Análise Summer in Mara

Não são jogos com mecânicas revolucionárias, ou tampouco recentes, mas a verdade é que, talvez por culpa da pandemia e do sucesso de Animal Crossing: New Horizons enquanto meio muito estava fechado em casa, os farming simulators tiveram um ano em grande, onde uma boa parte dos jogadores pegou neste tipo de títulos para conseguir escapar da sua sala, ou até mesmo do seu jardim, para um mundo diferente, que os permitisse viajar sem sair do lugar.

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Summer in Mara convida a isso mesmo, viajar até um arquipélago com aspeto paradisíaco onde podemos relaxar enquanto cuidamos da nossa ilha, mas será que o título da Chibig tem algo que o faça destacar ou é apenas mais um, entre tantos?

A ilha que primeiro visitamos em Summer in Mara é maravilhosa, um aspeto que nos transporta para as séries animadas do início dos anos 2000, relaxante e que nos ajuda a acalmar, principalmente quando aproveitamos o som ambiente que vamos tendo. Ficámos impressionados com as cores e com a nossa pequena casa. Ao começar  a nossa aventura com Summer in Mara conhecemos Koa, uma aventureira que quer conhecer o mundo! O tutorial é composto pela introdução aos comandos de jogo e também pela história de Koa, contada por ela e pela Yaya Haku (uma espécie de avózinha querida que quer garantir que a nossa personagem explora o mundo com segurança).

Um dia na ilha

Em Summer in Mara, as horas vão passando e o ambiente que nos rodeia mostra isso. O pôr-do-sol é extremamente bonito e um dos pontos altos do nosso dia! Com o passar do dia, a energia de Koa vai também baixando. Para voltar ao máximo, temos duas opções: dormir (isto fará com que passemos automaticamente para o dia seguinte) ou comer frutas, legumes ou uma refeição completa (peixe assado é um favorito!). Aqui é importante notar que comer uma amora não vai dar o mesmo nível de energia que um prato principal.

Como já referimos, a imagem da ilha e dos pequenos elementos que a compõem (lagos, montanhas), é maravilhosa e tenta, a cada passo que damos, passar uma energia positiva que nos ajuda a relaxar, algo que acaba por ser importante dentro deste tipo de títulos… contudo, nem tudo é um mar de rosas!

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O que mais nos frustrou durante o jogo foi a não existência de um minimapa que nos pudesse guiar nas nossas aventuras, a nossa primeira missão demorou um dia inteiro porque não sabíamos onde tínhamos que ir ou se já tínhamos chegado. Os objetos com que temos que interagir estão, de facto, marcados com um indicador, mas o mesmo é tão suave que pode acabar por passar despercebido aos jogadores mais relaxados e que não estejam ativamente a procurar tal marcador.

Energia para passar o dia

Podemos plantar cenouras e colher amoras para fazer batidos e aumentarmos a nossa energia. No entanto, importa referir que é obrigatório plantar mais amoras e árvores para garantir o fluxo constante de recursos. Para melhor explicar, para construir uma ferramenta precisávamos de madeira, o que nos fez destruir toda uma árvore, a ação de destruir a árvore foi capaz de nos deixar um pouco tristes… a ilha é pequena e os recursos são tudo menos abundantes. Destruir árvores para ter madeira é “real”, mas não nos parecia correto. Mas calma… depois de destruir a árvore depressa ficamos a perceber que podemos plantar amoras, ou mesmo as sementes das árvores (são nos dadas quando aplicamos o golpe final na pobre coitada), para assim ter novas árvores. Esta mecânica deixou-nos mais contentes, até porque acaba por dar um sentido de responsabilidade e consciência ambiental a todos os jogadores que passarem por Summer in Mara.

Contudo, há certos recursos obrigatórios para o melhoramento da nossa ilha (neste momento estamos a tentar construir a capoeira FUTURE BEHIND… ahhhh que maravilha, cuidar de galinhas) que não temos noção onde ir buscar ou como os conseguir arranjar: será que podemos criá-los ou temos que comprar no mercado? Esta é a questão que muitos de vocês irão fazer, provavelmente, ao começar o jogo. Toda a experiência com Summer in Mara é um pouco DIY.

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Por falar em mercado, a primeira vez que o encontram será depois de viajarem para uma outra ilha, os motivos que levam Koa a viajar deixamos em segredo, lembrem-se apenas que Koa é uma aventureira e quer descobrir novas ilhas. Quando recebemos a missão para descobrir a nova ilha, é-nos dito que precisamos de restaurar o barco (fácil…) e é-nos dado uma direção vaga. Quando entramos no barco, o minimapa aparece (finalmente!), mas é semelhante a um mapa de navegação para nos orientar no mar aberto, sem qualquer instrução de caminho, por isso parte à aventura e descobre as novas ilhas, onde Koa irá conhecer novas personagens e terá mais missões à espera dela.

Considerações Finais

Summer in Mara é uma experiência relaxante e o aspeto gráfico do mesmo pode levar a que muitos pensem que é o jogo ideal para os mais novos, e até pode ser, mas a falta de mais indicações pode fazer com que os mais novos se sintam frustrados e acabem por deixar a experiência a meio.

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Embora não surpreenda acaba por satisfazer com aquilo que oferece. Tal como outros jogos do género acaba por ser indicado para jogar um pouco todos os dias, mas nunca para fazer longas sessões de jogo. É olhar para Summer in Mara como um jogo de rotina, onde já sabemos que está na hora de ir à ilha. Caso sejam fãs deste género têm aqui uma experiência interessante. Já no caso de preferirem jogos com mais ação e com dias “cheios de atividade” o melhor será viajarem para uma ilha diferente.

Clica na imagem para mais informação sobre as nossas classificações

+ Banda-sonora e cenário relaxantes

+ Responsabilidade ambiental presente no jogo

– Falta de indicações durante o decorrer das tarefas diárias

– Personagens pouco expressivas durante os períodos de diálogo 

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N.R.: A análise a Summer in Mara foi realizada com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Evolve PR

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