Há muitos anos atrás a Motorola era umas das principais marcas de telemóveis do mercado. Os afamados Razer com o seu design superfino eram um dos best seller da marca mas com a chegada dos smartphones, senti que outras marcas se sobressaíram e a Motorola foi caindo em esquecimento neste segmento, mesmo sem nunca ter deixado de produzir equipamentos.
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Recentemente tivemos acesso ao Motorola Edge 50 Neo e durante dois meses, este smartphone de gama média foi o meu equipamento diário e cumpre bem para o que se propõe dependendo obviamente do que o utilizador procura.
O Motorola Edge 50 Neo está disponível na seguinte configuração:
- 8GB+256GB RAM e armazenamento
- Dimensões – 154.1 x 71.2 x 8.1mm
- Peso – 171g
- Cores – Lattè, Nautical Blue, Mocha Mousse e Grisaille
Recentemente temos visto smartphones com diferentes acabamentos e o uso de materiais sustentáveis e este Edge 50 Neo dá um passo em frente nesse sentido. O uso de cabedal vegan e uma capa (que vem incluída na caixa) feita de resíduos de plantas suecas (assim o diz no interior) é uma preocupação que vem bem explícita no mote da marca: “Motorola, a good company”, não existindo qualquer plástico dentro da caixa onde vem o equipamento.
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Arredondado nos cantos, o que pode destoar mais se o equipamento mesmo com a capa é a protuberância do módulo das câmaras que não fica plano numa superfície. De resto, salientar as palavras Dolby Atmos no topo junto ao microfone e em baixo tem a porta USB C, o altifalante e a entrada para cartão SIM.

Software, o necessário e o que é bloatware
O Motorola Edge 50 Neo corre Android 14 e usa o software proprietário Hello UI, uma interface minimalista do Android, o qual eu agradeço porque prefiro menos confusão no ecrã, poucos movimentos necessários para chegar onde quero e uma interface limpa. Se fizermos alguns gestos de pulso, podemos acionar a câmara ou ligar a lanterna.
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Mas infelizmente e, é o que gosto menos ao ligar pela primeira vez um smartphone, ver que software não desejado está automaticamente instalado assim que configuramos o equipamento. Estas aplicações em específico estão na app MotoHub que envia notificações de tempos a tempos e estamos sempre com algo desnecessário no ecrã e tive de ir manualmente desativar tudo o que não queria. Percebo a inclusão destas aplicações, que trazem rendimentos ás marcas, mas façam para que seja opcional, que não esteja pré-instalado e o utilizador decida à posteriori o que quer no seu equipamento.
Em termos de atualizações de software, a marca compromete-se com cinco anos de atualizações de sistema operativo e cinco anos de atualizações de segurança, dos mais altos períodos dados por qualquer marca.
Performance, como será?
A marca equipou o Edge 50 Neo com o Mediatek Dimensity 7300, um chipset que melhora a performance e eficiência em relação ao anterior e nota-se bem, já que consegui fazer várias tarefas ao mesmo tempo sem problemas.
Tarefas do dia a dia como navegar na net, emails, Youtube, redes sociais, tudo foi facilmente gerido pelo Edge 50 Neo e mesmo ao jogar alguns títulos, e dando o exemplo de Asphalt Legends: Unite, a performance foi boa nas definições gráficas standard, que é selecionado de acordo com as especificações do smartphone. Sem quebras de frame rate, sem problemas de maior só com o normal aquecimento ao fim de um bom tempo a jogar.
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A Motorola equipou o Edge 50 Neo com um ecrã OLED de 6.4 polegadas com resolução de 1.200×2670 pixéis com muito bom resultado. O seu brilho é suficiente para uma boa experiência no geral e com boa visibilidade em diversos ambientes, pena que demore uns segundos a adaptar o brilho de acordo com a luminosidade em nosso redor.
Como noutros ecrãs OLED podemos notar as cores demasiado vibrantes (se é que isso possa existir), mas ao selecionar a opção “Natural” no modo display, resolve essa questão. Com taxa de refrescamento a 120Hz, navegar nas aplicações ou ler notícias é bastante suave, não cansando os olhos.

Quatro câmaras, mas cumprem?
O Edge 50 Neo tem quatro câmaras com que podemos contar para os mais variados planos e fotografias:
- Primary – 50-megapixéis, PDAF, OIS, até 4K/ 30fps video
- Ultrawide – 13-megapixéis, modo macro, PDAF
- Telephoto – 10-megapixéis, 3x zoom ótico, PDAF, OIS
- Selfie – 32-megapixéis, AF, até 4K/ 30fps vídeo
O Motorola Edge 50 Neo tem uma câmara principal de 50 megapixéis com um sensor Sony LYT-700C que tira excelentes fotos durante o dia com boa cor e detalhe se quisermos analisar mais ao pormenor e o foco é rápido mesmo que estejamos a trocar de objetos. A câmara telephoto consegues imagens mais detalhadas, mas menos vibrantes que a principal e é menos confiável quando há menos luz. Com a ultrawide a fotografia parece mais fria e com pouca luz falha bastante, mas com o objeto perto da lente, é bastante competente e com bons resultados. A objetiva frontal consegue boas imagens quando há muita luz e ao anoitecer, por exemplo, demora mais tempo a processar a imagem.
Boa bateria é sempre bom sinal
O Edge 50 Neo tem uma bateria de 4.310mAh, mas facilmente dura, com uso normal obviamente (não abusando de redes sociais em vídeo, e com aproximadamente com 7 horas de ecrã ligado), mais de um dia só com uma carga. Na caixa vem um carregador de 68W que se quisermos, carrega totalmente o equipamento em pouco mais de uma hora e podemos carregar sem fios a 15W, mas deve demorar mais do dobro do tempo.
Considerações finais
O Motorola Edge 50 Neo, oferece um equilíbrio entre desempenho e preço. Com um bom processador, bateria e câmaras competentes para a sua gama, é prometido cinco anos de atualizações pela marca que não tem precedentes neste segmento de preço.
Não esperem uma construção imaculada com titânio e afins, mas não inventa esteticamente e é bastante confortável na mão (até sem capa, por “culpa” do cabedal vegan oferece uma textura diferente). Contra só tem o constante spam de notificações de aplicações que já vêm pré-instaladas e para mim é algo muito negativo.
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O Motorola Edge 50 Neo é recomendado para quem deseja um equipamento de gama média e que não precisa de um smartphone topo de gama para a sua vida, mas também não quer ter um aparelho que falhe na altura que é preciso.