Samsung Galaxy S8 iPhone 7 Plus fotografia

Samsung Galaxy S8 vs iPhone 7 Plus. Qual ganha a batalha pela melhor câmara?

A tecnologia tem evoluído a um ritmo avassalador nos últimos anos. São várias as categorias em que têm surgido mais e melhores gadgets. No entanto há um equipamento que se tornou indispensável no nosso quotidiano: o smartphone.

O smartphone tal como o conhecemos foi apresentado ao mundo pelas mãos de Steve Jobs em 2007. O iPhone prometia ser o dispositivo intuitivo que permitia, para além de fazer chamadas, aceder à internet e ouvir música, ações que até então necessitavam de dispositivos próprios ou de outros equipamentos demasiado complicados na sua utilização. Cumpriu.




Com o passar dos anos e o evoluir da tecnologia outros smartphones apareceram. A cada nova versão surgem com novas tecnologias que vêm substituir um outro gadget que até então pensávamos ser insubstituível. Aconteceu com os sistemas de navegação GPS e está a acontecer com as máquinas fotográficas.

LG, OnePlus, Huawei, Sony e Nokia são algumas das marcas que apresentam ou já apresentaram dispositivos com uma qualidade fantástica ao nível dos sensores de fotografia. Para além destas, existem duas marcas que devido à força que têm no universo mediático vão ser sempre comparadas entre si: falamos da Apple com o iPhone e da Samsung com a linha Galaxy S.

No segundo trimestre de 2017 a comparação que tem que ser feita é entre o iPhone 7 Plus com o seu duplo sensor fotográfico e o Samsung Galaxy S8 modelo que continua a apostar em apenas um sensor fotográfico.

PLAN - PRICE

Description

galaxy s8

Samsung Galaxy S8


Ecrã: 5,8 polegadas


Resolução: 2.560x1.440 píxeis


Sensor fotográfico: 12 megapíxeis


Abertura: f/1.7


Estabilizador de imagem: Sim


Vídeo: 4K 60fps


Vídeo slow motion: 120fps Full HD


Câmara frontal: 8 megapíxeis com abertura f/1.7


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iPhone 7 Plus


Ecrã: 5,5 polegadas


Resolução: 1.920x1.080 píxeis


Sensor fotográfico:  Duplo sensor de 12 megapíxeis [Grande Angular e Telefoto]


Abertura: f/1.8 [Grande Angular] // f/2.8 [Telefoto]


Estabilizador de imagem: Sim [Apenas na lente Grande Angular]


Vídeo: 4K 30fps


Vídeo slow motion: 120fps Full HD


Câmara frontal: 8 megapíxeis com abertura f/2.2


No papel ambas câmaras apresentam características muito semelhantes, mas quando falamos de fotografia aliada a smartphones não são estas as únicas características que vão moldar o resultado final. A capacidade de processamento de cada dispositivo, bem como o software utilizado em cada um deles, vão ter influência direta na imagem que nos é apresentada. Será que a Samsung consegue combater o duplo sensor do iPhone 7 Plus com auxílio não só de software mas de um dos mais avançados processadores no mercado? Fomos à descoberta e os resultados estão em baixo.

Partimos de um princípio de utilização quotidiano, isto é, não tentámos captar a melhor fotografia possível que cada smartphone nos conseguia dar em determinada utilização, assim como as imagens não foram alteradas. Acreditamos que esta é uma forma mais transparente de ver os resultados e de perceber as vantagens e as limitações de cada smartphone.

Fotografia de interiores

 

Ambos os equipamentos apresentam uma boa qualidade quando expostos a luzes artificiais, sejam elas de tom quente ou frio. O Samsung Galaxy S8 apresenta cores mais vibrantes, brancos mais quentes e uma maior luminosidade, embora não seja perceptível ao primeiro olhar. Estas diferenças devem-se principalmente ao software de processamento que é feito por ambos os dispositivos antes de nos apresentarem um resultado final.

A nível de detalhe do objecto em primeiro plano ambos os sensores estão bastante equilibrados, ganhando o iPhone 7 Plus alguma vantagem na apresentação dos detalhes que constituem o segundo plano da fotografia.

A magia do duplo sensor

Nem só de zoom se faz o segundo sensor do iPhone 7 Plus, embora seja uma boa ajuda para quando quer fotografar um objeto mais pequeno ou que está mais distante. A verdade é que a lente telefoto do flagship da Apple, com ajuda de software, faz maravilhas no modo de retrato. Parafraseando Steve Jobs na sua apresentação do primeiro smartphone da tecnológica de Cupertino: “Works like Magic“.

É aqui que o iPhone ganha grande vantagem sobre o topo de gama Samsung, apresentado cores mais quentes e uma luminosidade mais agradável muito por culpa da lente telefoto com abertura f/2.8, que embora funcione em situações com abundância de luz, vai falhar em ambientes com fraca luminosidade.

O modelo Apple apresenta também um melhor recorte do corpo que está a ser fotografado em primeiro plano com uma passagem mais subtil entre a zona que se encontra em foco para a zona desfocada, dando-nos assim um efeito bokeh muito próximo daquilo que conseguimos com uma DSLR.

A nível do detalhe o dispositivo Samsung até nos oferece melhores resultados, como é perceptível no cabelo da pessoa fotografada, mas dado que o único auxílio que tem para o modo retrato é o software, faz com que nem sempre consiga reconhecer a totalidade da pessoa [ou objecto] em primeiro plano. Apresentando, nestes casos, fotografias em que o objecto se encontra meio desfocado como se fizesse parte do segundo plano da imagem.

Zoom Digital vs. Ótico

Está aqui outra das vantagens do iPhone no campo da fotografia. Zoom digital ou ótico? Ótico.

O iPhone 7, na sua vertente Plus, apresenta-nos um sensor duplo capaz de fazer zoom ótico x2 e digital x10, enquanto que o Galaxy S8 apenas nos deixa fazer zoom digital x8.

Embora, como podemos verificar na fotografia de exemplo, o zoom digital x2 do Galaxy S8 se comporte muito bem, não consegue competir com o zoom ótico da Apple, nem é 100% justo comparar ambos dado que um se apoia em hardware [iPhone] e outro, o digital, apenas em software [Galaxy].

Para tirar as dúvidas que ainda podem existir, pense da seguinte forma: quando usa o zoom digital x2 está a cortar uma fotografia em metade, perdendo assim qualidade tal como perde caso corte a fotografia com ajuda de um software de edição de imagem. Ao usar o zoom ótico está simplesmente a usar uma lente com um sistema de espelhos que ajudam a que o objecto fique mais ‘próximo’, conseguindo resultados mais detalhados, com melhor contraste e com maior qualidade de imagem.

Detalhe em modo paisagem

Ao voltar a analisar as fotografias conseguidas através do sensor principal de ambos os equipamentos, voltamos também para resultados finais muito próximos no que à qualidade geral diz respeito.

Neste caso a Samsung consegue apresentar imagens com cores mais quentes e com níveis de saturação superiores mas sem exageros, dando-nos assim uma imagem mais agradável ao olho humano e que muito provavelmente vai chamar mais a atenção quando for publicada numa rede social, por exemplo.

Com a falta de saturação o iPhone apresenta-nos um resultado mais fiel ‘ao olho humano’, apresentando também um melhor contraste entre as cores como é visível no céu, onde as nuvens apresentam um maior detalhe na imagem capturada com o iPhone 7 Plus.

Aqui o mais importante será perceber que tipo de fotografia prefere. Caso seja um utilizador que gosta de usar filtros em todas as suas fotografias para realçar mais a cor, o Samsung será a escolha acertada. Caso prefira uma fotografia mais fiel a nível de cor, opte pelo iPhone.

Foco no detalhe

Provavelmente já fotografou uma flor ou um inseto com o seu smartphone. Quando o faz espera conseguir um bom resultado mesmo quando olha para a fotografia num ecrã que não é o do smartphone.

Um dos elementos mais importantes para este tipo de fotografia é o detalhe que se consegue extrair do objecto fotografado. Neste campo ambos os sensores apresentaram qualidades incríveis. O nível de detalhe em ambas as imagens é impressionante, sendo até perceptível a textura da flor fotografada.

Neste campo a grande diferença entre os dois smartphones está na capacidade com que conseguem focar o objeto pretendido, principalmente se este estiver em movimento, como foi o caso desta flor.

O foco automático do iPhone consegue ser um pouco mais rápido do que o do Galaxy facilitando a captação de objectos mais pequenos que se podem movimentar a qualquer momento.

No fim, com ambos os equipamentos conseguimos um bom resultado que em muito se assemelha ao que conseguiríamos com uma lente macro num DSRL – o que por si só já é dizer muito.

É de noite que as diferenças sobressaem

Num fotografia noturna em que a única fonte de luz é um candeeiro com uma iluminação amarela, conseguimos perceber algumas diferenças entre ambos os equipamentos.

Enquanto que o Galaxy S8 consegue manter o principal ponto de luz limitado à sua fonte, mais em torno do candeeiro, acaba por pecar quando mais uma vez usa software para tornar a imagem mais apelativa ao olho humano, perdendo assim alguma qualidade na imagem final. Conseguindo o iPhone uma maior qualidade de imagem mantendo as cores frias bem detalhadas, mesmo com toda a quantidade de amarelo presente na imagem.

Embora o iPhone apresente resultados mais detalhados em torno do candeeiro, a edição [também com auxílio de software] que faz para anular os amarelos acaba por danificar a imagem, apresentando-se esta com um aspeto pixelizado nas zonas mais escuras, como é disso exemplo o céu noturno da fotografia.

Aumentamos ambas as fotografias em 100% para conseguir verificar o nível de detalhe em ambientes noturnos e é aqui que a abertura f/1.7 do sensor da Samsung se faz notar. Ao conseguir captar mais luz, apresenta uma fotografia mais suave, sem ter um aspeto pixelizado mesmo em condições de fraca luminosidade.

HDR

O HDR está em grande, sobretudo nos televisores. Mas o que é o HDR em fotografia?

HDR significa High Dynamic Range, ou seja, imagens com um aspeto mais detalhado tanto em zonas com grandes níveis de luz, como em zonas com mais sombras. Para conseguir um efeito HDR com uma máquina fotográfica terá que combinar pelo menos três imagens diferentes. Uma com a leitura de luz feita nas zonas mais luminosas, outra nos tons médios e outra nas sombras – juntando depois todas as imagens com auxílio de software de edição.

Os smartphones mais avançados, como são o iPhone 7 Plus e o Samsung Galaxy S8, fazem todo este processo de forma automática.

Ao nível do detalhe ambos os modelos apresentam resultados muito bons e sem grandes diferenças, estando a maior diferença perceptível nas cores apresentadas no resultado final. Mais uma vez o Samsung apresenta cores mais quentes, mais saturadas e com maiores níveis de contraste. Se noutras situações este efeito pode ser menos agradável, quando falamos em fotografias HDR a Samsung ‘leva a taça para casa’, pois apresenta-nos um resultado mais aproximado aquilo que conseguimos usando uma DSLR e um programa de edição de fotografia.

Considerações finais

É difícil de escolher qual a melhor câmara dado que ambas apresentam resultados muito bons, tendo em conta que estamos a falar de fotografias captadas com o dispositivo que todos os dias está no nosso bolso. As vantagens do Samsung Galaxy S8 andam em torno da rapidez com que tem uma fotografia pronta a publicar sem necessidade de grandes retoques [na câmara frontal consegue até alterar o formato da sua cara ou dos olhos mesmo antes de tirar a fotografia].

Do lado do iPhone 7 Plus, as vantagens são a capacidade de apresentar resultados mais detalhados e mesmo mais próximos da realidade visível pelo olho humano. O facto de a câmara ter um sensor fotográfico duplo permite resultados de grande nível no modo de retrato e também em fotografias com zoom sem perder qualidade.

Tenha em conta que o zoom ótico e o modo de retrato só estão disponíveis na vertente Plus do iPhone 7 e que para isso é necessário um investimento a rondar os 920 euros, enquanto que para o Samsung Galaxy S8 o investimento começa nos 820 euros.

É difícil apontar um claro vencedor, pois como vimos ao longo dos diferentes exemplos, cada um tem as suas vantagens e desvantagens. Em qualquer um dos casos fica a certeza de que tanto o Samsung Galaxy S8 como o iPhone 7 Plus garantem resultados muito bons ao nível da fotografia. Deixamos em baixo mais duas comparações que não desfazendo as dúvidas, talvez possam ajudar algum consumidor mais dividido a fazer a sua decisão final.