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Mobilidade Elétrica nas grandes cidades – Bicicletas Elétricas, ciclovias e parques

Com cada vez mais pessoas a viver nos grandes centros urbanos, começaram a aumentar também o número de carros, o que levou algumas destas cidades a criar medidas para impedir o acesso a carros mais poluentes às zonas centrais da cidade. Mas mesmo assim os carros continuavam a ser muitos, o que levou a um grande investimento em ciclovias e zonas pedonais em grandes e até pequenas cidades.

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Mas existem outras formas de circular onde podemos evitar a combustão ou até a necessidade de nos esforçarmos demasiado em cidades como Lisboa, onde as subidas são algumas. A indústria automóvel mudou completamente de direção e quase todas as grandes marcas de veículos têm agora opções elétricas, com a Toyota a apostar também num carro a motor a hidrogénio. Mas para ter um destes carros precisamos de duas coisas: carta de condução e disponibilidade financeira para os comprar. Se vos falta uma destas, a outra solução que podem facilmente encontrar são bicicletas e trotinetes elétricas.

O município de Lisboa, por exemplo, tem disponível online um mapa onde podem consultar não só as ciclovias disponíveis, mas também as que estão planeadas, bem como os locais onde podem estacionar velocípedes e a capacidade de cada um destes parques. No mapa podem ainda consultar os locais onde existem bicicletas de programas como o GIRA.

Explica o município de Lisboa que “o aumento da oferta de estacionamento para velocípedes e a criação de uma rede ciclável, “contínua, eficaz e segura, que promova a utilização diária da bicicleta nos percursos casa-trabalho/escola por pessoas de todas as idades”, conforme prevista na Visão para a Mobilidade MOVE Lisboa 2030, será, assim, um contributo fundamental para que muitas mais pessoas possam optar por este modo de transporte nas suas deslocações“.

Continuando por explicar que espera ser “possível contribuir para reduzir o elevado número de automóveis a circular diariamente em Lisboa, onde 38% das viagens até 5 km são feitas em automóvel particular, aliviando a cidade de mais congestionamento e poluição“.

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No mesmo website a Câmara Municipal de Lisboa deixa ainda algumas dicas sobre como os utilizadores de bicicletas, elétricas ou não, e os carros à sua volta, se devem comportar na estrada:

  • circule no sentido do trânsito;
  • circule à direita, em fila e em linha reta, exceto se for virar à esquerda ou estiver a ultrapassar;
  • qualquer condutor, incluindo ciclistas, têm prioridade em cruzamentos não sinalizados verticalmente se se apresentar pela direita;
  • o ciclista tem prioridade quando circula em rotundas e nas passagens para velocípedes;
  • para sua segurança recomenda-se o uso de capacete e luvas;
  • à noite use luzes de presença, colete refletor e roupas de cores vivas para ser visto;
  • mantenha uma distância de segurança aos carros estacionados. O abrir das portas dos automóveis estacionados pode originar acidentes graves;
  • quando chover, circule com cuidado extra e atenção redobrada;
  • não use auscultadores ou telemóvel quando estiver a circular de bicicleta;
  • atravesse carris na diagonal para evitar eventuais quedas;
  • no passeio e em passadeiras exclusivas para peões, circule a pé com a bicicleta pela mão;
  • dê sempre prioridade aos peões;
  • se circular na estrada, pare nas passadeiras e respeite a sinalização de trânsito;
  • as crianças, quando circularem de bicicleta, devem ser acompanhadas por adultos de forma a aumentar a sua segurança;
  • não ande de bicicleta se beber bebidas alcoólicas;
  • mantenha a sua bicicleta afinada e verifique sempre o seu estado antes de a usar;
  • conduza de forma defensiva e use sinais sonoros para anunciar a sua marcha;
  • seja, acima de tudo, um ciclista responsável e respeite os restantes utentes da via pública;
  • utilize os parques de estacionamento próprios para bicicletas;
  • em zonas mistas circule com precaução e dê prioridade ao peão.

Também a Câmara Municipal do Porto conta com um website onde podem consultar os parques existentes e a linha de ciclovias (existentes e planeadas). E no caso do município de Oeiras existe mesmo uma aplicação para dispositivos Android e iOS onde podemos não só descobrir onde é que estão os parques de estacionamento mais próximos, mas também as bicicletas usadas para bikesharing no município.

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Em Oeiras, o serviço de partilha de bicicletas é, por enquanto, gratuito. Existindo apenas a necessidade de deixar €10 cativos, valor esse que é devolvido assim que acabar cada uma das viagens. A aplicação, Oeiras Move, contará com atualizações futuras que permitirão também requisitar serviços de taxi, trotinetes, consultar parques de estacionamento cobertos e ainda transportes públicos e estações de carregamento para carros elétricos.

Mas qual será o melhor tipo de bicicleta (ou trotinete) elétrica?

Existem vários tipos de trotinetes e bicicletas elétricas que, dependendo do percurso que fazem e da utilização que lhe dão, podem ser mais indicadas para cada um dos utilizadores. Desde bicicletas off road (Todo-Terreno), bicicletas que se dobram, outras pensadas para quem as quer utilizar na viagem de casa para o trabalho e do trabalho para casa e ainda diferentes tipos de quadros e claro, as trotinetes elétricas.

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Começando pelo tipo de quadro há que considerar os dois tipos disponíveis: o quadro em forma de triângulo ou o quadro sem o tubo superior. Se no passado estes quadros sem tubo superior eram vistos como a escolha para bicicletas femininas, há que olhar para a verdadeira utilidade do seu design e perceber que são muito mais que isso. Estes quadros sem o tubo superior são ideais para pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo, já que são muito mais fáceis de subir, dado que a perna não tem que levantar a uma altura superior
à da bicicleta. Por isso, sim, este tipo de bicicletas pode ser ideal para manter a atividade física, ou facilitar o dia-a-dia, de pessoas que pensavam que não conseguiam subir para uma bicicleta.

Para além do quadro, existem outras características que diferenciam cada tipo de bicicleta:

  • Todo-Terreno Pneus mais grossos, suspensão pronta para aguentar tudo o que lhe aparecer pela frente e conforto mesmo em situações mais extremas. Tal como o nome indica, as e-bicicletas todo-terreno são ideias não só para o dia-a-dia, mas também para quando se sentem mais aventureiros e querem partir à descoberta. Portugal está cheio de trilhos para serem explorados em qualquer uma das serras do nosso país, uma bicicleta elétrica todo-o-terreno, ajuda-vos a explorar estes caminhos com um pouco menos de esforço.
  • CitadinaGeralmente bicicletas com pneus mais finos, ajudando assim a um menor esforço quando a pedalar durante a viagem para o trabalho. Mais leves e, muito provavelmente, é aqui que vão encontrar bicicletas com maior autonomia… preparadas para aguentar durante a vossa semana sem terem que se preocupar muito em ficar a meio da viagem.
  • TrotineteNão há muito a dizer sobre trotinetes, caso querem um meio para ir do ponto A ao ponto B de forma rápida esta pode ser a escolha acertada. Tenham apenas em atenção que a autonomia das trotinetes é, geralmente, menor que as das bicicletas.

Tal com referido anteriormente, uma das características importantes quando optam por este tipo de transporte é a sua autonomia e também o espaço que temos para as guardar (sim, existem bicicletas elétricas que se dobram ao meio). No que toca a autonomia, quase todos estes veículos conseguem aguentar as viagens do dia a dia na cidade: as trotinetes mais recentes têm no mínimo 30/35km de autonomia enquanto que as bicicletas, embora se encontrem alguns modelos com menor capacidade, andam à volta dos 100km, ou mais, de autonomia…. sendo que alguns modelos já ultrapassam os 200km de autonomia esperada.

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No fim de contas, o importante é olharem para as vossas necessidades, para o tipo de infraestrutura oferecida pelo município onde residem, e depois então para o tipo de veículo elétrico que faz mais sentido. De certeza que vão encontrar um, e no fim do dia, embora não seja a solução definitiva, estão a ajudar a que o ar, principalmente nos grandes centros citadinos, esteja menos poluído.