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GeForce Now dá-lhe acesso aos jogos mais recentes mesmo sem um computador topo de gama

Os serviços de streaming de videojogos não são novos, mas o que a Nvidia apresentou no Consumer Electronic Show pode muito bem ser o formato do futuro para o gaming. Na prática o utilizador não precisa de ter um computador topo de gama para poder aceder aos jogos mais recentes e nas melhores definições: a tecnologia de cloud computing da Nvidia trata disso.

O GeForce Now é um serviço de subscrição que dá ao utilizador acesso a um computador remoto. Esse computador tanto pode ter uma placa gráfica GTX 1060, uma das mais potentes da Nvidia, ou uma placa gráfica GTX 1080, a mais poderosa de todas atualmente disponíveis.




Ou seja, se o utilizador quiser jogar o título The Rise of Tomb Raider, o jogo será executado no computador remoto e não na máquina local. O hardware do computador pessoal não vai importar, pois virtualmente todas as máquinas com os sistemas operativos Windows e macOS vão ter acesso ao GeForce Now – o serviço já estava disponível anteriormente, mas apenas para os dispositivos próprios da Nvidia.

O serviço vai estar disponível através de uma aplicação que será instalada no computador. Esta aplicação dará depois acesso a um vasto conjunto de lojas online – Steam, Battle.net, Origin, Uplay e GOG – onde poderá escolher qual o título que quer jogar. É de notar que o jogador terá de ser dono dos jogos, o serviço não funciona numa base de aluguer do software, apenas do hardware.

Depois chega a parte do pagamento. Sendo um serviço de subscrição, há uma taxa associada à utilização do serviço. Se por exemplo no Netflix e no Spotify essa taxa é mensal, no caso do GeForce Now a subscrição garante um pacote de horas.

Mais especificamente: 25 dólares, o equivalente a 24 euros, garante 20 horas de jogo numa placa GTX 1060 ou 10 horas de jogo numa placa GTX 1080. Este acaba por ser um aspeto curioso do serviço pois a placa gráfica escolhida tem impacto no número de horas compradas.

Imaginando novamente o The Rise of Tomb Raider: a placa GTX 1080 terá capacidade para executar o jogo nas definições Ultra HD, enquanto a placa GTX 1060 já vai ter dificuldade nessa resolução.

O utilizador pode até procurar fazer um balanço entre os jogos que pretende experimentar e a placa gráfica a usar. Se tiver de facto muito interesse num jogo, talvez seja aconselhável ‘comprar’ a melhor experiência disponível. Se não tiver tanto interesse, então uma experiência mais fraca acabará por não fazer grande diferença.

Todos os utilizadores que instalarem a aplicação GeForce Now vão ter acesso a oito horas gratuitas de jogo, que podem ser apenas quatro se escolher o modelo de jogo topo de gama. De qualquer das formas será suficiente para tomar o gosto ao serviço.

A Nvidia vai iniciar uma fase de testes ao serviço durante o mês de março, mas espera que durante a primavera acabe por disponibilizar de forma finalizada a ferramenta a mais jogadores. Num primeiro momento o GeForce Now só estará acessível nos EUA.

Olhando para o que o GeForce Now vai disponibilizar, o serviço pode ser uma solução interessante sobretudo para os utilizadores de computadores Mac, que não têm uma grande tradição nos videojogos. No segmento da realidade virtual também poderá ter alguma aplicação, ainda que quem tenha uns Oculus Rift ou HTC Vive tenha muito provavelmente um computador topo de gama. O GeForce Now também fará sentido para pessoas que gostem de videojogos nas suas definições máximas, mas apenas tem interesse num ou outro título por ano.

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