Alwa's Legacy

Análise Alwa’s Legacy

O género de plataformas vai atravessando um período turvo de criatividade, diversidade e de mecânicas distintas, que, no fundo, são as características que fazem um jogo sobressair perante as quantidades absurdas de jogos que todas as semanas vão saindo para o mercado. Dentro do género de plataformas, os subgêneros, entre eles os metroidvanias, também foram caindo de qualidade com a ausência de mecânicas desiguais. No fundo, os estilos de jogos e as suas ramificações acabam por estar dependentes da forma como cada estilo vai evoluindo.

Contudo, é perfeitamente possível estabelecer um paralelismo entre o antes da chegada de Shovel Knight e depois da chegada de Shovel Knight ao mercado, mesmo sem ter fortalecido a indústria com as tão desejadas mecânicas diferenciadoras, ou de uma sublime criatividade fora do comum. Shovel Knight conquistou o mercado sobretudo pelos visuais e pela forma como replicou a magia dos jogos do passado, tornando-o instantemente num jogo do presente, com visuais do passado. De repente, tornou-se apetecível voltar a um jogar um jogo de “pixel art”, mesmo sem grandes alterações em tudo o que se já se tinha visto no passado.

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Desenvolvido pelas mãos do estúdio da Elden Pixels, Alwa’s Legacy busca inspiração em jogos da era dos 16 Bits, tal como Shovel Knight, onde reúne ação, aventura e plataformas, onde na gíria até se costuma dizer, um metroidvania, sem tirar nem pôr, não puro e duro, mas muito bem compensado e bem feito. Para os que tiveram a oportunidade de jogar Alwa’s Awakening, convém desde já esclarecer que Legacy não se trata de uma sequela direta, sendo, portanto, um título independente, que pode ser jogado de forma direta, sem ser necessário ter de recorrer a eventos do jogo passado para se poder usufruir da história ou de outros elementos paralelos.

Um espelho que reflete para o presente

Alwa’s Legacy é um jogo bastante competente que leva o jogador a explorar cenários lindíssimos, inspirados em pixel art, com vários caminhos alternativos, e com muitos segredos por serem desvendados. Sendo em todos os sentidos um metroidvania, como é comum no género, não se trata de uma aventura linear, e a exploração é livre e recomendável, mas os largos caminhos apenas serem transpostos assim que a personagem reúna as capacidades necessárias.

Toda a jornada vai progredindo com naturalidade, assim como a dificuldade dos inimigos e até mesmo da própria construção dos cenários. O processo de evolução é gradual, e o jogador sente de forma suave a dificuldade a aumentar, o que para os iniciantes no género poderá ser um título desde já bastante tentador. Já para os mais veteranos, não há nada que temer, pois a proposta embora tenha um progresso gradual, não é de todo monótono.

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Embora a narrativa não seja o ponto mais forte do jogo, a proposta passa por levar Zoe, uma jovem feiticeira, que não se recorda de nada, mas que foi parar à terra de Alwa. Um terrível feiticeiro invocou monstros e pretende dominar a região, tornando aquele território um sítio horrível e dominado pelo mal. Graças às indicações de Saga, uma idosa dotada de um incrível conhecimento, dá a conhecer que Zoe terá de encontrar três joias que se encontram espalhadas por Alwa para conseguir derrotar o terrível bruxo, e com consequência disso, consiga também voltar para a sua terra-natal.

Uma proposta firme com traços de antepassados

Alwa’s Legacy é tecnicamente bastante competente e apresenta uma jogabilidade muito equilibrada. Com vários quebra-cabeças por serem resolvidos, masmorras com alguns interesses por serem desvendados, ainda assim sente-se que algumas habilidades não têm grande efeito, assim como o objetivo de alguns colecionáveis distribuídos pelos cenários. É geralmente uma característica comum em jogos do género, onde o jogador muitas vezes se vê obrigado a colecionar apenas os vários itens espalhados pelos níveis só para a conclusão a fundo de um jogo, e completamente irrelevante para o processo natural para a conclusão do jogo. Aqui em Alwa’s Legacy infelizmente também não foi exceção.

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Os temas apresentados em Alwa’s Legacy são diversos, com música e ambientes coloridos com visuais simples, mas totalmente enquadrados com a proposta do início ao fim, numa aventura com uma duração bastante aceitável para um jogo com um orçamento reduzido, podendo oferecer uma dezena de horas para ser completado do início ao fim, isto dependendo obviamente do ritmo de jogo e da experiência de cada jogador.

Considerações Finais

Embora Alwa’s Legacy não venha oferecer nada verdadeiramente novo ao mercado, que está cada vez mais inundado de propostas iguais, constituído com cada vez mais coisas semelhantes e pouco diferenciadoras, Legacy traz um porto seguro, um jogo que faz os apreciadores de metroidvania mergulharem em visuais que os transportem para o passado com efeitos e visuais que lhes remetem até ao presente.

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Alwa’s Legacy embora não seja uma proposta muito ousada, é bastante competente, com uma jogabilidade praticamente perfeita, visuais muito bem feitos, cenários bem construídos e uma longevidade bastante aceitável.

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+ Direção artística baseada em “pixel art”

+ Banda sonora

+ Jogabilidade

– Narrativa demasiado simples

– Uma proposta no meio de tantas outras

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N.R.: A análise a Alwa’s Legacy foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Plan of attack