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Web Summit 2019 – Tecnologia, gatos e eSports

Naquilo que começa a ser uma tradição em Lisboa, e com a promessa de mais 9 anos pela frente, o Web Summit está de regresso com milhares de visitantes oriundos de todas as partes do mundo.

Web Summit 2015 logo

Com a Altice Arena como auditório principal e todo o espaço da FIL preenchido com pequenos auditórios e stands que vão desde as pequenas start-ups até aos gigantes da indústria tecnológica, há muito para ver e conhecer ao longo destes dias do evento. Em grande destaque, um pouco por todo o lado, encontra-se um grande investimento em Inteligência Artificial, assim como em serviços e tecnologias relacionadas com a saúde, muitas vezes também ligadas à IA.

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Este é um evento conhecido pela grande oportunidade das startups aqui encontrarem o investimento necessário para poderem avançar com os seus projectos, e por isso mesmo há uma enorme variedade de aplicações e serviços para ver, desde versões “alpha” ainda em prova de conceito, a produtos já existentes no mercado e com resultados visíveis mas que necessitam de investimento para poderem crescer. Só para exemplo, a diversidade é tal que existe espaço tanto para uma startup portuguesa como a Barkyn, que pretende cuidar dos cães com um serviço de subscrição, como para uma Shleep que pretende fazer com que as empresas ajudem os seus funcionários a dormir melhor, ou até o adorável Banjo Robinson, um adorável serviço para os pais enviarem cartas aos filhos na pele de um gatinho, ao qual eles poderão depois responder.

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No meio de tanta tecnologia e investimento, o que é então feito dos videojogos?

A maior surpresa encontrada no WebSummit 2019 foi, provavelmente, o serviço Gamekit vindo da Polónia. O conceito base é bastante simples: os jogadores registam-se e associam-no aos seus videojogos favoritos, nos quais irão passar a ter diversos desafios, que depois recompensam com pontos do serviço, valendo dinheiro que pode depois ser utilizado em qualquer um dos jogos associados ao serviço, ou até mesmo no Steam. Naturalmente, para isso é preciso que o dinheiro venha de algum lado, e é aqui que entra uma componente de marketing. Em parcerias com várias marcas, desde lojas físicas a serviços como operadoras de telecomunicações, compras feitas no mundo real também dão pontos aos utilizadores do serviço, que depois poderão gastar nos seus videojogos.

Aliás, um tema abordado algumas vezes ao longo do evento tem sido precisamente a forma como o marketing nos videojogos não irá resultar com um simples logótipo colocado dentro do jogo – algo que também não passou despercebido na nossa análise a Death Stranding.

Numa conferência dedicada ao futuro dos eSports, com Sergey Portnov da empresa de apostas Parimatch e Bruce Stein da empresa investidora em eSports, aXiomatic, ficou claro que o marketing “tradicional” simplesmente não funciona com o público fã de videojogos e eSports. Não basta pegar numa marca ou numa qualquer celebridade a apoiar um evento, pois os fãs não sentirão qualquer tipo de ligação, saberão distinguir quando uma celebridade não é um jogador. É necessário trabalhar no seu envolvimento, criar uma relação, algo que requer tempo e investimento, mas poderá dar frutos a longo prazo. Hoje em dia, um grande evento de eSports já consegue mexer mais dinheiro em todo o mundo do que uma grande competição de desporto tradicional, e a tendência é mesmo para que isso continue a aumentar.

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Precisamente por isso, não é de surpreender que as empresas comecem a investir cada vez mais neste negócio. Um exemplo bem notável, da parte da SAP, está no SAP Esports em demonstração no evento. Um sistema dedicado ao jogo Dota 2, com Inteligência Artificial, capaz de acompanhar as sessões de jogo, rever as jogadas e produzir uma enorme quantidade de estatísticas, prontas a ajudar as equipas e os seus gestores de forma a melhorarem o seu desempenho. Além disso, com o seu conhecimento de tudo o que se passa no mapa, consegue até ajudar os comentadores a narrar o que está a acontecer. 

Se o mundo dos videojogos não é atualmente algo com uma presença muito forte no Web Summit, o facto de ser cada vez mais rentável nas suas mais variadas formas parece estar a fazer dele algo mais apelativo tanto a empresas como investidores que, anteriormente, simplesmente o ignoravam. Não será, por isso, de espantar que nos próximos anos cada vez mais surjam propostas de serviços em torno desta área, como foi o caso do SAP Esports em relação ao Dota 2.

Este foi um primeiro olhar para o Web Summit, o evento que traz a Portugal milhares de pessoas de diferentes áreas. Do turismo ao gaming e do gaming à criação de serviços para ajudar os clientes no dia a dia, mas todas estas pessoas têm um gosto em comum, têm um ponto que as une: A Tecnologia.

Nos dias que se seguem vamos mostrar um pouco mais da Web Summit 2019, fiquem atentos a FUTURE BEHIND e claro, às nossas redes sociais.

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