Cuidado onde compram os vossos jogos digitais, nem tudo é o que parece

Com uma sociedade cada vez mais digital e com cada vez mais aposta em conteúdos audiovisuais é normal que uma das industrias em franco crescimento é a dos videojogos. Na verdade, a cada dia que passa o número de entusiastas pelos videojogos cresce e com isso cresce também a indústria e a motivação dos hackers para distribuírem malware através da mesma.

Este malware ligado aos videojogos está muitas vezes associado com o download de cópias ilegais. A parte positiva é que com o passar dos anos e evolução tecnológica é cada vez mais difícil optar pelo caminho ilegal da pirataria no que toca a videojogos. A parte menos boa é que estes downloads ilegais não são a única forma de ficar exposto ao perigo que são os ataques informáticos. Segundo uma investigação realizada pela Kaspersky os videojogos falsos com malware já atingiram mais de 900,000 utilizadores ao longo do último ano”, sendo que Minecraft, Grand Theft Auto 5The Sims 4 lideram este ranking com um terço dos ataques.

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Como referimos anteriormente, se no passado o problema passava em muito pelos ficheiros infetados que eram disponibilizados em websites que apoiavam a prática de download ilegal agora existe outra ameaça diz a Kaspersky “o uso fraudulento da sua marca para camuflar a distribuição de malware. Muitos dos videojogos mais utilizados pelo público estão disponíveis em plataformas digitais de distribuição e estas nem sempre conseguem detetar se os ficheiros de software que são carregados na plataforma são legítimos ou se contêm malware disfarçado.”

“Investigadores da Kaspersky analisaram os ficheiros infetados que foram detetados entre 2018 e o primeiro semestre de 2019 e concluíram que a lista de videojogos mais perigosos é liderada pelo jogo “Minecraft”. O malware disfarçado neste jogo foi responsável por cerca de 30% dos ataques ocorridos, tendo atingido mais de 310.000 utilizadores. Em segundo lugar na lista surge o jogo “GTA 5”, cujo malware atingiu mais de 112.000 utilizadores. Já o terceiro lugar é ocupado pelo “Sims 4”, com quase 105.000 utilizadores atingidos.”

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Mas isto não é tudo, os hackers têm ainda outra forma para fazer com que os utilizadores menos atentos descarreguem ficheiros maliciosos. Como? E que tal oferecer um jogo que ainda não chegou a mercado? Os investigadores Kaspersky dizem que “versões falsas de pelo menos dez jogos em pré-lançamento foram descobertas, sendo que cerca de 80% das deteções estiveram concentradas nos jogos FIFA 20, Borderlands 3 e Elder Scrolls 6”.

Maria Fedorova, investigadora de segurança da Kaspersky, diz “Durante vários meses vimos os hackers a explorar a área do entretenimento para apanhar de surpresa os utilizadores – desde séries de TV populares, estreias dos filmes mais esperados pelo público ou videojogos mediáticos. E isto é algo fácil de explicar: as pessoas podem estar menos atentas quando querem apenas descansar ou divertirem-se. Se elas não estão à espera de encontrar malware em conteúdos de entretenimento que estão habituadas a ver, não é preciso os hackers desenvolverem ameaças avançadas para terem sucesso. Desta forma, recomendamos que as pessoas se mantenham alerta, que evitem plataformas digitais que não pareçam de confiança e ofertas suspeitas, mas também que instalem um software de segurança e que façam uma análise regular a todos os dispositivos que utilizam para jogar”.

Como prevenir isto? A Kaspersky deixa alguns conselhos: 

1 –  Utilizar apenas serviços legítimos com reputação comprovada;

2 – Prestar atenção extra à autenticidade dos websites. Não visitar websites que permitam o download de videojogos até ter a certeza que são legítimos e que começam por “https”;

3 – Confirmar que o website é autêntico, assegurando que o formato do URL e que o nome da empresa estão corretos, antes de iniciar o download;

4 – Não clicar em links que pareçam suspeitos, tais como aqueles que prometam experimentar algum jogo ou que anunciem o pré-lançamento dos mesmos;

5 – Ter uma solução de segurança instalada no vosso computador.

André Oliveira Santos: Licenciado em comunicação, a trabalhar em fotografia. Sempre tive um gosto especial e uma grande paixão por gadgets, videojogos e novas tecnologias no geral.
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