IVO 1

A sua startup tem pernas para andar? O ‘professor’ IVO responde

Ser empreendedor tornou-se cool e disso já não restam dúvidas. Um em cada três portugueses manifesta, por estes dias, interesse em criar o seu próprio negócio – só no ano passado foram criadas cerca de 100 empresas por dia -, muito embora 70% das pessoas não avance numa aventura a solo pelo medo de falhar, segundo um estudo da Amway.

– ‘Quanto é que tenho de faturar por mês para não ter prejuízo?
– ‘Quanto é que tenho de faturar para recuperar o investimento inicial em quatro anos?
– ‘Terei dinheiro suficiente para pagar as contas a tempo e horas?

Estas são algumas das questões que ecoam na cabeça de muitos empreendedores e que a aplicação Web IVO (Investimento Validado Online) vai esclarecer, a partir do próximo dia 16, com base numa ferramenta com “uma linguagem muito simples, uma metodologia muito intuitiva e que funciona com uma espécie de perguntas e respostas”, como descreve o fundador do projeto, David Mota.

Bebendo da informação das respostas que o empreendedor vai dando, seguindo três passos, a plataforma traça análises de risco que permitem aos empreendedores não só ter uma noção mais clara das exigências financeiras que um negócio acarreta, como também explicar melhor os seus números e projeções financeiras a eventuais financiadores ou parceiros; ou, ainda, fazer uma melhor utilização das mesmas para tomar decisões – eventuais expansões de equipa, de infraestruturas físicas ou fazer alterações no portefólio de produtos que vendem.

Para além de desmistificar o processo de fazer contas, a chave aqui é também a simplicidade e acessibilidade da ferramenta que possibilita que qualquer empreendedor – independentemente da área em que atua – seja autónomo nestes cálculos.



//

“Queremos servir como um precheck de viabilidade para ajudar os empreendedores a conhecerem os riscos financeiros dos negócios a que se propõem, simplificando uma das etapas do plano de negócios: a do plano financeiro”, explicou David Mota, ao FUTURE BEHIND, à margem da Young Talent Conference.

“É como ir ao hospital, passar por uma primeira triagem e receber uma pulseira”, comparou, lembrando que os outputs e todo o software do ‘professor’ IVO não substituem os planos de negócio e os modelos de viabilidade económico-financeira mais tradicionais para concorrer a Business Angels, por exemplo – são “um passo antes”.

Veja, abaixo, uma demonstração prática de como funciona a plataforma IVO.

Apesar de já existirem alguns construtores de planos de negócios online, que englobam todas as bases de um plano de negócios, o que distingue o IVO é o facto de se centrar só numa dessas etapas: a do plano económico-financeiro. “Fazemo-lo de uma forma disruptiva pela simplicidade, linguagem e metodologia que é acessível a pessoas de todos os backgrounds”, esclarece David Mota, acrescentando que a ferramenta “é inovadora pela simplificação daquilo que é um problema para uma parte importante dos empreendedores que não tem uma boa relação com os números e com as contas”. Ao mesmo tempo, desdramatiza-se uma das etapas “mais importantes do plano de negócios que, muitas vezes, é subvalorizada porque é, tipicamente, a última”.

A startup IVO está neste momento a abordar entidades que já prestam apoio ao empreendedor, onde se incluem incubadoras, universidades, consultores ou câmaras municipais, tentando chegar a todos os agentes que estão a fazer um atendimento quase cara-a-cara a pessoas que possuem perfis variados.

“Algumas estavam desempregadas, outras são jovens talentos que saem das faculdades e que querem criar os seus projetos”, exemplifica o fundador do IVO, aproveitando para ressalvar uma das premissas centrais da startup. “Queremos ser o garante de que todas as pessoas, independentemente do seu perfil, que querem criar um negócio estão conscientes das exigências financeiras que isso implica e que cheguem a essa consciência por elas próprias”.

Desta forma, o IVO, que conta com a parceria tecnológica do Business Config, pretende evitar experiências malsucedidas ou a procura de um conselheiro externo. Até porque acredita ser “muito mais mobilizador ser o próprio empreendedor a tirar conclusões e estar mais perto de tomar melhores decisões”.



//