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Análise Luigi’s Mansion 3

Em 2001 surgia a Gamecube, 2002 na Europa, e o Luigi’s Mansion original foi um dos seus jogos de lançamento, quebrando um pouco a tradição de haver um jogo de Mario nos lançamentos das consolas Nintendo. Não obstante, seria sempre um jogo da família Mario e do seu universo, mesmo que fosse um título totalmente diferente do que nos haviam habituado, abrindo a porta a mais uma franquia. Franquia essa que demorou a levantar voo, já que o segundo jogo surgiu apenas em 2013 na 3DS. Agora é a vez da Switch e podemos dizer, mesmo que os jogos anteriores não fossem maus, pelo contrário, que à terceira é de vez. Luigi’s Mansion 3 é dos melhores jogos do ano e dos melhores jogos a ter para a híbrida da Nintendo.

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Luigi, Mario, Peach e os Toads foram levados para um hotel chique para passar férias, o convite era estranho, mas pouco depois de Luigi se deixar dormir no seu quarto, é acordado por um grito e repara que o seu quarto de hotel se tornou em algo fantasmagórico. Pouco depois descobre o seu velho inimigo King Boo e que foi ele que transformou o hotel numa casa de horrores e aprisionou os seus amigos em quadros. Para os salvar terá de encontrar o seu fiel equipamento Poltergust 3000 e passo ante passo, a tremer que nem varas verdes, vasculhar o hotel ao seu resgate.

De aspirador em punho, lá vamos nós

A premissa deste jogo é relativamente simples, mas até inventiva dentro da série. Explorando andar a andar do hotel e ir apanhando os botões do elevador que foram retirados por fantasmas. À medida que vamos ultrapassando esses desafios, dão-nos mais um botão e continuamos a nossa aventura. É como se o elevador fosse um hub de escolha de nível. No entanto, para obter esses botões vamos ter que resolver puzzles extremamente imaginativos e engraçados, bem como combater vários tipos de ameaças espectrais.

Cada sala, corredor e zona temática em Luigi’s Mansion 3 esconde segredos e mais segredos. Temos de andar sempre a experimentar todas as habilidades que o nosso Poltergust nos dá em cada cantinho deste hotel. Esta nossa ferramenta, em que rapidamente desbloqueamos todas as habilidades possíveis, é quase um canivete suíço, já que conseguimos fazer quase tudo com ela, mas a enorme variedade de maneiras pelas quais essas habilidades podem ser usadas ao longo de 15 horas é impressionante. A função básica é a sucção (é um aspirador, duh), puxa objetos, dinheiro e fantasmas na nossa direção, mas também os afasta com a função de sopro.

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Estas duas ações combinadas fazem com que Luigi dê um pequeno salto que é usado como para evasão e uma mecânica contra inimigos. Temos ainda mais complementos, a lanterna que no seu modo de luz negra serve para investigarmos segredos mais obscuros e no seu modo normal, serve para ofuscar inimigos atordoando-os para que os possamos sugar e assim limpar a área em questão. Temos também um desentupidor com uma corda agarrada que usamos para disparar e depois usar a sucção do Poltergust para o puxar. Esta ferramenta pode ser usada para tirar obstáculos do caminho, mas também para derrotar os inimigos de maneiras diferentes.

It’s a me, Lui…..Gooigi!

A estrela da companhia é obviamente Luigi, mas há uma adição surpreendente que aparece em forma de sósia gelatinoso do protagonista. Gooigi!

Gooigi tem as mesmas habilidades que Luigi, mas não pode abrir portas e dissolve-se se tocado pela água. O que tem a seu favor é a capacidade de atravessar portões, redes e canos para aceder a lugares que Luigi não consegue. É aqui que se cria todo o potencial de jogabilidade e de criação de puzzles e é justo dizer que o desafio existe e temos de puxar pela cabeça para os resolver. Ter este parceiro significa ter um jogo cooperativo sem ter um segundo jogador presente na sala, é um cooperativo solitário, por assim dizer. No entando, conseguir que algo assim resulte, que seja relevante, é difícil, e aqui é feito com mestria.

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Podemos invocar Gooigi para nos ajudar em combate, mas só controlamos um de cada vez, é algo estratégico. Vamos usar Gooigi para puzzles e exploração, sendo que pelas suas limitações, damos por nós a pensar… como é que vamos resolver isto? Depois clica e parece simples, mas sentimos que as mecânicas criadas resultam e mudam a nossa perspetiva de um jogo que já é o terceiro da série.

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Espelunca ou Hotel 5 estrelas?

Cada andar deste hotel que funciona lindamente como “mundo de jogo” serve de premissa de níveis que são separados pelo elevador já mencionado. Maravilhosamente detalhados, tornam-se em algo cada vez mais impossível para a estrutura do hotel, e há um tema divertido em cada um. Ao passar um boss e temos aquele novo botão de elevador para progredir, pensamos o que virá a seguir, que tema surgirá no piso seguinte e mesmo que não sejam temas novos relativamente a outros jogos, nunca sabemos como os serão integrados na arquitetura de um hotel.

A exploração não é muito importante, quando pensamos apenas em terminar o jogo, mas ao explorar cada canto e tentar resolver todos os puzzles não podemos deixar de sentir que a recompensa é fenomenal, já que há sempre novas animações e pequenos comportamentos dos personagens que nos deixam sempre com um sorriso na cara. É daqueles jogos que completar a 100% para além de ser divertido, mostra-nos mais do excelente trabalho que a Next Level Games fez para a Nintendo.

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Se houver algum ponto negativo a apontar são os controlos que fazem com que a jogabilidade nao seja perfeita. Não foge muito ao esquema conhecido da série que sempre pareceram algo desfasados da realidade de um jogo com envolvência tridimensional, mas o uso dos analógicos continua a não ser o melhor para o tipo de ação que temos de fazer. Talvez seja por isso que o jogo perdoa um pouco essa imperfeição, mas há momentos que temos de ser mais perfecionistas e fica complicado. Alturas em que temos de ser rápidos nas ações ou em alguns bosses, (sim boss da basement 2, estou a olhar para ti…) e chega a ser frustrante, mas em três ou quatro tentativas chegamos lá, mas pensamos sempre que a falha foi nos controlos.

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Considerações Finais

Não falámos muito de grafismo e componente sonora, mas já adivinharam que é tudo perfeito neste clássico da Nintendo, como não poderia deixar de ser.

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Imaculado na apresentação e na banda sonora, cria o ambiente que todos esperamos de um jogo com uma das maiores personagens da Big N. Apesar de algumas pequenas queixas relativamente à jogabilidade, Luigi’s Mansion 3 é um dos melhores exclusivos da Switch até o momento e um dos jogos do ano. É cheio de diversão, humor, exploração e design inteligente.

Luigi’s Mansion 3 já se encontra disponível para Nintendo Switch.

 

N.R.: A análise a Luigi’s Mansion 3 foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela Nintendo Portugal

Luigi’s Mansion 3 – Dos melhores títulos da Switch!
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Ambiente e envolvência
Animações e estilo das personagens
Hotel como mundo de jogo é fenomenal
Gooigi !!
Jogabilidade pode ser frustrante
Pouca variedade de fantasmas
4.5