O Gamescom: Opening Night Live já foi visto como um dos grandes momentos do calendário dos videojogos, prometendo revelações bombásticas e estreias mundiais empolgantes. No entanto, a edição mais recente do evento voltou a deixar muito a desejar, e deixou a sensação de que o ONL se tornou um espetáculo previsível, cansativo e claramente ultrapassado.
Durante mais de duas horas, o que se viu foi uma sucessão interminável de trailers genéricos, jogos que já tinham sido anunciados e muito tempo despendido em discursos longos e aborrecidos sobre jogos que pouca gente está interessada em saber. Geoff Keighley, que é elogiado pela sua capacidade de dar visibilidade a novos projetos, parece agora preso a esta fórmula de “temos de mostrar isto porque é o que nos paga as contas.”. Foram poucas as surpresas e uma boa parte do evento foi generalista.
O ritmo lento e a falta de novidades relevantes tornam o evento difícil de acompanhar mesmo para os fãs mais dedicados como nós. Em vez de servir como algo focado aa indústria, o ONL parece mais um evento corporativo disfarçado de entretenimento, com pouco entusiasmo, até do público presente.
A verdade é que, num mundo em que as empresas preferem fazer os seus próprios showcases digitais, o modelo centralizado do ONL está a perder espaço e interesse. E a audiência, digital incluída, sente isso. Noutros anos, tanto na E3, Gamescom e TGS sentia-se a excitação no ar, a espera pelo dia das conferências. Agora, a excitação que um dia existiu foi substituída por uma sensação de tédio e de tempo desperdiçado.
Se o Opening Night Live quiser manter alguma relevância nos próximos anos, vai precisar de muito mais do que apresentado este ano, caso contrário, continuará a ser apenas mais um lembrete de como certos eventos da indústria dos videojogos já não têm lugar no presente, quanto mais no futuro.

