessoas.

Com amigos é sempre melhor

The Endless Mission, vai contar também com suporte de multijogador, onde várias pessoas vão poder jogar e usufruir do modo hacking , em múltiplos jogos. Esta é, sem dúvida, uma maneira de dar asas à imaginação de diversos grupos de amigos e ter resultados bastante divertidos, já que vão estar todos no sandbox a fazer alterações ao mesmo tempo.

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Esta, pode ser, sem dúvida uma das grandes apostas dos utilizadores, visto que a possibilidade de ter um certo número de jogadores numa área vazia e poder começar a criar do zero, é algo que não se tem visto ultimamente, e misturar uma sandbox com game engine é algo bastante interessante que pode resultar em criações grandiosas e bons momentos.

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Considerações finais

The Endless Mission, vem com a premissa de possibilitar um game engine dentro de um jogo, dando assim aos jogadores liberdade total para explorar esta temática. Embora não pareça, o jogo também possui um modo de história juntamente com uma lore, remetente ao terminal onde o jogador se encontra, que vai progredindo à medida que se completa as missões propostas pela ADA.

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Em relação ao voice acting, neste caso da ADA, é algo agradável de se ouvir já que, desde os primeiros minutos é possível criar empatia com esta personagem, e sentir a energia que ela tenta passar, enquanto fala ao longo da estadia no terminal.

N.R.: A análise a The Endless Mission foi realizada num Windows PC com acesso a uma cópia de acesso antecipado ao jogo, gentilmente disponibilizada pela Evolve PR.

The Endless Mission – Excelente para quem sempre quis criar um jogo
Reader Rating9 Votes
Inovadora implementação de uma game engine numa sandbox
Liberdade total para criar, jogar e partilhar
Bom para quem tem interesse na área de desenvolvimento de jogos
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Um pouco dependente da contribuição dos jogadores
Animações pouco desenvolvidas
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