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Em 2020 Portugal pode ter dez ‘unicórnios’

A última semana ficou marcada por teorias que parecem comprovar a existência deste animal mitológico. Mas os unicórnios a que nos referimos são outros: jovens empresas que têm uma avaliação superior a mil milhões de dólares.

Atualmente Portugal só tem uma jovem empresa que devido às rondas de financiamento e ao valor da sua atividade já vale mais de mil milhões de dólares. É a Farfetch, uma empresa focada na venda de produtos de moda de algumas das melhores butiques do mundo.

Mas o restrito grupo das empresas ‘unicórnio’ pode até 2020 contar com mais presenças portuguesas. De acordo com valores apresentados pela Microsoft Portugal durante o evento Ativar Portugal – focado no empreendedorismo -, daqui a quatro anos podem existir entre cinco a dez startups nacionais a valer cada uma mais de mil milhões de dólares.

Mas as projeções sobre o empreendedorismo português não ficam por aqui. Os valores apresentados pelo diretor-geral da subsiária portuguesa da gigante tecnológica, João Couto, davam ainda conta da existência de 50 mil startups no ano de 2020.

Estas jovens empresas deverão ser responsáveis pela criação de 130 mil postos de trabalho e algumas delas terão produtos de tal forma cativantes que até lá Portugal deve ver oito destas startups a serem adquiridas por empresas maiores.

Mas para que as perspetivas futuras sejam promissoras e possam cumprir-se, então tem de existir uma base sólida de empreendedorismo, algo que Portugal parece estar a conseguir.

No ano passado 40 jovens empresas portuguesas subiram à categoria de scaleups, isto é, conseguiram mais de um milhão de dólares em financiamento. Estas empresas sozinhas foram responsáveis pela captação de 166 milhões de dólares de investimento. E o número até podia ser mais gordo já que outras 24 startups estiveram muito perto de conseguir um total de um milhão em financiamento.

Este ritmo pode acelerar nos próximos anos depois de o Governo ter anunciado uma iniciativa de coinvestimento que tem “centenas de milhões de euros” para injetar nas empresas portuguesas.