Não foi há muito tempo que vos falei de como a bateria do Google Pixel 9 Pro XL me “salvou” numa noite em Londres, agora é altura de vos falar de um dos novos membros da família Pixel: O Google Pixel 10 Pro XL está aí e tem tudo para ser o meu novo telemóvel do dia a dia. Bateria maior, carregamento mais rápido e melhorias no software da câmara que podem fazer toda a diferença. Mas valerá a pena o upgrade?
Antes de vos falar da minha experiência com o Pixel 10 Pro XL durante os últimos dias vamos fazer um rápido apanhado das principais características técnicas do flagship da Google, principalmente as grandes alterações quando comparado com o modelo do ano passado:
- Ecrã OLED (1344 x 2992) de 6.8” Super Actua
- Taxa de atualização 1-120Hz
- Brilho de até 3300 nits (2200 em HDR)
- Bateria de 5200mAh
- Carregamento rápido de 45W ou até 25 em carregamento sem fios
- Pixelsnap (tecnologia de íman para acessórios wireless)
- 16GB Ram e 256Gb de memória interna (modelos de 512GB e 1TB também disponíveis)
- Google Tensor G5 (Adeus Samsung, olá TSMC)
- Pro Res Zoom até 100x
- Night Sight melhorado
- Gravação de áudio em Stereo
- Colunas Stereo
- Wi-Fi 7 e Bluetooth 6
- Atualização de OS e sistemas de segurança por 7 anos
Se a experiência de unboxing do Google Pixel 9 Pro XL foi interessante, muito por culpa das diferenças visuais para o telemóvel que vinha substituir, com Google Pixel 10 Pro XL a experiência acabou por ser menos interessante já que as diferenças visuais entre o novo telemóvel e o equipamento de 2024 são mínimas: uma nova cor e o bump da câmara traseira a ser um pouco mais largo que no modelo anterior. Já nas capas Google podemos ver o agora famoso círculo, introduzido pela Apple com os seus produtos MagSafe (sim, sendo um íman é compatível com estes acessórios… e se a Google diz “Apple” eu também posso), que mostra que estamos prontos para carregadores wireless, carteiras e um sem fim de acessórios para o smartphone. Finalmente… se o telemóvel tivesse saído duas semanas mais cedo não tinha perdido a carteira MagSafe.
Tirando estas pequenas coisas o telefone parece o mesmo, a bateria maior dá-lhe mais peso e talvez devido ao novo processador a Google conseguiu puxar o software da câmara para apresentar algo que realmente consegue competir com a concorrência quando existe mais para fotografar que algo em condições perfeitas. Mais zoom e melhor zoom e uma melhoria impressionante no modo noturno que, no Pixel 9 era, terrível,
A nova gama Pro está carregada de AI, desde o assistente Gemini, assistência em mensagens e chamadas e claro, melhorias nas fotografias produzidas com o smartphone que acontecem devido ao poder do software e de Inteligência Artificial. Vou começar por vos falar do novo modo Pro Res, com um zoom digital de até 100x. Se o resultado antes do processamento da imagem ser feito é o que seria de esperar de um sensor com o tamanho dos sensores nos telemóveis modernos, depois do processamento ser concluído os resultados estão melhores do que aquilo que esperava.
O zoom do Google Pixel 10 Pro XL
Ao tirar a fotografia começamos por ter acesso à imagem tal e qual ela seria sem o processamento, e alguns segundos depois uma nova imagem é apresentada onde o poder de processamento do telemóvel e AI funcionam lado a lado para nos apresentar uma imagem com detalhes interessantes onde de facto conseguimos ver algo bastante aproximado aquilo que conseguiríamos ao estar mais perto do objeto ou ao usar um zoom ótico.
Só há uma coisa que não faz sentido no modo Zoom deste Google, e não sei se será por ainda não ter sido lançado. Mas ao usarem a câmara não vão ter acesso ao modo 100x, apenas 30x, foi necessário ir às definições para então ter um pop-up a pedir para fazer um download extra para ter acesso ao modo 100x com Pro Res.
Mas melhor que vos continuar a falar sobre isto é mostrar dois exemplos distintos:
Mostro-vos ainda outro exemplo onde podem ver a foto com zoom 100x antes e depois do processamento feito pelo telemóvel:
O modo noturno do Google Pixel 10 Pro XL
As melhorias com esta atualização aos modelos Pixel são notáveis, e embora a capacidade do smartphone reconhecer cores em zonas existem focos de luz seja complicada isso acaba por ficar esquecido já que a câmara comporta-se muito melhor no que diz respeito ao manter os pretos, realmente pretos, e as cores, no geral, estão bem representadas e o nível de detalhe nas fotos também está dentro daquilo que seria esperado.
Os novos Google Pixel 10 Pro trazem ainda um modo de fotografia que usa AI para vos ajudar a tirar a fotografia perfeita através de um guia interativo que vos dá cada um dos passos para conseguir o melhor resultado, seja ao nível de luz ou enquadramento, mesmo que percebam pouco de fotografia o assistente vai ajudar a que comessem a publicar fotos muito melhores nas vossas redes sociais, isso ou simplesmente a melhorar os resultados naquelas fotos que todos tiramos durante as férias.
Durante os próximos dias podem esperar um novo artigo, focado apenas neste novo modo, com alguns exemplos práticos.
Upgrade?
Preciso de mais tempo para perceber como é que o telemóvel se comporta no dia a dia, porque é para isso que todos usamos um smartphone, para tarefas diárias. Por isso, mais uma vez, podem esperar novos artigos focados nas capacidades IA para vos ajudar em variadas tarefas e também para perceber como é que a bateria se comporta passado algumas semanas ou até meses de utilização.
Agora, se vale a pena o upgrade? Caso tenham qualquer outro telemóvel que não o Google Pixel 9 Pro, sim vale a pena. Não esquecer que foram os Google Pixel que me fizeram deixar o ecossistema Apple de uma vez por todas. Caso tenham o 9 Pro, aí a conversa já é outra: O upgrade pode compensar caso tenham por hábito trocar de telemóvel todos os anos ou até porque querem uma câmara que, embora no papel seja igual ou idêntica, se comporta muito melhor.
O Google Pixel 10 Pro XL tem um preço base de €1329, na versão de 256GB e pode ir até aos €1719 na versão de 1TB. Embora seja um valor alto, não foge ao que os concorrentes praticam e tem a vantagem de ser um telemóvel com o sistema operativo limpo, sem launchers estranhos metidos por cima do Android ou com aplicações que vêm instaladas de raiz e que, na verdade, ninguém, ou quase ninguém, usa.
Os Pixel são cada vez mais os iPhone do SO Android, um equipamento construido a pensar no software com software desenvolvido a pensar no equipamento, algo que faz com a ligação entre ambos nos dê uma experiência única com uma fluidez fantástica e com uma certeza: terão um telemóvel que nunca vos deixará mal.
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