sorting hat harry potter

O chapéu falante de Harry Potter existe mesmo. Não é magia, é tecnologia

Ryan Anderson é arquiteto de soluções na IBM e tem duas filhas com oito e seis anos. As jovens são loucas pelos livros da saga Harry Potter e de acordo com o engenheiro norte-americano já terão lido todas as aventuras “umas cinco vezes”, explicou ao Tech Insider.

Para tentar ligar o interesse das filhas pelo universo fantasioso e mágico de Harry Potter às verdadeiras potencialidades da tecnologia, Ryan Anderson decidiu criar uma versão funcional do Sorting Hat.

Na série Harry Potter este é o chapéu que decide quais os estudantes que vão para cada uma das casas que compõe a escola de Hogwarts: Gryffindor, Hufflepuff, Ravenclaw e Slytherin. O chapéu avalia a personalidade dos alunos e mediante os seus perfis, coloca-os em diferentes turmas.

Com a ajuda dos sistemas de inteligência artificial do IBM Watson, sobretudo na área de análise de dados, reconhecimento de voz e também de machine learning, Ryan Anderson criou o Sorting Hat da vida real.

Este foi o seu primeiro teste realizado já em outubro do ano passado.

A forma de funcionamento é muito simples: coloca o chapéu na cabeça, diz-lhe algumas das suas características pessoais e mediante um conjunto de diretrizes que já tem estabelecidas, o Sorting Hat escolhe a casa mais indicada para cada pessoa.

Um dos aspetos interessantes deste projeto é que à medida que vai sendo mais usado, vai percebendo melhor onde se encaixam devidamente os utilizadores. Se houver grandes discrepâncias então podem ser feitos ajustes manuais ao sistema de análise de dados.

Numa outra vertente de desenvolvimento, o engenheiro da IBM consegue ligar o chapéu a bases de dados como a Wikipédia para que o Sorting Hat possa ter mais informações sobre as quais trabalhar. O físico Stephen Hawking, por exemplo, pertenceria à casa de Ravenclaw.

Se a componente de software foi desenvolvida em casa com a ajuda das filhas, foi a participação numa hackathon que trouxe um aspeto visual ao aspeto. Juntamente com a sua equipa nessa competição, Ryan Anderson desenvolveu um chapéu com componentes de mecatrónica. Se o utilizador for associado à casa de Slytherin – que na saga de Harry Potter está ligada aos maus da fita – o chapéu vai franzir as sobrancelhas.

O objetivo agora passa por criar uma versão mais robusta do chapéu para que possa estar pronto a tempo do Dia das Bruxas. Para os que ficaram interessados e acreditam poder contribuir para o seu desenvolvimento, o norte-americano disponibiliza no GitHub todas as ferramentas necessárias para que cada um crie o seu próprio Sorting Hat.