O TikTok tem sido a rede social com maior crescimento nos últimos anos. A facilidade de uso, contacto imediato entre utilizadores e quantidade de conteúdo foram mais-valias para quem procurava algo de diferente nas outras redes. Mas, caso a próxima administração Norte Americana não faça algo para reverter a decisão tomada ontem, isso pode acabar, pelo menos nos Estados Unidos da América, com a decisão de banir a rede social a ter entrado em vigor no dia 19 de janeiro.
O “ban” do TikTok nos Estados Unidos é um tema que tem sido debatido nos últimos anos, com o governo dos EUA a levantar preocupações sobre a segurança nacional e a privacidade dos dados dos utilizadores. O principal receio é que a aplicação, de origem chinesa pela empresa ByteDance, possa guardar e partilhar dados pessoais dos utilizadores com o governo da China, devido à legislação que obriga empresas chinesas a cooperar com o governo em questões de segurança.
Segue o Future Behind: TikTok | Instagram | Facebook | X
Em 2020, o então presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva para proibir o TikTok nos Estados Unidos, e exigia a venda das operações da empresa no país a uma empresa americana, como forma de controlo de possíveis riscos. No entanto, o caso foi contestado na justiça e não houve uma implementação efetiva do “ban”.
A administração de Joe Biden continuou a analisar a situação, sem tomar medidas tão drásticas inicialmente, mas ao continuar as investigações sobre a segurança da aplicação concluíram que alguns estados e órgãos do governo não podiam usar o TikTok em dispositivos oficiais, por poder haver riscos de espionagem e recolha de dados sensíveis.
Mas ao voltar Donald Trump ao poder e depois de ver o quanto a aplicação foi útil na sua campanha presidencial, este voltou atrás na sua intervenção de 2020 e prometeu lutar pela liberdade expressão dos americanos e está a tentar ganhar tempo para negociar uma resolução para salvar a plataforma.
Se esta decisão for em frente, muitos milhões de utilizadores deixarão de conseguir postar o seu conteúdo e terão de contemplar outras alternativas. Para além disso, é muito provável que outros países, principalmente aqueles com relações próximas aos Estados Unidos da America sigam o mesmo caminho e acabem por proibir a aplicação também dentro das suas fronteiras.
Segue o Future Behind: TikTok | Instagram | Facebook | X
Uma coisa é certa, com proibição na Europa ou não, o TikTok está prestes a mudar. Com um dos seus principais mercados a deixar de existir, este poderá mesmo ser o fim anunciado da rede social, caso a ByteDance consiga manter a aplicação sem vender e sem o mercado Norte Americano, nós, na Europa, também vamos começar a ter acesso a uma rede social diferente, o conteúdo acabará por sofrer alterações e alguns dos criadores de conteúdo que seguimos acabarão por migrar para outras plataformas.
O início do fim do TikTok poderá marcar o aparecimento de novas redes sociais, o crescimento de outras como o Instagram ou o YouTube Shorts. E, mais drasticamente, até mesmo a forma como interagimos com a internet e redes sociais poderá estar à beira da mudança.
Fontes: BBC News e CNN