Exoprimal – Primeiras impressões

Antes de vos dizer o que achei de Exoprimal, preciso de desabafar algo.

Acho que ninguém, que conheça todo o trabalho da Capcom, pode dizer que era este jogo com dinossauros que queria da produtora nipónica. Dino Crisis aguarda a sua chance de um remake tal como os títulos Resident Evil, que nos anos 90, início da década de 2000, marcaram uma época de ouro em jogos de aventura.

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Entretanto, a Capcom tem estado muito ocupada com Exoprimal, um jogo em que os dinossauros caem do céu.

Tivemos acesso à Beta antecipada graças ao convite da Capcom e joguei dois dias antes da Open Beta em que englobou todos os interessados em entrar nos seus exosuits e rebentar dinossauros. Nesse período fiz à volta de 5, 6 jogos online, mas infelizmente nas horas que joguei, só entrei com bots, e foi difícil perceber como seria a dinâmica da jogabilidade com outras pessoas. No fim de semana, com a Open Beta, já consegui encontrar mais jogadores.

Não vou entrar em pormenores no pouco que se vê da história para não ser injusto com a expetativa dos jogadores, até porque num jogo desta natureza, a história nem sempre é o ponto mais forte.


Com um único modo de jogo em teste, War Games, Exoprimal é essencialmente um jogo PvE com um twist de PvP e a maneira que tudo se desenvolve mantém o desafio interessante. Nestes jogos de guerra, somos testados para evoluir a criação dos nossos exosuits e somos lançados nestes cenários de luta. Em equipas de 5, somos transportados para um cenário digital, temos objetivos como matar dinossauros e guardar checkpoints, por exemplo. Temos um caminho linear ao cumprir estas missões e enquanto os dinossauros vão aparecendo, vamos passando pelos vários estágios do cenário.

Estes podem variar, mesmo sendo ambientes mais fechados, temos a cidade, um parque, uma floresta, um hangar e passamos por eles de forma linear, mas natural.

O twist que aparece é no final. Na última secção deste cenário tudo muda e para além de estarmos preocupados em matar animais que já deviam estar extintos, aparece outra equipa com exosuits. Quem são? Simples. Ao mesmo tempo que começamos a nossa missão, outra equipa começou na mesma altura e este cenário é uma “corrida” até ao modo PvP final, acabando assim o nível. É algo de novo que achei muito interessante. Não sei se isto acontecerá em todos os modos do jogo final, mas neste War Games, é diferente.

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Existem 10 exosuits dentro das classes dano/DPS, suporte e tank e mesmo dentro das suas classes, os fatos distinguem-se bastante bem umas das outras. Com um sistema de habilidades com cooldown, estas mecânicas base assemelham-se a outros jogos do género, como Overwatch.

Visualmente é um jogo que cumpre, gostei imenso dos exosuits, com um estilo futurista como o jogo contextualiza, mas de resto não é nada de fora de série. Os dinossauros podiam estar bem melhor, pondo em perspetiva que a Capcom também produz Monster Hunter e tem créditos na criação de monstros, fiquei desiludido neste aspeto.


Para quem não ia com muitas expetativas, até gostei de jogar Exoprimal. Achei inovadora a alteração a meio do mapa de PvE para PvP mudando o nosso foco no combate. Com uma equipa nossa, com comunicação pode ser um jogo muito interessante, mas que tem de ser mais difícil para que haja aquela vontade de: Vamos tentar mais uma vez!

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Neste único cenário que pudemos testar, não encontrei esse desafio, mas deu para entender o que será o produto final. Agora é esperar que os outros modos proporcionem experiências diferentes e que agarrem o jogador de maneira a justificar o valor do jogo.

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