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Análise Animal Crossing: New Horizons

Embora a série Animal Crossing já faça parte da história dos videojogos há quase duas décadas e seja um nome que diga muito às grandes massas de jogadores, ainda existem, porém, muitos curiosos que nunca tiveram contacto com nenhum título desta série que se estreou na Nintendo 64 no Japão, e que mais tarde chegaria ao ocidente numa versão para a Nintendo Game Cube. As reações com curiosidade e textos com dúvidas sobre os títulos Animal Crossing, vão aparecendo no meio de tantas outras reações cheias de certezas e de entusiasmo a cada lançamento de um novo título, mas a verdade, é que para quem nunca tenha tido uma verdadeira experiência com Animal Crossing, as incertezas, semelhanças e comparações com outras séries com temáticas sociais, tendem a ser curtas especialmente para que quem queira finalmente clarificar o fenómeno que é Animal Crossing e como se vai alimentando a cada lançamento, incluindo neste Animal Crossing: New Horizons. 

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O último lançamento da série principal – Animal Crossing: New Leaf, não deixou margem para dúvidas quanto ao seu poder de vendas e popularidade nas comunidades de jogadores, sendo que é um dos títulos mais jogados e vendidos da portátil Nintendo 3DS. Embora a Nintendo ainda tenha tentando fazer algumas prequelas, e até mesmo investido num título para smartphones da série, a verdade é que os jogos que saíram depois não tiveram o mesmo impacto que os títulos da linha principal. Talvez tenha sido por isso que a Nintendo tenha reunido várias ideias de New Leaf, juntando ainda alguns conceitos vencedores dos vários jogos que foram saindo para o mercado, resultando num apetrechando Animal Crossing: New Horizons, que se mostra com um visual clássico, mas altamente musculado e com todas as arestas muito bem afinadas.

Povoar uma ilha

Tal como foi nos títulos anteriores, Animal Crossing: New Horizons convida o jogador a criar a sua personagem e a pertencer a uma comunidade que vai crescendo conforme o jogador assim o decida. A ordem é definida pelo próprio, como lhe convém. O início de toda a aventura desta vez decorre numa ilha, ao contrário dos jogos anteriores. Os jogadores, juntamente com mais dois tripulantes, vão para uma ilha dar-lhe vida, em busca de harmonia e que está carregada de recursos naturais e biodiversidade. Para além de plantar árvores de frutos, ou de dinheiro, haverá também várias espécies de plantas que podem ser plantadas. A pesca, a caça de vários insetos, e os vários fosseis enterrados que podem ser colecionados, são também algumas das atrações que deliciam quem adora reunir e tenha espírito de colecionador, tendo à sua disposição um museu mais à frente com o avançar do jogo para o alimentar.

Há um número bastante generoso de peixes, insetos e fósseis disponíveis no jogo. Os peixes e os insetos vão variando conforme o mês, e obviamente o estado do tempo e as estações do ano também contam. Haverá para além disso, para as espécies mais raras, horas especificas para serem caçados. Estas atividades, juntamente com o melhorarias da ilha, limpezas, dando atenção aos vários habitantes, e ainda, fazendo parte dos vários eventos e feriados que se vão realizando ao longo do ano, são só alguns dos pontos fortes de qualquer título Animal Crossing, e Animal Crossing: New Horizons não deixou cair essa bandeira.

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Nunca um dia será igual ao outro embora o jogo decorra de igual forma com o nosso relógio e fuso horário. O início de cada dia terá eventualmente as rotinas diárias comuns, mas o tempo restante será sempre diferente porque tal como foi dito, não há regras, guias, linhas orientadoras. O jogador é soberano e decidirá qual é que vai ser a sua aventura e como e com quem quererá conviver. Para além das várias atividades, Animal Crossing: New Horizons tem como é apanágio da série, a socialização. Novos moradores procuraram morar na ilha nomeada pelo jogador, e muitos o abandonaram ao fim de algum tempo, se assim o entenderem.

A decisão de toda a obra e aventura é do jogador

Animal Crossing: New Horizons permite a total Liberdade criativa para melhorar e personalizar a ilha que tem a seu cargo, quer dentro ou fora de casa. E com o passar do tempo, até poderá ser soberano de todas as decisões. Animal Crossing: New Horizons ganha ainda mais pontos juntamente com a aplicação da Nintendo Switch para smartphones, onde há ainda mais a possibilidade de importar através do recurso de imagens de um QR CODE e acrescentar ainda mais aos padrões existentes. Dentro ainda da aplicação, existe a opção de chat por voz e ainda por escrito, para facilitar a conversação em modos de jogo em multijogador online.

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Algumas das novidades de Animal Crossing: New Horizons, passa por aquilo que o conceito a loja de bricolage começou a tentar incutir aos seus clientes: DIY – Do It Yourself, faça você mesmo. Neste título, reunindo os vários materiais necessários, o jogador poderá construir as suas próprias ferramentas em vez de ir simplesmente à loja e comprar. A escolha é do próprio no que toca a ferramentas, mas haverá, por ventura, imensas construções que só poderão ser adquiridas mesmo através de DIY. Animal Crossing: New Horizons também apresenta objetivos diários para incentivar ainda mais o jogador, tais como pescar um número de peixes, caçar um determinado lote de insetos, ou ainda outras tarefas de números rasos. Mas também possui objetivos efetivos de progressão do jogo que remontam a números mais significativos que são classificados no Nook Miles. Todas estas ações oferecem pontos que podem ser utilizados depois num catálogo de itens, novos penteados, roupas ou habilidades que ajudarão a tornar a experiência muito mais afincada.

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Evolução e aglomerado de caraterísticas de outros títulos

O multijogador tal como já foi referido está presente e nota-se uma evolução acentuada perante os títulos anteriores, ganhando ainda mais profundidade graças ao auxílio da aplicação Nintendo Switch para smartphones. Contudo, apesar de funcionar bem, o processo é demorado, as entradas e saídas de jogadores, e ainda algum excesso de texto todas as vezes que se executa uma ordem para voar para outra ilha, acabam por ser saturantes ao fim de poucas vezes. Em simultâneo é possível juntar até oito jogadores registados numa Nintendo Switch, e até sete através do modo local ou online. E a presença de vários jogadores para além de ser caótica, divertida, e incomum, funciona de forma excelente.

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Animal Crossing: New Horizons traz a evolução óbvia e altamente recompensadora de New Leaf, para a Nintendo 3DS. Se por um lado New Horizons traz muito de tudo um pouco o que foi a série até então, a verdade é que tudo o que traz desta vez traz de uma forma muito preenchida, bem robusta e com ideias certas do que se trata afinal um Animal Crossing. Há, contudo, ainda alguns problemas de excesso de texto, e algumas limitações de menus. Não existir a opção de colocar mais do que uma unidade no momento de compra, é uma delas. Ou ainda, ter de dirigir a personagem até ao aeroporto sempre que queira reunir-se com outros jogadores. Há falta de alguns atalhos de deslocação e isso ao fim de algumas dezenas e centenas de horas começa a sentir-se, e bem.

Visualmente traz tudo aquilo que seria expectável. Cores e desenhos bem feitos, ambientes incríveis tanto num dia solarengo, como num dia chuvoso ou em noites de chuva de estrelas cadentes. O ambiente sonoro também é rico, diversificado e vai ganhando mais conforme o progresso vai aumentando. Tudo funciona de forma gradual. Nota de excelência para as melodias embutidas como já é comum na série.

Considerações Finais

Animal Crossing: New Horizons é um aglomerado de vários títulos da série num só. É o expoente máximo da série em termos de qualidade, conteúdo, acessibilidade e artístico. Animal Crossing: New Horizons é um convite único para quem nunca jogou nenhum jogo da série e um título certeiro para quem adorou as experiências anteriores. O multijogador melhorado, o conteúdo extra e a algumas funcionalidades novas, tais como objetivos diários e o recurso ao DIY, fazem com que o jogo seja mais vivo e mais intenso.

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Animal Crossing: New Horizons não será jogo para uma ou três centenas de horas, mas sim para ser jogando o ano inteiro, com mais ou menos intensidade. New Horizons é para ser jogado como o jogador pretenda jogar, sem pressa, sem compromissos, com liberdade total. É, portanto, recomendadíssimo para qualquer jogador, contudo, convém deixar claro que será um jogo que puxará para a tendência social e para o fator de colecionismo. Se esse for o foco do jogador, então será uma aquisição ganha não só para New Horizons, mas para toda a série Animal Crossing.

N.R.: A análise a Animal Crossing: New Horizons  foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Nintendo Portugal

Animal Crossing: New Horizons - Recomendado para qualquer jogador
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Reúne tudo de bom o que a série ofereceu até ao momento
Avanço equilibrado e que se estende pelo ano inteiro
Tecnicamente profundo e uma diversidade imensa
Multijogador requintado
Acessibilidade por vezes demorada e restritiva
4.5