Blaster Master Zero 3 – Análise

A série Blaster Master já existe desde 1988 e teve um grande impacto nos jogadores e em como os jogos 2D tradicionais se jogavam. Ser possível trocar entre o estilo tradicional de plataformas e uma visão de cima para baixo era espetacular e quando o terminamos, uns anos depois, existia aquela sensação de triunfo, tendo em conta a sua dificuldade.

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A Inti Creates pegou na franquia e recriou-a em Blaster Master Zero, dando um twist característico ao qual já nos habitou em jogos mais recentes. Como fãs do seu trabalho, estamos sempre expectantes sobre o que virá a seguir deste estúdio.

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A história de Jason e Sophia

Para quem jogou os anteriores da série Zero e tem seguido com atenção a aventura de Jason, este jogo é o fim adequado para esta saga. Honestamente, a história está um pouco confusa e com resultados mistos. Ainda seguimos Jason no seu tanque modificado de nome Sophia, mas ficamos encalhados e fomos capturados num planeta longínquo. Claro que uma história sobre um rapaz que pilota um tanque futurista e é amigo de um sapo mutante já é estranha desde o início, mas rapidamente alguns clichés entram em cena nesta narrativa. A parte boa é que Blaster Master Zero 3 é um jogo de ação e plataformas e podemos saltar as secções de história se assim o desejarmos.

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Este jogo traz-nos o tom familiar que nos tem habituado, juntando com sucesso as secções clássicas de plataformas 2D com action shooter com vista de cima, o que traz, neste contexto, alguma variedade na ação. Existem alguns ajustes como um jetpack para Jason, uma mecânica de parry com contra-ataque usando uma espada, mas na sua génese, é em tudo semelhante aos anteriores.

Combate fluido e interessante

O que é especialmente satisfatório é a fluidez no combate. Ao irmos contra o solo de uma altura muito alta com o nosso tanque Sophia, podemos recarregar a nossa reserva de energia que é depois usada para pairar e poder usar armas especiais como misseis, ou ferramentas para resolver puzzles como raios de eletricidade.

As secções a pé são especialmente dinâmicas no sentido que temos alguma variedade de armas para escolher no nosso arsenal (uma onda laser que atravessa paredes, um chicote de curto alcance e uma que faz lock-on nos adversários), todas elas são necessárias para ultrapassar alguns puzzles ambientais. Jason tem uma animação excelente quando fazemos uma esquiva, que para além de ter estilo é bastante eficaz.

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Enquanto a dualidade ação e plataformas é divertida em ambos os sistemas e mecânicas, algumas situações são extremamente lineares ao ponto de basicamente andarmos para a frente e carregar no botão para matar inimigos sem qualquer dificuldade e apenas para chegar o mais rápido possível à próxima área para ver se é mais criativa e excitante do que a anterior.

Felizmente existem bastantes bosses, mas alguns deles são estranhamente simplistas e na mesma onda das zonas mais aborrecidas do jogo. A Inti Creates tem-nos habituado a uma grande criatividade no que toca ao estilo e animação de todos os inimigos dos seus jogos, mas aqui falha um pouco, caindo no nosso esquecimento.

Considerações finais

Mesmo com algumas falhas, o legado desta trilogia fica na nossa memória como um todo. A Inti Creates pode continuar a fazer estes tipos de jogos que nós continuaremos a jogá-los, mas no caso de Blaster Master Zero, talvez seja melhor pararem um pouco e reorganizarem-se de modo a melhorar o que ainda poderá aparecer dentro desta franquia.

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A qualidade existe e sabemos o que podem fazer, mas este Blaster Master Zero 3 poderia ser um pouco melhor: dentro do tal patamar ao qual estamos habituados por parte da Inti Creates.


+ Arte gráfica muito boa neste Blaster Master Zero 3
+ Boa dualidade entre estilos de jogo
+ O fim de uma trilogia

– Muito linear
– A história não muito coesa
– Podia ser mais desafiante

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N.R.: A análise a Blaster Master Zero 3 foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo gentilmente disponibilizada pela Inti Creates

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