Google Pixel 9 Pro XL

Os 4% que fazem do Google Pixel 9 Pro o melhor smartphone que alguma vez usei

Quase todos os donos de smartphones têm também pelo menos um powerbank, é algo tão necessário nos dias de hoje que as gigantes tecnológicas que, em nome do ambiente (provavelmente financeiro), se apressaram a tirar tudo o que era carregadores das caixas dos telemóveis que compramos, bem que podiam agora incluir este acessório quase essencial nas caixas dos telemóveis. Mas não o fazem, e para mim isso pouco importa porque é-me psicologicamente impossível andar com mais uma coisa atrás.

Bolsos com chaves, telemóvel e ainda um powerbank? Não obrigado. As fabricantes de smartphones sabem que as baterias são um dos pontos fracos dos produtos que vendem, desde equipamentos de 100 euros a equipamentos de 1100 euros… todos eles vão receber a mesma queixa: Tenho que carregar a bateria todos os dias, e alguns dias um power charge de 20 minutos só para ter a certeza que sobrevive nunca fez mal a ninguém.

A Google, com o seu Google Pixel 9 Pro, apresentou um upgrade fantástico no que toca à comparação com o modelo pro do ano anterior, mas poderia ser melhor? Pode sempre. No entanto, quase um ano depois de ter o Pixel 9 Pro como o meu telemóvel do dia a dia eis que chegou o momento que me fez querer continuar parte da família Google, diria mesmo que foram 4% que me salvaram o dia e que me fizeram meter o flagship da gigante Americana num pedestal.

Todos nós já tivemos aquelas manhãs em que nos apercebemos que nos esquecemos de meter o telemóvel a carregar, nestas situações só há uma coisa a fazer caso não tenham oportunidade de o carregar durante o dia: 20 minutos de carga antes de sair de casa e rezar o resto do dia. E foi isso mesmo que eu fiz. Deve ser suficiente, lá para a 4 da tarde estou em casa… isto chega. E chegaria, não fosse a meio do dia ter sido convidado para um concerto. Fica um clipe que encontrei no YouTube para quem estiver curioso.

Depois da música voltemos ao meu problema, o concerto tinha abertura de portas por volta das 19 horas e, pouco antes das portas abrirem, tinha 11% de bateria. De certeza que não ia dar para chegar a casa, já depois da meia-noite e ter bateria. Era impossível. Tomei a difícil decisão de desligar o telemóvel e aproveitar o concerto sem clips ou fotografias. Mas claro que durante o concerto, numa sala pequena como a Roundhouse em Camden, estando perto do palco, a vontade de tirar uma ou duas fotografias foi mais forte que eu e lá liguei o Pixel. Foram estas as fotografias:

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Não vamos julgar a qualidade da fotografia que não é para isso que aqui estou, mas fica só o detalhe que isto foi em Zoom x5 e, como devem imaginar, estava escuro. Mas bem, tirei as fotografias e voltei a desligar o Google Pixel 9 Pro. Chegou o fim do concerto e era altura de voltar a ligar o telemóvel, afinal de contas tinha cerca de hora e meia ou mais até chegar a casa, ver como é que estava o estado do metro em Londres para perceber qual a melhor forma de chegar a casa e claro, tudo isto tinha que me dar para ter bateria não só para usar o cartão na Google Wallet para entrar no metro, mas também para usar o mesmo cartão à saída e assim evitar pagar o valor máximo pela viagem (é o que acontece se não usar o mesmo cartão ou não usar qualquer cartão para sair dos transportes públicos em Londres). Tinha 9% de bateria.

Google Maps aberto, ver o estado das linhas de metro, escolhida a linha perceber qual a melhor forma para lá chegar e siga, 15 minutos a pé e estava agora na estação à espera do comboio que vinha em 16 minutos. Depois de utilização extensiva do telemóvel para responder a algumas mensagens e para ir vendo o Google Maps eis que tinha 4%. Uma hora e de viagem e 4%. Uma pessoa com alguma inteligência desligaria o telemóvel e seguia viajem, mas eu sou especial e por isso decidi começar uma extensa conversa no Whatsapp e continuar a responder a outras mensagens num dos muitos grupos que muitos de nós temos nesta aplicação.

E assim foi, mensagem atrás de mensagem, com links a serem partilhados, mas sem abrir grande parte deles, imagens que o Whatsapp descarrega automaticamente e os 4% lá estavam… tinha que dar. A viagem ia ser perto de uma hora. Mas tinha que dar.

Com o caminho para casa a ser cada vez menos, mas a parecer demasiado, a bateria ia dando os ultimos sinais de vida. 2%. Cheguei à última estação, estava na hora de sair do comboio e tinha 1%, usei o cartão e saí da estação! Estava a noite ganha. Mas faltava o caminho para casa, 15 minutos em que a única coisa que queria continuar a fazer com o telemóvel era usar o Whatsapp, será que ia resistir? Quase. Entrei na minha rua, e puff. O telemóvel deu de si e desligou.

Mas foram estes 4% que fizeram com que a viagem de metro não fosse passada a olhar para as paredes, que me deixaram continuar as conversas que estava a ter e que, mais importante que tudo o resto, me deixaram pagar pelas viagens. Sei que não parece nada do outro mundo, mas naquele momento, naquela noite fizeram com que nunca mais olhasse para o meu Pixel da mesma forma, fizeram com que a decisão sobre telemóveis futuros fosse tomada: Enquanto a Google continuar a fabricar telemóveis a escolha é simples, os Pixel serão sempre os meus telemóveis do dia a dia.

Este texto não é patrocinado.